quinta-feira, 28 de maio de 2015

Para relaxar...

...após um dia com temperaturas suficientemente elevadas para perturbar de forma significativa o comportamento dos alunos que consideram que as aulas terminam quando a temperatura "ambiente" ultrapassa os 34ºC. ;)

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Música dos "Muse" - (Tema: Dead Inside)

Iniciativa sindical...

Embora os sindicatos de professores e os professores não tenham qualquer poder de decisão na recente avalanche de reforço de partidarização (opps... municipalização) e de transferência do poder da cunha (peço desculpa, de competências) considero que a iniciativa tem alguma relevância, pois poderá demonstrar o nosso desagrado para com esta iniciativa.

Bem... Existe dentro da nossa classe quem esfregue as mãos com tal transferência, mas acredito que não seja o caso da maioria dos professores.

Fica assim a imagem e o texto que explica (os negritos e sublinhados são de minha autoria) a iniciativa da plataforma sindical, que não conta com a tradicional exceção que negoceia exceções, de uma forma pouco excecional.


"Nos dias 2, 3 e 4 de junho, ou seja, já na próxima semana, professores e educadores de todo o país irão pronunciar-se sobre a municipalização. Através de voto secreto, a depositar em urna, os docentes serão chamados a responder "Sim" ou "Não" à pergunta: "Concorda com a municipalização da Educação?".

As oito organizações que compõem a plataforma sindical constituída para este efeito esperam uma grande participação dos professores e uma resposta muito clara da sua parte quanto à delegação de competências que, através de contrato, o governo pretende acordar com os municípios.Em algumas escolas e agrupamentos de concelhos, onde o processo tem estado a avançar, os professores já realizaram idênticas consultas, pretendendo-se, agora, alargar a possibilidade de os docentes se pronunciarem sobre esta matéria a todo o território nacional, embora, sem incluir, por enquanto, as regiões autónomas, uma vez que este processo de municipalização não abrange aqueles territórios. 

A posição que os professores irão manifestar terá duas leituras: uma nacional, permitindo apurar o que pensa o conjunto dos docentes sobre a municipalização da Educação; outra de âmbito local, quer municipal, quer de escola/agrupamento, ajudando os responsáveis autárquicos, bem como os conselhos gerais das respetivas escolas e agrupamentos, a perceber a posição do respetivo corpo docente. 

 É, por isso, muito importante esta consulta, pois permitirá dar voz a um dos principais atores do processo de educação e ensino, mostrando ao governo e ao país a palavra que têm a dizer!"

Fonte: FENPROF

Conheço alguns...

“Os miúdos aprendem que a pessoa mais agressiva é quem tem mais poder”

Comentário: Fica a frase desta entrevista a Sheri Bauman, psicóloga norte americana especialista em bullying, que justificou o título deste post:

"Lamenta que ainda hoje haja docentes que recebem denúncias de alunos com respostas como “não sejas queixinhas”."

É uma verdade com que já me deparei e sei que existe em algumas das nossas escolas. E se tem sido atenuada, é porque os recentes casos divulgados nos meios de comunicação social, fazem com que este tipo de reação seja atenuado. 

Motivos para tal? Eventualmente vários, mas acredito que tal como menorizam pedidos de ajuda quando passam por alguma agressão entre alunos nos corredores das escolas olhem para o lado contrário e ignorem. E sim, ao tentarmos ajudar podemos acabar por também "apanhar", mas ainda não fui suficientemente maltratado para conseguir justificar a minha passividade. Eu sei... Tenho um problema.

Cada vez mais preocupante...

Jovem de 14 anos condenado por planear atentado terrorista na Áustria

Comentário: Nem me quero atrever a compreender o que realmente leva um jovem desta idade a achar "conforto" na ideologia (recuso-me a encarar isto de outra forma) subjacente ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante. E pela pena de prisão decretada, parece-me que o planeamento do atentado não tem equivalência àquilo que costumamos "colar" a um jovem desta idade.

Excessos de confiança...

Directores confiantes num arranque sem problemas do ano lectivo

Comentário: Aparentemente os diretores estarão confiantes (e tenho algumas dificuldades em generalizar, pois conheço pessoalmente alguns que não estão assim tão confiantes) que o próximo ano letivo irá iniciar sem problemas, porque "as listas da Bolsa de Contratação de Escola (BCE) serão divulgadas no início de Setembro e os docentes poderão começar logo a ser colocados".

E a antecipação é "tão grande" que, "ao contrário do que aconteceu na primeira vez, o concurso abre já no próximo mês. Os docentes poderão candidatar-se entre Junho e Julho e "a 2 de Setembro serão divulgadas as listas".

Bem... Isto é tudo muito bonito, mas relembro que a BCE se destina aos agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas com contrato de autonomia, e como tal, o sucesso desta metodologia de colocação não poderá ser generalizado.

Apenas para terminar: 

Se os sindicatos estão contra a BCE. 
Se os professores estão contra a BCE.
E se os Diretores (os verdadeiros) também não gostam da BCE.

Porque será que o MEC a mantém?

(Ainda) O PET e os alunos com deficiência auditiva severa

Para que não restem dúvidas sobre (mais) esta polémica relacionada com o teste PET da Cambridge, estas eram a adequações previstas pelo Despacho n.º2179-B/2015, de 2 de março.



quarta-feira, 27 de maio de 2015

Afinal não seria bem assim...

Prova de inglês obrigava alunos surdos... a ouvir CD

Comentário: Ao contrário do que se falou na semana passada, o IAVE lá vem esclarecer que a confusão residia nas escolas que não solicitaram os materiais adequados, uma vez que o CD facultado “não era, naturalmente, para ser ouvido pelo aluno, mas sim pelo professor, para que este o reproduzisse ao mesmo ritmo, permitindo aos alunos fazer a respetiva leitura labial”.

E mais uma vez, está tudo na imaginação dos "outros", na falta de informação de "alguém" e na má-vontade de "alguns". O problema nunca está no MEC! Enfim...

Isto sim, podia ser importado...

Finlândia desenvolve programa anti-'bullying'

Comentário: Estamos perante um programa que não se cinge apenas à questão do abusador/vítima, mas também àqueles que são expectadores. A base do programa reside no seguinte: 

"No caso do KiVa, o propósito é mudar a atitude das testemunhas que muitas vezes gozam com a vítima quando esta está a ser maltratada, mesmo que na verdade não achem que a situação seja divertida. Se as testemunhas tiverem uma atitude diferente em relação ao problema, então a atitude do abusador vai acabar por mudar".

Obviamente que tal dificilmente será implementado em Portugal. Se nem a Educação Sexual tem real implementação nas nossas escolas (e é - aparentemente - transversal), e não exige grande esforço financeiro, quanto mais um programa destes. O que interessa são as estatísticas do sucesso... Os alunos sofrerem bullying e alguns professores ficarem com os "dentes partidos" são meros pormenores, que não interessam.

É por estas...

...e por outras (principalmente outras, para não julgarem que sou um "arruaceiro"), que desde há algumas semanas frequento o ginásio. E não, não é pelos alunos, mas sim por aqueles que não cumprem com o seu papel de educadores e que têm sido estimulados pela nossa classe política a descarregarem as suas frustrações em cima dos professores e a saírem-se (relativamente) bem com isso. 

(Correio da Manhã, 27-05-2015)

Da consciência...

...ou da falta dela.

Nota: negrito de minha autoria.
"Para já, o grupo parlamentar do PSD tem acompanhado de perto a preparação do concurso de professores. “Estão a ser feitos testes ao sistema informático para garantir que não há problemas”, diz ao SOL um deputado social-democrata, que confessa a especial atenção dada pela maioria à Educação em campanha eleitoral. “Acima de tudo, queremos que as aulas comecem com o mínimo de incidentes. Já não temos muita esperança de que os professores votem em nós. Mas não queremos perder os pais”, assume a mesma fonte".
(Fonte: jornal SOL

A obediência em detrimento da competência

Deixo aqui o link do artigo para leitura.

Comentário: Não se me ocorre dizer nada... :(

terça-feira, 26 de maio de 2015

Para relaxar...

...em português e após algumas horas à volta de um exame de equivalência à frequência.

Até amanhã.

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Música de "Diogo Piçarra" - (Tema: Tu E Eu)

A não esquecer...

O roto a falar do nu

Guerra entre sindicatos de professores

Comentário: A FNE crítica a FENPROF alegando "contestação pela contestação"... Tenho de concordar que o radicalismo da FENPROF por vezes acaba por constituir um mau princípio, não dando grande margem de manobra a outra situação que não o recurso a greves ou a tribunais. Obviamente que os últimos Ministérios da Educação também não têm dificultado a estratégia da FENPROF, pois também se têm pautado pela intransigência e pela imposição. 

No entanto, e se a FENPROF é quase sempre do contra, a "ausência/debilidade da contestação pela promessa de qualquer coisa" também tem sido apanágio da FNE. Se a FNE ganha mais com esta estratégia? Obviamente que sim... Agora se me questionarem se os acordos feitos por esta organização sindical são inequivocamente positivos para a classe e reforçam a união dos seus membros, aí a resposta será diferente. E diferente é, neste caso, no sentido negativo.

Para terminar, considero que já não existe espaço para mais sindicatos (penso que 14) mas continuo a achar que a nossa classe necessita de algum tipo de estrutura que de alguma forma lute pela devolução de parte (sim, porque existem danos que levarão décadas a corrigir) da nossa autoridade e respeito perdidos nestes últimos anos.

Do mau planeamento...

Alunos ficam sem aulas para que professores corrijam exames

Comentário: Tive algumas dúvidas no título deste post, uma vez que não sei se o "não planeamento" pode ser considerado "mau planeamento". Mais uma vez, Nuno Crato na sua fúria dos exames esqueceu-se de que os professores ainda têm trabalho letivo nas escolas...

Acrescento ainda que pela leitura do artigo acima (assim como da fonte - Público) não cheguei a compreender se o motivo do desagrado dos diretores relativamente à dispensa de dois dias de componente letiva para os professores corrigirem as provas, se prende realmente com uma crítica à atuação do MEC relativamente ao calendário e à loucura dos exames, se pela apologia da sobrecarga dos professores para lecionarem e corrigirem as provas em simultâneo. Espero que seja a primeira opção.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Dia quente...

...a pedir um ritmo mais adequado.

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Música dos "Daddy Yankee" - (Tema: Sígueme y Te Sigo)

Muito bom...

...e pondo de lado os óbvios exageros, é (quase) perfeitamente aplicável em algumas turmas de vocacional e profissional.

Se não ouviram, recomendo vivamente que o façam. :)

Preocupante...

...a 5.ª "proposta" do ponto 1.5 ("Aumentar a exigência e valorizar a atividade política e o exercício de cargos públicos") constante do Projeto de ProgramaEleitoral do PS 2015 (página 6):

(cliquem para ampliar)

Bem sei que é uma versão para debate público, mas... fica no ar o "odor" a algo mais.

Procedimentos relativos à Bolsa de Contratação de Escola 2015/2016

No sítio da FENPROF é possível encontrar uma nota informativa (aqui) proveniente da DGAE, que deverá constituir a base do documento com que se concretizará a abertura da Bolsa de Contratação de Escola (BCE) para o próximo ano letivo. Recordo que este documento se encontra em "negociação" com os sindicatos e diretores, mas não penso que ocorram grandes mudanças.

Parece que reduziram o número de critérios, mas podem dar as voltas que quiserem ao texto (ou se quiserem, ao processo) que não irão reduzir os problemas resultantes deste mecanismo de seleção. Continuo a defender que, para o bem e para o mal, deveria ser seguida a lista de graduação nacional...

Haja paciência

Por motivos de forte e boa educação dada pelos meus pais é que por vezes não respondo a tentativas de "imposição" de certas ideias, ideais e vontades de colegas, no entanto, admito que por vezes tenho mesmo de inspirar profundamente antes de reagir. Não tenho qualquer problema em ouvir opiniões e vontades alheias desde que não tentem fazer de mim um "idiota" apenas porque sou mais novo ou porque não pertenço ao quadro dos residentes.

Definitivamente começo a perder a paciência para aturar quem já poderia estar nas "boxes"! O que vale é que o ano letivo está mesmo a terminar.

Pedido de dispensa da componente letiva e não letiva - classificadores e supervisores dos 1.º e 2.º ciclos

Bem... O sítio do IAVE sofreu uma remodelação e não sei se é de mim, ou se é da novidade, mas existem informações úteis (e importantes) que deveriam estar mais facilmente acessíveis. Deste modo, e para quem saber onde está o "raio" da informação relativa ao "pedido de dispensa da componente letiva e não letiva - classificadores e supervisores dos 1.º e 2.º ciclos" (aqui), o melhor mesmo é após acederem à página do IAVE, implementarem a seguinte sequência:

1. Clicar em...

2. Depois em...


3. Seguida de...

4. Deslizarem a página até ao fundo, e clicarem em...


E eis o raio do documento, que contém a mapa que nos interessa:


Nota: Fica o agradecimento à Nélia, pela partilha da "descoberta".

Um problema transversal...

Sessenta plágios em cinco anos na UC

Comentário: Não será motivo de grande surpresa este número de plágios... Aliás, acredito que o número ainda possa ser maior, e apenas estamos a falar da Universidade de Coimbra. 

À medida que a minha experiência profissional vai ganhando anos, apercebo-me que os plágios são cada vez mais frequentes (a internet veio de alguma forma vulgarizar o fenómeno), assim como o acréscimo de dificuldade em fazer compreender os alunos que tal atitude é reprovável. Alguns consideram que se está online é de todos... E se é de todos (a par com o wireless) pode e deve ser utilizado sem qualquer referência à origem.

Enfim. 

Parece-me que estaremos perante um hábito que cria algumas raízes no 3.º ciclo, que desenvolve tronco no ensino secundário e que acaba por produzir (maus) frutos no ensino superior.

Da absoluta cegueira...

Suspender prova de professores seria um "erro gravíssimo"

Comentário: O erro não está em suspender ou mesmo eliminar esta Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades... O erro está em querer manter a Prova e não fazer absolutamente nada em termos verificação de insuficiências, irregularidades ou problemas nas instituições de ensino superior que as ministram.

E se Crato se pauta pela teimosia, o Partido Socialista pauta-se pela tentativa de saneamento de uma Prova que eles próprios instituíram.

sábado, 23 de maio de 2015

"Portanto... enfim...é fazer a conta."


Ora não sendo o professor obrigado nem a ter, nem a ceder o seu carro (!!!) para efetuar estas deslocações e discordando do  pagamento de 0,11€/km, se o mesmo se recusar a utilizá-lo, achará o Estado economicamente mais vantajoso  ter que lhe facultar um automóvel de aluguer ou táxi?!



Debate sobre Exames, Provas Finais e etc e tal... 19/05/15 TVI24

Debate com o (saudoso) Paulo Guinote, Santana Castilho e o Presidente do IAVE, Hélder Sousa. Aqui fica o link do debate. Para ver ou rever. (O cabelo curto fica-lhe bem, Paulo ;)

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Hierarquia das Leis em Portugal

É sempre importante ter em mente que as leis apresentam uma ordem de importância, na qual as de menor grau devem obedecer às de maior grau. É esta a hierarquia das leis neste retângulo à beira mar plantado:
Nota: A pirâmide é encabeçado pela Constituição da República Portuguesa

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Gosto...

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Música dos "Fall Out Boy" - (Tema: Centuries)

Eh eh eh

Sempre a aumentar...

Indisciplina na sala de aula é queixa de 80% dos professores

Comentário: O acréscimo de indisciplina é algo que se regista com cada vem maior preocupação, principalmente (e no que à minha experiência profissional diz respeito) desde 2005, ano em que Maria de Lurdes Reis Rodrigues elegeu a nossa classe profissional como alvo a abater e a denegrir. Depois foi a continuidade da perda de autoridade dos professores e em sentido inverso, a dos alunos e encarregados de educação.

Hoje em dia, e salvo saudáveis exceções, creio ser quase impossível encontrar um professor que não se debata com problemas de indisciplina, maioritariamente resultantes da falta de educação (e da frustração) trazida de casa. Quem "leciona" em cursos vocacionais ou profissionais tem um problema a dobrar, pois acresce à falta de educação, a falta de vontade em "vencer" na escola. E os alvos de tanta frustração? Os professores, obviamente.

Melhorias no futuro quanto à indisciplina? Claro que não... Com turmas tão grandes, com tão grande perda de autoridade e com os alunos (e respetivos progenitores) a julgarem que apenas têm direitos podem dar-nos "toneladas" de formação de qualidade excecional, que nada irá mudar. Aliás, temos os ingredientes certos para ainda piorar.

Do jogo de palavras...

Crato garante que não haverá mais cortes na Educação

Comentário: Se não estivéssemos próximos de eleições legislativas até podia fingir que acreditava... Bem... Acho que nem assim. Este senhor já nos habitou a não acreditar na sua "palavra", que quando colocada em causa acaba por ser reduzida a um jogo de sinónimos com múltiplas interpretações. 

Se Nuno Crato vai ignorar o recente relatório do FMI (que considera que existem professores a mais em Portugal) isso é lá com ele. No que nos diz respeito, cabe-nos não acreditar!

Desabafos...

Desde a minha adolescência que, por norma, sou agraciado uma vez por ano com um qualquer problema de saúde... Uma gripe, uma dor de dentes, um qualquer problema nas costas, um pé torcido, entre outros problemas menores. 

Desde setembro de 2014 (entrada da minha filha na creche) que já perdi as contas a gripes, constipações, gastroenterites e outras coisas que tais. Acho que desde essa data ainda não consegui estar 15 dias a 100%. Esta semana não é exceção... O que vale é que "ataca" sempre mais os pais do que filha. Pelo menos isso.

Dispensa da Componente Letiva para Professores Classificadores e Supervisores

De acordo com informação facultada pelo Sindicato Professores do Norte, estas são as informações mais recentes. Bom trabalho, colegas!

Uma realidade que conheço muito bem

Desculpa & obrigado! A pobreza cantada pelo pequeno Rafael


Pois é a realidade do local onde cresci e vivo desde os meus 5 anos!
 

Exames: a falsa independência do Iave e a deriva intelectual de Crato | Santana Castilho




Para aceder ao artigo, basta carregar no link:


terça-feira, 19 de maio de 2015

O futuro da escola pública?

Professores contra entrega das escolas às câmaras

Comentário: Entregar as escolas nas mãos das Câmaras Municipais não é algo que me deixe descansado... O poder político local é bastante mais permeável à "cunha" e ao "compadrio" que o poder central, e todos sabemos que atualmente muitas das escolas (nomeadamente as do interior) são "geridas" por diretores que, de uma forma ou de outra, devem a sua manutenção (ou eleição) à filiação ou "vassalagem" ao poder autárquico. Quem não o faz ou deixa de o fazer, não terá grande futuro na escola a médio prazo.

No entanto, e com esta nova fase de municipalização (e certamente, privatização) do ensino, a gestão das escolas permitirá às Câmaras Municipais novas linhas de "fidelização" à causa (ou cor partidária), porque surgem novas oportunidades de "negócio", mais votos e... consequentemente... mais anos do mesmo. E o mesmo não tem de ser necessariamente pior, mas nunca vamos saber.

Dá que pensar...

Albardar os exames à vontade do dono?

Comentário: Mesmo dando que pensar, qualquer professor sabe perfeitamente que o grau de exigência dos exames não é constante ao longo dos anos, sendo eventualmente menor em anos de eleições legislativas e/ou quando alguém provoca uma grande "bronca" no MEC (tal como aconteceu este ano, logo no início do ano letivo com as colocações de professores).

Que se "albardam os exames à vontade do dono" poucas dúvidas restarão... E se restam, só mesmo da parte de quem é albardado.

Calendário de Provas e Exames (maio de 2015)

No sítio do IAVE existe um mapa bastante útil (aqui), com as datas das diversas provas e exames, e após concretização pelos alunos, links diretos para as mesmas e respetivos critérios de correção. Aconselho.

Deixo-vos com o mapa de maio...


sexta-feira, 15 de maio de 2015

Descontos por greve ao serviço PET | Prova Escrita 6 maio | Prolongamento da Greve



Já agora, e se vos apetecer, leiam com atenção o Artº 83 do Estatuto da Carreira Docente, que é mencionado neste documento e reflitam nas consequências práticas que de lá advêm.

Resta salientar que, de acordo com o mesmo documento, foi entregue um PRÉ-AVISO DE GREVE prolongando a mesma até às 24h00 do dia 30 de junho de 2015 a todo o serviço relacionado com a realização das sessões da  parte oral e da parte escrita do exame da Cambridge "Preliminary English Test (PET)"

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Para relaxar...

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Música de "Madonna" - (Tema: Ghosttown)

Da parvoíce...

E se os alunos consultassem o Google nos testes? A discussão começou

Comentário: E sabem que é o responsável por esta proposta? Não... Cá vai: "Mark Dawe, o britânico que dirige o conselho de exames "Oxford, Cambridge and RSA Examinations", entidade que se encarrega de realizar exames de final de curso no Reino Unido e também tem intervenção em exames em 160 países de todo o Mundo". 

Humm... Pode não ter nada a ver, mas fiquei com a palavra PET na cabeça. ;)

Muito aCtual :D

ehehehehehhehehehheh

(Que me perdoem o prosaico da linguagem)

Modernices...

Em Lisboa há cerca de 500 alunos em escolas que deixaram de ter telefones

Comentário: Estaremos perante uma eventual problema de transferência... E não, não é de transferência de fundos, mas sim das famigeradas competências. E se lerem a notícia, irão ficar confusos tal é o "empurrar com a barriga" das culpas não só com os telefones, mas com tinteiros e fotocópias. E para complicar temos uma escola sede do agrupamento que é responsabilidade do MEC e as restantes, responsabilidade das juntas de freguesia, onde algumas optam por transferir fundos que por sua vez receberam da Câmara de Lisboa. Confusos? 

Subsídios de Transporte - Deslocações em Serviço

Subsídios de Transporte 


Numa altura em que cada vez mais nos sobrecarregam a vários níveis, convém conhecer aquilo a que legalmente se tem direito. No caso específico, refiro-me ao pedido do pagamento de 0,36 €/KM  sempre que o docente se veja "quase obrigado" a deslocar-se em serviço em automóvel próprio por não existirem transportes públicos coletivos compatíveis.

A título de exemplo, refira-se que para uma deslocação de 6 km (12 Kms ida e volta) serão devidos (aproximadamente) 4€, montante correspondente ao subsídio de refeição. Já dará para compensar um dos dois dias de subsídio diário de refeição, que não foram pagos na interrupção do Natal, por ter havido tolerância de ponto. 

Desabafo final: Sendo evidente que os professores não são obrigados a ter carta de condução, veículo próprio ou disponibilidade para o colocar ao serviço do Estado, questiono-me sobre como seria possível viabilizar as deslocações dos professores classificadores de localidade em localidade  para as sessões de speaking do PET caso estes se recusassem, legitimamente, a disponibilizar o seu carro para esse serviço. :/





Preocupações pontuais

Casos de bullying que chocaram Portugal

Comentário: Eventualmente mais preocupante do que os casos de bullying em si, é a preocupação pontual dos meios de comunicação social, associações de pais e do governo. Podem dar as voltas que quiserem, mas o que não falta nas nossas escolas são situações similares a algumas das retratadas no artigo acima... São diárias, e eventualmente mais graves do que estas que transpiram para as redes sociais.

Seria de extrema relevância uma "mão" mais pesada devidamente enquadrada em normativos legais para que fosse considerado um crime público, deixando de necessitar de queixa da vítima. E não viria mal nenhum ao mundo, se aproveitassem e pensassem também em penalizar os maus comportamentos dos alunos em sala de aula, nomeadamente através da efetiva aplicação de multas aos "encarregados de (des)educação" dos ditos.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Cuidado com as bananas!

Para todos os professores que "sofrem" nas salas das professoras ... 




Em especial para os quatro "bananas" da "Tialândia"!!!

Acontece...

...todos os anos desde que iniciei a minha atividade letiva. 

E se em alguns desses anos a conotação é claramente negativa, este ano letivo é o exato contrário. As refeições na pequena sala de almoço improvisada, na companhia de várias colegas de profissão, são tão divertidas que ainda antes de terminar a "marmita" já fiz a digestão de tanto me rir. Fica o agradecimento implícito. ;)


Música dos "Sia" - (Tema: Fire Meet Gasoline)

AH AH AH

Conselho Europeu quer ensino profissional mais atraente

Comentário: Ensino profissional mais atraente?! Com a tipologia de alunos que por norma caracterizam o tecido desta turmas, tornar mais atraente esta tipologia de sucesso artificial só poderá passar por alguma operação "estética". Eventualmente critérios de seleção de professores(as) e técnicos(as)  que resultem de um maior peso dado à beleza, à capacidade de entretenimento ou à grande capacidade de suportarem indisciplina... e até mesmo uma ou outra lambada.

Agora a sério.

Em Portugal, o ensino profissional tem por objetivo albergar alunos que não querem nada com a escola (reparem que nem sequer escrevi "estudar") e que não estão preocupados com o seu futuro laboral. Obviamente que os professores não estarão isentos de culpas (alguns colegas insistem em utilizar as mesmas estratégias e recursos que no ensino regular), mas acabamos por ser forçados a cumprir com o objetivo de "aguentar os alunos" e (consequentemente) a cortar na formação de algo que poderia ser bastante interessante. O MEC sabe disso, mas o que realmente interessa são as estatísticas. E essas estão garantidas!

Consequências...

Iave reembolsa a 100% quem não fez teste de Cambridge devido à greve

Comentário: E não deve faltar muito para reembolsarem Cambridge pela greve dos professores... 

Burnout

Um terço dos professores à beira do esgotamento 

Comentário: Acresce ainda o facto de 37% dos professores portugueses terem problemas de voz. Quanto à situação de esgotamento é algo de que não padeço, pois há muito que resolvo a questão do excesso de trabalho com um efetivo cumprimento das minhas horas de trabalho (na escola e fora dela), sem o exceder, utilizando excecionalmente uma pequena parte de domingo e atrasando para a semana seguinte tudo o que não for possível. Os alunos não me chateiam... Os Encarregados de Educação também não muito... O esgotamento só se for mesmo o resultante da burocracia e de alguns "estimados" colegas de profissão.

Quanto à voz... Bem... O cansaço é visível, principalmente ao fim do dia e quase sempre após as aulas com turmas vocacionais/profissionais.

Para terminar, este é mais um daqueles "famigerados" estudos que concluem o que todos sabemos, mas que no final não passam disso.

E quanto ao caso de bullying...

...ocorrido na Figueira da Foz, pouco ou nada haverá a dizer que já não tenha sido discutido em outras situações que tiveram direito a vídeo partilhado (e questionavelmente divulgado nos meios de comunicação social) nas redes sociais. Estes casos de violência "gratuita" não surpreenderão quem (como nós, professores) trabalha nas escolas, mas não podem (nem devem) ser classificados como normais ou sinal dos tempos.

Certo é que alguns olham para o lado, outros recusam acreditar, e existe mesmo quem tente justificar... Depois também existe a linha do "isto sempre ocorreu", no entanto, não será bem assim. É que antes havia humilhação com alguma "divulgação" local e contida no tempo. Agora temos situações que para além da componente "tradicional" têm direito a divulgação nas redes sociais, e mesmo que alvo de julgamento, acarretam para quem agride uma dupla humilhação.

E por aquilo que vou constatando, se anteriormente (no meu tempo de secundário era assim) ainda existiam miúdos que lá paravam as agressões (por norma, mais velhos), hoje ficam todos a ver, alguns a gravar e outros a aplaudir.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Concordo em absoluto...

Boas recordações...

...que não serão para todos os ouvidos. 

E sim... Continuo a considerar que os Metallica têm excelentes "baladas". 


Música dos "Metallica" - (Tema: The Unforgiven)

Orgulhosamente sós

Acordo ortográfico passa a ser obrigatório em Portugal 

Comentário: E como decerto saberão (até porque deve ser tema recorrente nas salas de professores), as novas regras do acordo ortográfico começam a ser obrigatórias a partir de amanhã (4.ª feira, dia 13 de maio de 2015). 

Não sei se estarei errado, mas parece-me que de todos os países que efetivamente ratificaram o novo acordo, apenas nós o estamos a implementar.

Pois sim...

Do medo... e da falta de imaginação!

Escolas têm de marcar faltas a professores grevistas 

Comentário: A questão já havia sido abordada neste post, mas para quem continua a afirmar que desconhecia que existia uma greve ou sequer um problema com "um" PET (que supostamente nem sabem o que é) fica mais uma vez a chamada de atenção. 

Volto a afirmar que este é um problema de todos os professores e não apenas de um grupo de recrutamento! No entanto, quando vejo a "adesão" de colegas de Inglês a esta iniciativa privada, tenho de reconhecer que parte da argumentação se esgota. 

No final,e voltando ao título da notícia, parece-me que estamos mais uma vez sob a típica pressão ministerial, mas com um bocadinho de algo mais. E nem sei muito bem como classificar esse "algo mais" pois nasci em 1977, e apenas li em livros aquilo que me parece estar agora presente nesta circular.

Mobilidade por doença - Nota Informativa

Foi hoje publicada, na DGAE a Nota Informativa - Mobilidade por Doença 2015 (MPD).

A partir de amanhã, 13 de maio, e até ao dia 2 de junho encontra-se aberta a aplicação para efetuarem o pedido.

Esclarecimentos da FENPROF sobre Greve ao Serviço PET






segunda-feira, 11 de maio de 2015

Dia quente...


Música de "Tove Lo" - (Tema: Talking body)

A seguir...

Queixa na Justiça contra vinculação 

Comentário: De acordo com um complemento de informação constante do artigo em versão papel, o MEC teria até hoje para responder a esta queixa... Prevejo a resposta, no entanto, e tal como já referi em muitos outros artigos, os erros (mesmo que não conscientes) serão mantidos no tempo e irão gerar situações que não poderão ser corrigidas facilmente. É um dos problemas da "norma-travão", que não obstante permitir a "entrada" em quadros de alguns, irá arredar dos quadros muitos outros que poderiam entrar se não estivéssemos a falar de um mecanismo extraordinário.

Bem sei que existe quem defende este tipo de vinculação, argumentando que é "melhor poucos, que nenhuns", mas continuo a ter sérias dúvidas se não se poderia repor a justiça de contratados ad eternum através de um concurso ordinário, com apuramento real de vagas e com o critério do tempo de serviço tal como o conhecemos nas listas nacionais.

E os métodos contracetivos?!

Escolas vão incluir a temática do cancro da pele nos seus currículos 

Comentário: Acho bem que coloquem esta temática nos currículos, pois é fácil constatar o grande "desmazelo" em questões de prevenção do cancro de pele por parte dos nossos alunos... 

"Protetor solar é para as crianças e para os velhotes!"... Esta é uma das frases recorrentes utilizadas por alguns miúdos.

No entanto, e se bem que surja esta "nova" preocupação em termos de currículo, não consigo compreender quais os motivos que levaram a que os métodos contracetivos tenham sido retirados do programa de 9.º ano de Ciências Naturais. Bem sei que estamos com problemas de natalidade, mas não creio que seja uma boa aposta governamental retirar este tema tão importante, lecionado numa fase tão relevante dos nossos adolescentes, apenas porque alguém considera que será "lecionado" numa qualquer articulação da Educação Sexual.