terça-feira, 28 de maio de 2013

Gosto...

...muito. 

Acima de tudo porque é um hino ao "não baixar os braços".

.
Música dos "FONZIE" - (Tema: Renascer)

O sucessor de Albino Almeida

“A não gratuitidade das AEC seria desvirtuar o sistema”  

Comentário: Entrevista a Jorge Ascenção, o novo presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais, que convém ler... Até porque seria realmente interessante mobilizar pais e encarregados de educação em defesa da escola pública, e não apenas em defesa da manutenção dos "miúdos" em mega-contentores para os seus educandos poderem ganhar a vida. 

"Será professor?"

Esta é a pergunta que muitos fazem, quando se deparam com alguns comentários menos educados ou depreciativos em relação à nossa classe profissional.

E já que estamos numa fase de questões e respostas...

A resposta para esta questão em particular é um redondo... sim. E basta termos amigos, para tudo se descobrir.

Assim sendo. Pelo menos dois dos comentadores são professores (e não interpretem como sendo ambos do sexo masculino, pois um deles não o é). Posso ainda acrescentar que um desses professores foi inclusivamente premiado com uma colocação extraordinária. Para além disso, consegui ainda descobrir que um dos comentadores mais "chatos" é engenheiro de formação e dá formação como "ganha pão". 

É triste?! É revoltante?! Não sei... Para mim, perder tempo a escrever comentários de teor insultuoso é isso mesmo... uma mera perda de tempo. Mas mais do que uma perda de tempo é acima de tudo uma forma de expressão típica de frustrados, de pessoas desiludidas com a vida, de indivíduos que encontram felicidade em dirigir as suas angústias e limitações para outrém.

O que fazer então? Tolerar?! Não, colegas... Não têm de tolerar. Apenas têm de aguardar que eu apague os comentários. Demora 2 ou 3 segundos. Bem menos do que o tempo que os levam a escrever.

Ainda sobre a greve às avaliações

E como sei que alguns são dotados de maior preguiça para esta coisa de ler documentos "de fio a pavio", coloco de seguida algumas questões que considero mais relevantes (assim como as respetivas respostas), relativas às greves às avaliações (e retirado deste documento):

1 - E durante um dia de greve é possível a um docente ir trabalhar durante um período fazendo greve noutro período?

Sim, é possível. Um professor pode, por exemplo, desempenhar determinada tarefa de manhã e aderir à greve de tarde. O que não pode é estar ao serviço, fazer de seguida greve e apresentar-se de novo ao serviço no mesmo dia, nem o contrário, isto é, estar em greve, apresentar-se de seguida ao serviço e voltar de novo a entrar em greve no mesmo dia.

2 - Um professor que, nas greves de dias 7, 11, 12, 13 e 14 (com incidência no serviço de avaliações) adira à greve, qual o desconto que lhe é feito no salário?

Apenas o proporcional às horas a que faz greve. O facto de o artigo 94.º do ECD considerar a falta a reuniões de avaliação sumativa dos alunos como falta a um dia, a adesão à greve não configura uma falta, pois “a greve suspende o contrato de trabalho de trabalhador aderente, incluindo o direito à retribuição e os deveres de subordinação e assiduidade” (artigo 536.º do Código do Trabalho). Ou seja, estando suspenso o dever de assiduidade, em caso de greve não há lugar à marcação de falta, pois o trabalhador tem suspensa a sua relação laboral com a entidade patronal. Assim, tendo o professor trabalhado parte do dia em atividade letiva ou outra não relacionada com as avaliações, essa atividade terá de lhe ser paga. Isto é, apenas lhe será deduzido o valor correspondente às horas em que aderiu à greve.

3 - Nas greves às avaliações, quantos professores terão de estar em falta no Conselho de Turma para a reunião não se realizar?

Sobre a avaliação de alunos dispõem os artigos 8.º, 14.º e 15.º do Despacho Normativo 24-A/2012 (1.º, 2.º e 3.º ciclos) e o artigo 19.º da Portaria 243/2012, de 10 de agosto (Ensino Secundário). De acordo com o que estabelecem aqueles quadros legais, a lei prevê que o Conselho de Turma seja adiado caso se verifique a ausência de um dos seus membros por motivos imprevistos e que não sejam de longa duração.

4 - A adesão à greve constitui um motivo imprevisto?

Sim, a adesão à greve constitui um motivo imprevisto, pois é ilegal efetuar qualquer levantamento prévio sobre a eventual adesão de um trabalhador, podendo este tomar essa decisão apenas no momento em que iniciaria a atividade. Deverá, após se constatar a não realização da reunião, ser convocada nova reunião no prazo de 48 horas.

5 - As direções dos agrupamentos/escolas não agrupadas poderão exigir a entrega antecipada das classificações atribuídas aos alunos?

Não. O facto de ser solicitada essa informação não obriga os docentes a fornecê-la, visto não existir qualquer disposição legal nesse sentido. No contexto de luta que estamos a viver, o professor deverá reservar a atribuição das classificações aos alunos para os momentos de reunião. 

6 - As direcções dos agrupamentos/escolas não agrupadas podem antecipar as reuniões de avaliação? 

A lei estipula que a avaliação de alunos se processa após o termo das atividades letivas. Deste modo, não se afigura possível antecipar uma reunião, nem muito menos fazê-lo e preencher documentos com data posterior, pois tal configuraria um crime de falsificação de documento, punível pelo Código Penal. Ver, a este propósito, esclarecimento específico. 

"Comissões de jovens vão retirar 305 docentes das escolas"

 (Jornal de Notícias, 28-05-2013)

Comentário: Um professor a tempo inteiro, por cada Comissão de Proteção de Crianças e Jovens... Parece-me que em algumas situações, serão necessários muitos mais. Poderia ser uma alternativa de mobilidade especial, no entanto, o MEC não deverá querer isso e alguns professores também não.


As greves e o esclarecimento de dúvidas...

E seguem para download dois documentos bastante relevantes para quem vai aderir às greves que se aproximam e para quem ainda tem dúvidas quanto à adesão. Os documentos em causa têm a data de hoje e creio que dentro em breve deverão ser disponibilizadas em todos os sítios virtuais dos sindicatos de professores.

Para acederem aos documentos, cliquem nas imagens abaixo.




segunda-feira, 27 de maio de 2013

Same old, same old

FNE não envia à tutela proposta de serviços mínimos para as greves de professores  

Comentário: Embora a FNE tenha decidido aderir às greves convocadas por outros sindicatos e agora, até tenha alinhado na "onda" da FENPROF em termos dos serviços mínimos, não me inspira grande esperança. Infelizmente, quando um governo quer (e independentemente da cor partidária) implementar algo, sabe que os primeiros com os quais tem de "negociar" são mesmo os da FNE.

Este tipo de "alinhamento" já foi visto em outras situações... Vamos ver se se mantém até ao fim (seja lá o que isso for) ou se se desfaz a meio do caminho.

Expectável...

Ministério da Educação avança com serviços mínimos para o dia da greve geral de professores  

Comentário: E como se esperava, o MEC prepara-se para decretar serviços mínimos para 17 de junho... As greves aos exames estão quase sempre destinadas ao fracasso, pois quase todos se encolhem quando ouvem falar em serviços mínimos. Este assunto é extremamente controverso, acima de tudo quando existem diferentes interpretações da aplicabilidade da lei (leiam aqui).

Os professores contratados (a termo), a escola pública e a ação sindical

Uma reflexão do César Israel sobre o papel dos contratados no Sistema Educativo Português.
 Um texto que recomendo  para uma leitura devagar.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Em negociação...

Fenprof quer limite máximo de 60 quilómetros para a mobilidade geográfica  

Comentário: Certo é que só hoje tiveram início as "negociações", mas aquilo que irá ocorrer nos próximos dias poderá afastar ainda mais os professores dos sindicatos. Acho bem que lidem com este problema não só de um ponto de vista corporativista (bem sei que muitos não gostam deste termo, mas se não defendermos os nossos interesses, ninguém o fará), mas também de estratégia a médio e longo prazo.

Outros temas deveriam ser alvo de discussão... Temas bastante relevantes e que terão um impacte esmagador no número de professores colocados em setembro deste ano. Mas parece que agora não interessa! Enfim.


Uma hipótese... ou duas.

(Diário de Notícias, 23-05-2013)

Comentário: Na realidade existem diversas formas de boicotar greves, mas também existem hipóteses de furar esse boicote. Não acredito que os diretores das escolas e agrupamentos se prestem a este tipo de papéis, mas nunca se sabe.

Vamos ter muitos enfartes do miocárdio...

 (Correio da Manhã, 23-05-2013)

Comentário: De acordo com a proposta do sistema de requalificação (a tal "mobilidade especial") que divulguei aqui, estava implícito que não existia qualquer limitação geográfica para a mobilidade docente. Os sindicatos que tenham cuidado com o que negoceiam, pois penso que esta não limitação foi propositadamente inserida para servir de "moeda de troca" para que outros professores sejam sacrificados.

terça-feira, 21 de maio de 2013

"Fundo de maneio para pagar greve"

 (Correio da Manhã, 21-05-2013)

Comentário: E se na questão da greve aos exames nacionais, Nuno Crato poderá resolver o problema intimidando os professores com os serviços mínimos, no caso das reuniões de avaliação, o problema já poderá ser um pouco mais complicado.

Quanto à estratégia da rotatividade da falta ao Conselho de Turma... é uma ideia. No entanto, não acredito que tal aconteça na esmagadora maioria das escolas. É uma estratégia que implica alguma união por parte do corpo docente e uma atitude de contestação que (atualmente) não será de todo vulgar. Aliás, seria necessária uma coordenação de esforços que classificaria como surpreendente numa classe profissional que, por norma, é caracterizada por egoístas.

O sistema de requalificação dos trabalhadores em funções públicas aplicado ao ECD

E ao que consta nos sítios virtuais de alguns sindicatos, esta semana será "negociada" a inclusão do sistema de requalificação dos trabalhadores em funções públicas no Estatuto da Carreira Docente (Decreto-Lei n.º 41/2012, de 21 de fevereiro). Assim, e após a leitura atenta da proposta enviada aos sindicatos (aqui), deixo-vos com aquilo que deverá ser alterado:

"Artigo 64.º 
Formas de mobilidade 

3 – Por iniciativa da Administração, pode ocorrer a mobilidade de docentes para outro estabelecimento de educação ou ensino, independentemente do concurso, com fundamento em interesse público decorrente do planeamento e organização da rede escolar, sendo aplicados os procedimentos definidos por portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças, da Administração Pública e da educação. 


Artigo 64.º-A (Sistema de requalificação


1. O regime jurídico que institui e regula o sistema de requalificação é aplicável a docentes, com as especificidades previstas no presente artigo. 


2. A colocação em situação de requalificação verifica-se quando os docentes de carreira de quadro de agrupamento ou de escola não agrupada não obtenham colocação na sequência dos procedimentos por ausência de componente lectiva

3. A colocação em situação de requalificação faz-se por lista nominativa que indique o vínculo, carreira, categoria, escalão e índice ou posição e nível remuneratório, aprovada por despacho do diretor-geral da Administração Escolar, a publicar no Diário da República, após o termo dos processos de colocação. 

4. A Secretaria-Geral do Ministério da Educação e Ciência assume as competências de entidade gestora do sistema de requalificação. 

5. Os docentes identificados no n.º 2 que à data da realização do concurso interno não completaram o prazo máximo de permanência em situação de requalificação, devem concorrer na primeira prioridade. 

6. Excedido o prazo previsto no número anterior, os docentes que se encontram em licença sem remuneração, podem concorrer na 1.ª prioridade no primeiro concurso interno que vier a ocorrer após a verificação da passagem à licença sem remuneração."

Preocupações:

a) Ausência de qualquer referência aos docentes do quadro de zona pedagógica;
b) Situação de requalificação com a duração máxima de 18 meses, sendo a respetiva compensação progressivamente decrescente face à remuneração base detida na origem.
c) Findos os 18 meses após a colocação em situação de requalificação e não tendo conseguido colocação, os docentes passam, de forma automática, a uma situação de licença sem remuneração, com possibilidade de cessação do respetivo vínculo contratual, sendo-lhe devida a correspondente indemnização por antiguidade. 
d) A possibilidade de cessação do vínculo contratual torna um pouco estranha a hipótese de concorrer em 1.ª prioridade ao concurso interno de 2017.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Sem paciência...

...para grandes conversas.

.
Música dos "Texas" - (Tema: The Conversation)

Será exagero?

No meu caso não é mesmo... E acredito que também não será a situação de muitas das turmas de alguns colegas que visitam diariamente este blogue. 

Serviços mínimos?!

Ministro da Educação diz que não permitirá que greve prejudique alunos  

Comentário: E como irá Nuno Crato impedir a grave? Só se repetir aquilo que Maria de Lurdes Reis Rodrigues fez há alguns anos... Na altura, foi a dúvida dos "serviços mínimos" que levou muitos a desistir da iniciativa. Penso que os sindicatos devem estudar a legalidade dos "serviços mínimos" na educação, qual a melhor forma de aplicar a iniciativa na eventualidade de ser uma possibilidade governamental e, acima de tudo, informar claramente os professores acerca deste tema.

É que sabemos perfeitamente que um dos maiores problemas na nossa profissão (das restantes, que tratem os outros) é a falta de conhecimento dos normativos legais. E nesta situação particular, reconheço que também eu necessito de algum tipo de esclarecimento.

"Greve dos professores aos exames surpreende alunos. Uns estão apreensivos, outros manifestam apoio"

 (Público, 18-05-2013)

Comentário: É natural que os alunos estejam apreensivos, mas também é natural que os professores defendam a escola pública. Obviamente que em todas as formas de contestação, existem consequências... Se escolhermos sempre as que têm consequências nulas ou que são inertes, então mais vale estarmos quietos.

Mais uma condenação do MEC

(Jornal de Notícias, 20-05-2013)

Comentário: Eu sei que alguns (muito poucos) "ganharam" com a abertura do concurso extraordinário de vinculação, mas penso que não resta qualquer dúvida que o processo nasceu torto e nunca se endireitará... Consequências deste concurso muito proveitoso para o MEC? Várias, todas vantajosas para o MEC, que conseguiu aproveitar uma pretensão legítima e transformá-la numa "pedra de toque" governamental.

Esta questão da Madeira irá arrastar-se pelos tribunais até que mudem os "galos" no poder. E depois... irá continuar.

"Em defesa da escola pública"

Coloco de seguida um documento aprovado em reunião de professores da Escola Básica Secundária Quinta das Flores, no dia 15 de maio e com pedido de divulgação:

EM DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA
“A aposta na educação como garantia de futuro, mesmo em momento de crise, é uma das recomendações gerais inúmeras vezes reiterada pelo Conselho Nacional de Educação (…). Na situação atual, em que a crise económica e o aumento do desemprego são muito graves, a aposta na educação e qualificação deveria constituir uma prioridade, um modo de quebrar o isolamento e dar mais atenção às pessoas e ao desenvolvimento e valorização dos seus saberes. Contribuiria seguramente para combater o desânimo, sobretudo onde existam situações dramáticas do ponto de vista individual, familiar ou comunitário.
A aposta na educação em tempos de crise económica pode também ser a estratégia por excelência para a promoção da coesão social e construção de uma cidadania solidária, inclusivamente em domínios de urgência europeia e mundial, como sejam o desenvolvimento sustentável ou a resposta às exigências da globalização.” (Conselho Nacional de Educação (2012): Estado da Educação – Autonomia e Descentralização, CNE – Editorial do Ministério da Educação e Ciência, p. 10)

Em defesa de uma Escola Pública verdadeiramente inclusiva e de qualidade, pela valorização dos Professores e da sua dignidade enquanto profissionais e cidadãos que, com o seu trabalho, acrescentam valor à sociedade!

Norteados por estes princípios, os docentes da Escola Básica e Secundária Quinta das Flores, Coimbra, decidiram, em reunião de professores, alertar para a necessidade de combater a política educativa seguida pelo Ministério da Educação e Ciência, consubstanciada em medidas extremamente gravosas para a qualidade da educação pública, nomeadamente:

1.       A diminuição do investimento na educação (2009 – 5,9% do PIB; 2012 – 3,9% do PIB; média da OCDE – 6,2% do PIB);
2.       O elevado número de alunos por turma;
3.       A exigência de um mínimo de 20 alunos para funcionamento de disciplinas de opção;
4.       O elevado número de turmas, alunos e níveis por professor (com maior gravidade, nas disciplinas com menor carga letiva semanal);
5.       O não reconhecimento de todas as atividades pedagógicas desenvolvidas com os alunos como atividade letiva;
6.       A constituição de mega-agrupamentos;
7.       A criação de falsos horários zero, como resultado de medidas como as enunciadas anteriormente;
8.       A limitação da oferta curricular e formativa da escola (disciplinas de opção, cursos profissionais, etc.) aos recursos humanos e materiais existentes, coartando a liberdade de escolha dos alunos e condicionando a concretização do Projeto Educativo;
9.       A impossibilidade de formação de turmas mistas nas disciplinas de opção;
10.   A falta de resposta às necessidades permanentes, concretizada na não abertura de vagas a concurso coincidentes com as necessidades reais e permanentes das escolas;
11.   A exigência de trabalho aos professores que ultrapassa em muito as 35 horas semanais (investigação e atualização científico-pedagógica, preparação de aulas, elaboração de materiais, correção de trabalhos e portefólios, elaboração e correção de testes, avaliação de alunos, reuniões, atividades extracurriculares, preparação e participação em visitas de estudo, projetos, clubes, desempenho de cargos como o de direção de turma e de coordenação intermédia, trabalho burocrático, vigilância e classificação de exames…), não existindo nas escolas as condições necessárias para que todos os docentes desempenhem as funções que lhe são exigidas no seu local de trabalho;
12.   O anúncio do aumento do horário de trabalho dos professores de 35 para 40 horas (em 2012: média de 761 horas de trabalho em Portugal contra 704 horas da OCDE);
13.   O anunciado fim da redução da componente letiva (Artigo 79º do ECD);
14.   A municipalização do ensino;
15.   A criação de condições para a privatização do ensino;
16.   A continuação do financiamento de escolas particulares com contrato de associação quando, no mesmo espaço geográfico, existem escolas da rede pública com capacidade de resposta;
17.   A mobilidade especial / requalificação profissional;
18.   A ameaça de rescisões amigáveis, claramente lesivas para os funcionários;
19.   O congelamento de carreiras;
20.   O não reposicionamento na carreira dos diferentes professores tendo em conta o seu tempo de serviço.
21.   O aumento da idade da reforma, dado o desgaste físico e emocional inerente ao desempenho da profissão docente.

Perante esta política educativa, entendem os subscritores deste documento:

1.       Exigir uma revalorização da educação enquanto aposta estratégica fundamental para o futuro do país e o correspondente aumento do investimento.
2.       Exigir uma política educativa centrada na qualidade e que salvaguarde uma efetiva igualdade de oportunidades, o que só é possível com condições de trabalho que as medidas já tomadas e anunciadas de forma nenhuma favorecem.
3.       Exigir que todas as atividades pedagógicas desenvolvidas com os alunos sejam incluídas na componente letiva.
4.       Exigir uma adequada definição da rede escolar de modo a que, havendo capacidade de resposta por parte das escolas da rede pública, não sejam estabelecidos contratos de associação.
5.       Rejeitar em absoluto o aumento do horário de trabalho letivo e/ou não letivo dos professores, por ser incompatível com um trabalho docente digno e profissional, que exige um esforço físico, intelectual, emocional, de atualização científico-pedagógica e de acompanhamento pedagógico dos alunos.
6.       Rejeitar em absoluto a integração de qualquer professor na chamada mobilidade especial/requalificação profissional, por se considerar que não há professores a mais na escola. Pelo contrário, há professores a menos nos quadros para se poder dar uma resposta adequada às exigências colocadas pela especificidade dos diferentes alunos. (Ver estatísticas do relatório Estado da Educação – Autonomia e Descentralização, elaborado pelo Conselho Nacional de Educação, de 2012, p. 101, fig. 3.4.3.).
7.       Apelar aos diferentes órgãos representativos do poder, sensibilizando-os para o desastre anunciado na Educação, caso prossiga esta política.
8.       Anunciar a disposição de recorrer ao Direito de Resistência previsto no artigo 21.º da Constituição da República, sempre que as medidas referidas ameacem pôr em causa direitos fundamentais.
9.       Adotar diferentes formas de luta que podem passar pela adesão a diferentes tipos de greve coincidentes ou não com períodos de avaliação e/ou exames e que incluam a greve de zelo.
10.   Suspender a realização de todas as atividades que dependam apenas da iniciativa dos professores.
11.   Enviar o presente documento ao MEC, à DGEstE, aos sindicatos, à comunicação social, ao Conselho Geral da Escola e ao Presidente da Associação de Pais.
12.   Divulgar ainda este documento junto de outras escolas.

Coimbra, 15 de maio de 2013

domingo, 19 de maio de 2013

Frase do ano letivo de 2012/2013

" Não houve despedimentos, o que houve foi redução de contratações"

Sejamos claros foram 15 mil reduções.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Gosto...

.
Música de "Dido" - (Tema: End of Night)

Mais greve...

(Jornal de Notícias, 16-05-2013)

Comentário: Como é expectável, a implementarem-se todas as reformas propostas para a área da educação, também os colegas das AEC deverão sofrer (ainda mais) na pele, o peso da sua precariedade. Podem fazer-se muitas contas e previsões, no entanto, só mesmo após a publicação do diploma que regulamenta a organização do próximo ano letivo é que podemos ter uma ideia mais aproximada.

Que baixe...

(Correio da Manhã, 16-05-2013)

Comentário: Aquilo a que se refere o artigo é relativo a uma recomendação do Conselho Nacional de Educação... Embora a formação contínua, se considerada do ponto de vista da progressão na carreira, não tenha qualquer relevância a esta altura (até porque a carreira está - mais uma vez - congelada), não acredito que Nuno Crato vá por este caminho.

A boa formação paga-se muito cara. E aqueles que conheço que a pagam, bem paga, não o fazem por "mera" progressão na carreira. Depois existem "aquelas" formações que apenas o são de nome... Mas isso nem quero ir por aí, pois um daqueles comentadores odiosos (que gosta de nos insultar na caixa de comentários) é formador e posso estar a despoletar mais uma crise nervosa.

Expectante quanto à adesão...

Professores marcam greve para o primeiro dia de exames nacionais  
Comentário: E sendo assim teremos greve para 17 de junho...

Mas não só.

De acordo com a notícia (que admito ainda me custar a acreditar nestas iniciativas), "entre os dias 11 e 14 de Junho, os professores farão greve a todo o serviço de avaliação."

Bem... Finalmente alguma garra! A questão agora é: Será que os sindicalistas vão conseguir mobilizar os professores? Será que finalmente os colegas vão compreender que é agora ou nunca? Não nos esqueçamos que ou temos uma adesão em massa e com impacte, ou mais vale estarmos quietinhos à espera do "abate".

Como sempre, a FNE ainda está a estudar se apoia ou não estas greves. Para mim, não irá apoiar... Mas o futuro não nos pertence.

Teremos de regresso a plataforma sindical? Espero que sim. Mas desta vez que tenham calma nos acordos que fazem.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Uma confusão que interessa gerir...

Governo com versões contraditórias sobre progressão dos docentes na carreira  

Comentário: E interessa gerir porque estamos a "falar" de um universo de dois mil a três mil docentes. Infelizmente não estamos a falar de uma consequência de um qualquer congelamento, mas sim do facto de não existir qualquer fio condutor nas políticas educativas e do nosso ECD estar à mercê de cada nova cor que é colocada (por nós, portugueses) no poleiro do poder.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Sobre a ideia de limite

Para mim já se ultrapassaram os limites na Educação. Há quem pense que não...
Divulgo aqui um comunicado da ANVPC.

"Comunicado – Em Luta pelo Serviço Público de Educação"

Adenda

É só para relembrar( pelos vistos existe muito gente que se esquece)  que entre contratados e aposentados temos menos 50 mil professores do que há uns anos atrás.


segunda-feira, 13 de maio de 2013

E com tanta má notícia...

.
Música de "Demi Lovato" - (Tema: Heart Attack)

E piora... e piora...

Ministério da Educação admite aumentar horário de aulas dos professores  
Comentário: E como não poderia deixar de ser, as mexidas no "famoso" artigo 79.º estão em cima da mesa. Acrescentando uma eventual mexida nas reduções das componentes letivas (que por qualquer motivo poderão ser metamorfoseadas em componente letiva) com tudo o resto, então teremos o "desligar das máquinas" para muitos professores dos quadros e para a quase totalidade dos atuais professores contratados.

E para além de sermos cada vez menos...

Ass. Nacional de Professores alerta para aumento de violência nas escolas  

Comentário: É um facto mais que assumido nas escolas que a última alteração do Estatuto do Aluno não reintroduziu a tão necessária autoridade docente. Aquilo que ficou muito bonito no "papel", na realidade não é exequível (ou quando é, é muitíssimo complicado) e mais não faz que aumentar a hiperburocracia para os diretores de turma.

O aumento de violência para com os professores ultrapassa qualquer Estatuto do Aluno. Seria  necessária uma revolução de pensamento... Enquanto um simples alerta ou chamada de atenção, num tom de voz mais "elevado", for considerado possivelmente traumatizante para um petiz, não há mesmo nada a fazer se não aprender a "dar" quando nos for "ofertado".

Improbabilidades...

6000 à espera...


(Diário de Notícias, 10-05-2013)

Comentário: 6000 à espera e muitíssimos mais a desesperar. O problema é que por mais que se reformem,  não me parece que ocorra um acréscimo de procura de professores (do quadro ou contratados), pois todas as restantes medidas visam diminuir de forma artificial as reais necessidades dos agrupamentos de escolas.

Espero estar redondamente enganado, mas o próximo mês de setembro será absolutamente negro para muitos dos que têm conseguido sobreviver, a contratos, em diversas escolas por esses país fora. Relativamente aos colegas dos quadros, bem... Serão os novos "contratados". Uns autênticos "tapa buracos". Muitos ficarão felizes. Eu não fico feliz com a infelicidade dos outros, mas reconheço que atualmente isso parece ser um problema.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

E tudo vai bem...

...no reino da FENPROF.


Só é pena que a manutenção, nesta situação, implique "mais do mesmo". E "mais do mesmo" é precisamente aquilo que não necessitamos, quando falamos da defesa da nossa classe.


Blá blá blá...

Renascença V+Ver todos os videos
40 horas e mobilidade especial são para aplicar aos professores

Rádio RenasceçaMais informação sobre este video

terça-feira, 7 de maio de 2013

Até amanhã...

Esta semana começou complicada e não me parece que termine melhor. 

.
Música de "Gabriel o Pensador com Jorge Ben Jor" - (Tema: Surfista Solitário)

Este... os que o antecederam... e os que virão

"Professores sem turma ficam com actividades extracurriculares"


(Diário Económico, 07-05-2013)

Comentário: A medida (para mim não é uma proposta, pois tal pressupõe uma verdadeira negociação ou discussão) resume-se a isto:

"O Ministério da Educação quer colocar os professores com horário zero - sem turma atribuída - nas actividades extracurriculares do 1º ciclo, retirando aos municípios a competência de contratar directamente os profissionais que asseguraram estes tempos não lectivos".

Se acrescentarmos esta medida ao aumento do horário dos professores para 40 horas e às medidas que atualmente se encontram em vigor, poucas dúvidas existem na concretização da seguinte previsão: no próximo ano letivo, o número de professores contratados irá reduzir de tal maneira, que não sei se a palavra "extinção" não poderá ser perfeitamente utilizada.

Mais uma promessa quebrada... ou a possibilidade da imprecisão

(Jornal de Notícias, 06-05-2013)

Comentário: No dia 13 de fevereiro coloquei um post (aqui) de título "Palavra de ministro...". Já na altura suspeitava que ocorresse uma inversão no discurso. Mais uma vez, comprovou-se que, para Nuno Crato, "palavras leva-as o vento". O que não é de admirar pois é um homem das "matemáticas".

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Desabafo

Os ataques à nossa classe não cessam... Quando criei este blogue julguei que seria algo de curta duração. Entretanto, já vamos no 3.º governo. Nada melhora. Pelo contrário, tudo está pior. Cada vez menos autoridade, cada vez mais excesso de burocracia, mais horas de trabalho, mais alunos por turma... mais... mais do mesmo... mas... menos de educação.

Agora assistimos a uma campanha que visa comprovar que mesmo após tantos cortes ainda existem professores em excesso! Aparentemente ainda é possível cortar mais, porque continuamos a existir em excesso.

Será verdade?

Alguns avançam com números desta ou daquela fonte... Outros apresentam pequenas resenhas histórias...  

Uns dizem que sim, outros que não.

Então quem tem razão?

O facto é que podemos cortar sempre mais. Basta usarem e abusarem da receita de sucesso: aumentar o número de alunos por turma, reduzir o número de disciplinas; cortar nas horas das disciplinas que permanecem; aumentar o número de horas de trabalho; e continuar com as fusões dos agrupamentos.

E quanto à qualidade do ensino?

Com tanto corte, a resposta é simples: "Qualidade? Qual qualidade?"

Se há uns anos muitos diriam que estavam na profissão por vocação... e que até ficavam mais algumas horas na escola para trabalhar (e porque não dizê-lo conviver com colegas e alunos, por exemplo)..., atualmente já não conheço ninguém que o afirme. A desmotivação é tão forte que só mesmo o receio do desemprego ou da mobilidade é motor para continuarmos a fazer o que melhor sabemos fazer. Infelizmente somos uma classe "derrotada", que já desistiu de lutar. Alguns dirão que exagero... Quando milhares de professores forem efetivamente para o desemprego e outros tantos para a mobilidade, será tarde demais para reagir. Precisamos de algo novo, que as atuais lideranças sindicais já não conseguem mobilizar. O quê? Não sei... Mas não é mais do mesmo.

sábado, 4 de maio de 2013

Eu preferia não

  Se a medida das 40 horas de trabalho aplicadas à função pública se repercutir diretamente no horário dos professores está o caldo entornado. Isto significará com certeza um aumento da carga letiva e na prática existirão muitos professores que poderão ter 300 ou mais alunos à sua contaIsto levará ao esgotamento dos professores (só quem nunca deu aulas é que não percebe que o contato direto com turmas de 30 alunos é de um desgaste profundo e incontornável mesmo para os que pensam ser super professores) e afetará irremediavelmente a qualidade do ensino.

  Nestas condições de trabalho a dúvida que fica é que talvez o melhor é mesmo sair. É que também sabemos que haverá alterações na tabela remuneratória, que evidentemente baixará os salários dos docentes. Esta medida levará também à razia dos contratados e ao aumento exponencial de horários zeros e ao consequente despedimento de mais uns milhares de professores do quadro que ficarão na mobilidade = (18 meses de subsídio desemprego)

  É a destruição da escola pública tal como a conhecemos mesmo à frente dos nossos olhos. E agora vamos assobiar para o lado e pensar que não vai acontecer?

Para isto só tenho uma frase final, as palavras de Bartleby.
“ Eu preferia não

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Essencialmente...

...impossível.

.
Música de "James Arthur" - (Tema: Impossible)

Concurso nacional de docentes 2013/2014: Esclarecimentos - parte 5

Por total falta de tempo e também alguma saturação, constato que é realmente impossível dar "saída" a tantas dúvidas relacionados com este concurso de professores. Atrevo-me a dizer que este foi o concurso em que mais dúvidas me foram colocadas (por email, comentário e telemóvel)... Infelizmente, 90% das dúvidas que me foram colocadas resultam da não leitura dos normativos legais, do não entendimento do que consta nesses mesmos normativos ou da interpretação de outros (e não dos interessados). Algumas das questões colocadas também acarretavam uma grande dose de pesquisa da minha parte (e para a qual não tenho tempo) por se tratarem de situações muito particulares e sem resposta imediata na legislação.

Amanhã termina a fase de candidatura para o primeiro grupo, como tal, estes serão os meus últimos dois esclarecimentos. Poderão surgir mais alguns, mas só mesmo se forem suficientemente pertinentes e passíveis de generalização.

14 - "Lopes disse...Docente de QA que esteve estes 4 anos em DAR, pretende voltar à escola de provimento (com horário). Precisa realizar algum procedimento? Embora julgue que não, coloco aqui a questão. Obrigado".

RespostaNão tem de realizar qualquer procedimento... Apenas não concorra nesta primeira fase e regressará à sua escola de provimento.

15 - "Sílvia Ribeiro disse... Boa noite. Para os professores que entrarem nos quadros de agrupamento existirá possibilidade de requerer a sua aproximação à residência?! Com que fundamentos? Agradecia que me facultasse os normativos legais que regem esta matéria, uma vez que os desconheço. Obrigada Sílvia Ribeiro"

Resposta: Os fundamentos estão todos no Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, em concreto, no artigo 28.º, no que concerne, à 2.ª prioridade.