quinta-feira, 15 de março de 2012

O apelo à greve...


Comentário: Mário Nogueira bem pode apelar à participação dos professores... Pelo menos aqui pelo norte de Portugal a adesão à greve deverá ser bem fraquinha. Mesmo que uma das razões de mobilização seja o novo diploma de concursos de docentes, não me parece que os professores estejam motivados para aderir. Aliás, a maioria dos colegas nem conhece o diploma... Outros nem querem conhecer. Depois ainda vai aparecer a nova reforma curricular, com novos cortes, que também não será do conhecimento de uma grande fatia da nossa classe profissional.

Para além disso, estamos todos um pouco cansados de "mais do mesmo". Eu pessoalmente já não devo dar mais para o peditório das greves. Esta em particular, que estará mais ao serviço da "coroação" do novo secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, do que propriamente pela defesa dos direitos dos portugueses. Neste blogue, em concreto nos comentários que vão sendo feitos, alguns colegas já foram avançando com novas formas de luta, mas nem era necessário ir assim tão longe.

Continuo a defender que um dos caminhos mais viáveis poderia ser uma greve de zelo. Mas não me parece que os sindicatos queiram ir por aí. Veremos se surgem novas ideias de "luta"... Eram bem necessárias, até para nos acordar desta longa "letargia".

13 comentários:

  1. Viva Ricardo!. E como se faria a greve de zelo? Também me parece complicado ir por esse caminho. Se os alunos vinham para a escola quem tomava conta deles? mesmo que não se desse aulas teriamos que os suportar o que tornava a greve uma brincadeira.Deixo a questão para abrir o debate.

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  2. Concordo mais com o que sugere!
    Greves para inglês ver e acima de tudo para servir o tacho de quem está nos sindicatos....Não Obrigado!

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  3. Para arte por um canudo 2: Atenção que uma greve de zelo consiste em cumprir de forma escrupulosa o nosso horário de trabalho e o número de horas (35) que nos competem enquanto profissionais.

    Não estou a falar de não dar aulas, mas apenas cumprir o número de horas (componente letiva e não letiva) de uma forma rigorosa. Tudo seria atrasado e inquinado. Como TODOS sabem as escolas funcionam (ou vão funcionando) porque os professores trabalham bastantes mais horas do que as que lhes competem.

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  4. Nunca mais corrigia testes ao fim-de-semana... Apoiado!

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  5. Boa ideia! Na Australia, os professores não podem levar os testes para corrigir em casa...e os alunos é que mudam de sala para terem aulas com outro professor! As salas funcionam como gabinetes aos quais os alunos podem recorrer para ter esclarecimento de dúvidas!

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  6. Greve de zelo trabalhando só 35 horas/semana?
    Boa sorte para a justificação de faltas às reuniões, conselhos de turma,e etc. Ou então cmpensa-se falatando-se às aulas,mas o problema mantém-se. Será sempre preciso justificar faltas.
    como se enfrentariam as queixas dos pais relativamente a falta de avaliaçãod os testes, ou flat de realziaçãod os emsmos (por falta de tempo para sua preparaçaõ). como se justificaria a ausência de dados de avaliação? Se for assim tão simples (lembre-se que só os sindicatos podem decretar greve. Sempre.) Onde vem essa forma de luta consagrada, em que documento legal? Como é contabilizada a adesão a esse tipo de greve? (os que derem menos de 35 horas/ semana? os que entregarem os testes mais tarde? os que não cumprirem as planificações e o justificarem por adesão à greve?)
    Pode-se sempre recorrer à greve selvagem.
    fico curioso em saber qual or esultado deste tipo de luta. Talvez alguém resolva experimentar.

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  7. Urge, de facto, criar novas formas de luta. Estou de acordo! Uma das razões que mais me levaria a protestar tem que ver com a criação da prova de entrada na profissão. Porquê permitir que sejam terceiros a regular a nossa profissão? A desigualdade e a separação entre "colegas" e "contratados" fez-nos chegar ao ponto de não haver nem para uns nem para outros...

    M.Silva

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  8. VOlto a lancar o repto a todos os professores contratados que se encontrarem ao servico no # #terceiro período. A maioria nunca mais terá lugar na escola, é altura de mostrarem que existem.

    GREVE ÀS AVALIAÇÕES.

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  9. neste momento, está marcada uma greve geral...
    porque não fazer greve... no dia da greve geral em que os outros trabalhadores também são chamados a fazê-la?!
    não quero saber. cá em casa fazemos greve. e estamos congelados. e estamos com salários cortados. e estamos sem subsídios. e estamos sem benefícios fiscais.
    eu faço porque quero que saibam que eu estou descontente com estas medidas. se não perceberem de vez (não vão perceber) hei de continuar por todos os meios que me propuserem e que eu achar convenientes dizer que estou FARTA!
    FARTA! por isso, naquele dia, não vou trabalhar para o meu país. vou-me baldar à responsabildiade que tenho pelos meus alunos. vou mandar aquela gente à fava. vou deixar o meu diretor desenrascar-se com os garotos (fizesse greve também). vou perder o dinheiro. mas vou juntar a minha voz aos descontentes.
    estou FARTA! e também FARTA de discussões e desculpas: façam assim, façam assado, não faço porque isto ou aquilo, era melhor fazer assim, era melhor fazer assado. ESTOU FARTA! EU FAÇO GREVE porque quero que a minha voz seja ouvida através de um número de adesão. se não tiver a adesão que eu gostaria para a minha voz ter mais força, que se dane. Eu faço, eu tento, eu faço um sacrifício. com todos os que aceitarem fazê-lo comigo.
    mas por favor PAREM de dizer o que seria melhor. como podem saber se não experimentam????

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  10. Li a carta, Carlos.
    é uma das questões que me tenho colocado. ainda ninguém se lembrou de fazer o levantamento (ou ter-se-ão lembrado?): em quantos acidentes de viação se viram envolvidos professores? quantos morreram a a caminho de casa vindos da escola (por essa ordem...)? quantos estão em tratamento por doença mental? quantos desistiram, sacrificando reforma, vida?
    quanto filhos e quantas filhas ficaram sem pai ou mãe?
    quantos?!
    muitos, de certeza. não convém levantar o pó. o cinismo de uns e outros tem-nos mantidos calados. mas apetece perguntar: quantos e até quando?

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  11. e no penúltimo dia de aulas?!
    Tem tanto impacto como o mosquito a picar o elefante...

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  12. Exemplo de zelo?
    não trabalhar ao fim-de-semana; não se envolver em nenhuma atividade extracurricular (projetos, concursos, parcerias, etc.); as reuniões não se prolongam para além das 19h, especialmente para quem é progenitor de menores de 12 anos; limitar exclusivamente à atividade letiva e sua preparação.

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  13. greve de zelo não trabalhar ao fim-de-semana?
    as reuniões só irem até às 19 h? e quando começam às 19 h? iam para o sábado (com a bolsa de horas vai ser possível? e quando até às 19h só se tratou o 1.º ponto da ordem de trabalhos? não se marcavam uma 2.º ou até uma 3.ª para outros dias? ficavam os assuntos por tratar? (quem é que precisa de saber como vai ser feita a avaliação do miúdos, qual a regulamentação para os exames?.. fazíamos em casa... Ah, não pode ser, ao fim-se-semana não se trabalha. não havi problemas, improvisava-se na altura!)
    e quando é nomeado para os projetos,atividades? recusa-se? diz que está de greve?
    como faria o pré-aviso de greve? (sob pena de fazer greve selvagem e poder vir a ser demitido da função pública) greve para todo o ano? greve ao fim-de-semana? greve para depois das 19h?
    os professores têm de cumprir com o que lhes está destinado. não há fuga possível. não era mais fácil aderir à greve geral em que uma des revindincações é a redução do horário laboral, ou pelo menos que não o aumentem mais com as propostas a aprovar a 23 de março na AR? daí a greve (geral, não é só de profs e esse dia permite mais visibilidade a certos setores, porque se se esparasse pela adesão dos profs, daquilo que tenho visto por aqui, estávamos feitos) ser anterior, na véspera neste caso.

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