segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Divulgação

A colega Cláudia Borda solicitou a divulgação de um movimento (aqui) relativo ao currículo de informática nas EB23 e o plano tecnológico da educação. Assim:

"O currículo de Informática nas EB23
A disciplina de informática passará, em princípio, a ser lecionada apenas no 5º e 6º ano e não terá continuidade. Acredito que é muito pouco tempo para lhes dar a conhecer informações básicas que qualquer utilizador básico deve ter.
Eles devem saber, no mínimo:
- usar as ferramentas de produtividade de uma forma correta e saber explorar as suas opções; não apenas escrever e mudar o tipo de letra... Falo, principalmente nas ferramentas de texto, cálculo e apresentação. Desde que a disciplina de TIC saiu do 10º ano que a ferramenta de cálculo nem sequer está prevista no conteúdo programático.
- saber utilizar as redes sociais com segurança e reconhecer as formas existentes de cyberbullying.
- saber quais os componentes principais de um computador, tipos de computadores, para que servem e o que deve ser tido em conta quando vão adquirir um;
Acredito que sem estes requisitos mínimos que refiro, nenhuma criança será capaz de ser um mero utilizador. E é impossível lecionar tantos conteúdos apenas no 2º ciclo.
O Plano Tecnológico da Educação
Os professores de informática são habitualmente usados nas escolas para ajudar os professores todos da escola com os seus problemas informáticos, resolver problemas com o servidor da escola, instalar e fazer manutenção à plataforma de elearning Moodle, fazer e manter a página da escola, arranjar os computadores da escola, resolver questões da rede da escola e tratar dos programas de exames e provas de aferição. Não seria útil que existisse alguém com horário na escola para todas essas tarefas?
A ESCOLA NÃO DEVIA TER DE CONTAR COM A BOA VONTADE DO COLEGA DE INFORMÁTICA.
O COLEGA DE INFORMÁTICA NÃO DEVIA TER DE FAZER TUDO ISTO SEM RECEBER".

8 comentários:

  1. Não teria dito melhor. Muito bem!

    Joao Macedo

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  2. Como unica professora num agrupamento de escolas bem sinto isto na pele
    Ana Teodoro

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  3. Concordo com tudo o que foi dito. Como professora de HGP e boa utilizadora de meios informáticos todos os anos realizo um trabalho de pesquisa por período com recurso aos computadores. Inicio os alunos na utilização de Word, Power-Point e Publisher. No entanto, o meu diretor acha que é um desperdício de tempo e a minha coordenadora desaconselha tal forma de trabalho porque não é séria. Tenho 53 anos de idade, 33 anos de carreira e por estas e outras já começo a sonhar com a reforma. No entanto, a ideia da colega é brilhante e devia ser posta em prática ; o que seria simples se as escolas utilizassem a sua autonomia.

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  4. ...como Diretor, tomo como minhas as muitas preocupações aqui enumeradas.. resta esperar que prevaleça o bom senso!

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  5. Concordo com tudo que foi dito.
    Acho que seria bom ouvir a opinião do nosso ministro nesta questão. Fosse por o movimento ter muitos votos (já votei!), fosse por todos pedirmos ao professor Marcelo para ele dar a sua opinião... de qualquer maneira.
    Dá a sensação que ninguém quer falar nisso e como as coisas vão aparecendo feitas...
    Depois do governo ter definido a 100% a nova reforma curricular é que já não vai valer a pena.
    Se quiserem manter os professores a fazer o trabalho, têm de lhe dar horas.
    Acho estranho terem tirado as horas há tanto tempo e a ANPRI... nada...

    Inês

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  6. Está aqui o documento feito...

    http://sites.anpri.pt/inicio/area-de-informacao/noticias-anpri/propostaparaumapossivelestruturadecoordenacaodeinovacaotecnologica

    e deu para umas noitadas.

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  7. Segue o link para o documento elaborado http://sites.anpri.pt/inicio/area-de-informacao/noticias-anpri/propostaparaumapossivelestruturadecoordenacaodeinovacaotecnologica

    Olha que levou umas ricas noitadas.

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