segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Recusar trabalho extra? Claro que sim...


Comentário: Serei um deles... Já não é de agora, mas tenho de admitir que desde o dia em que conheci o Orçamento de Estado para 2012 a "coisa" piorou. Tenho imenso trabalho em lista de espera... Contabilizo as 35 horas com algum rigor numa tabela em excel (pode ser que um dia, disponibilize uma delas para vocês verem) e, salvo raras excepções, não costumo exceder mais de uma a duas horas (média mensal). O excesso de horas, quase sempre resulta do preenchimento de burocracia.

Para além disto, apenas existem dois motivos que me levam a exceder voluntariamente as 35 horas de trabalho semanal, que são:

- Pedidos de ajuda por parte de qualquer um dos meus alunos;
- Colaboração com alguns colegas de profissão, nomeadamente em projectos.

Para além disso... Nada. Ou melhor, quase nada, pois em algumas reuniões as horas "esticam" e só não abro a boca mais cedo, por pena de quem é de longe (normalmente, colegas contratados).

11 comentários:

  1. fazem bem.somos func. de 3ª.

    os carrinhos,o gasoleo,manutençao,telemovel,credito representam dinheiro.
    esses descontam como eu,mas pagam-lhe tudo...por vezes até a casa .
    nas empresas privadas,foi boda aos pobres,compraram carros para distribuir pelos funcionários e os funcionarios publicos,pagam a crise.isto nao pode continuar.

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  2. Acho que qualquer trabalhador no seu perfeito juízo só trabalha durante o seu horário de trabalho. No caso dos professores esse horário é de 35 horas.
    Mas será que os professores estão disponíveis para demonstrar como e onde preenchem o seu horário de trabalho?
    Eu, como professor do grupo 110 já há muito que cumpro só as 35 horas, mas faço essas 35 horas na escola/agrupamento, utilizando as condições de trabalho disponibilizadas pela escola.

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  3. Do Alentejo Profundooutubro 24, 2011 9:36 da tarde

    Ricardo será que poderia publicar essa grelha ou deixar mais algumas dicas? E que fazer qto às reuniões? Temos 2h por semana para isso, mas há semanas (poucas) onde não tenho nenhuma mas em compensação há semanas com 2 ou mais... E as intercalares estão aí...

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  4. Ricardo, não contabilizo com rigor as minhas horas de trabalho, mas faço sempre algumas contas e por isso também tenho trabalho em lista de espera. Paciência... Claro que jamais prejudico os meus alunos e para eles estou sempre disponível.

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  5. Este ano tb resolvi começar a contabilizar as horas de trabalho, coisa que não fiz ao longo de todos estes anos. Vou mesmo esforçar-me para não ultrapassar as ditas 35h semanais. Se semanas houver que não as atinja, não me sentirei mal por isso, já que não nos pagarão as 49ª, 50ª, 51ª e 52ª semanas do ano.

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  6. Para obolmg: Se conseguisse ter condições para "esgotar" as 35 horas semanais na escola, acredite que o faria. Mas não consigo trabalhar quando o número de professores numa sala ascende aos 20 ou 30. Falamos muito alto e é impossível qualquer tipo de concentração.

    Para já nem falar que em muitas escolas, as condições logísticas serão sofríveis ou quase inexistentes.

    Mas certo é que se cumpríssemos apenas com as horas de trabalho, algo iria acontecer... Mas é uma ideia a que poucos aderem por vários motivos.

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  7. Para Alentejo Profundo: Será essa alternância de semanas com e sem, que deverá ser levada em linha de conta quando estabeleces uma média mensal. As horas de reuniões terão de ser contabilizadas para que construas uma tabela de distribuição semanal. Qualquer dia, coloco aqui um exemplo de tabela...

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  8. Para Eu: Vais ficar surpreendida se começares a fazer as contas com um pouco de rigor. Estou certo que se fores como eu, chegarás facilmente às 40 horas. É necessária contenção no esforço... Eh eh eh.

    Se não conseguisse gerir muito bem as tais 35 horas, acredita que pouco me sobraria para actualizar este blogue.

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  9. O facto de eu cumprir as 35 horas na escola, não é por dispor de condições na mesma, mas porque todos podem conferir as minhas horas de trabalho.
    Aliás genericamente as escolas do 1º ciclo tem más condições, a titulo de exemplo nunca trabalhei numa escola onde o computador demorasse menos de 20 minutos a ligar e agora com as AECs tenho apenas disponível espaço na cantina para trabalhar, faz-se o que se pode com aquilo que nos dão.
    Quem prejudica os alunos não sou eu, é a minha entidade patronal que não me cria condições para eu exercer melhor o meu trabalho.
    Se do meu tempo não lectivo tenho da dar aulas de apoio ao estudo, supervisionar professores das AECs, reuniões semanais com encarregados de educação, entre muitas outras coisas, obviamente que não posso preparar como gostaria as aulas e como não disponho de muito tempo para corrigir exercícios depois das aulas, faz-se poucos exercícios e são corrigidos no quadro.

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  10. Já fiz 60 horas na escola e 10 em casa.Acreditem.Sem exagero.Nunca faltei dava as minhas horas e as dos outros.Quando cheguei às férias de Verão fiquei de cama....E agora estou a "descansar" no desemprego.
    Lurdes

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  11. Eu pus-me a fazer contas este ano e acho que a minha média anda nas 40 horas semanais.
    Mas tb vos digo que à noite, por exemplo, não tenho trabalhado. Nem ao fim de semana.
    Mais, daquelas 40 horas por semana, pouquíssimo me resta para preparar aulas, acreditem. Além de as "dar", nas 22 horas, a quase totalidade das outras 18 é a Direção de Turma!!!
    Diria que das 40 horas médias, apenas para aí 10% é para preparar as aulas. E às vezes, estou tão cansada e saturada que o que deveria ser prioritário ( aulas, claro) é o que é sacrificado.
    Em nome do quê? A sério, em nome do quê? Dos meus alunos não é de certeza.
    Enfim.
    Jake

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