domingo, 31 de maio de 2009

Discurso prepotente...

No sítio da TSF a 30/05/2009: "A ministra da Educação considerou que «os professores têm o direito a manifestar a sua insatisfação», mas lembrou que cabe ao Governo «prosseguir com as políticas públicas em defesa das escolas públicas».

Reagindo à manifestação de professores em Lisboa, Maria de Lurdes Rodrigues frisou que o actual período eleitoral permitirá aos partidos «esclarecer a população portuguesa sobre o que pensam sobre aspectos concretos da política educativa».

«Vai ser uma oportunidade única para clarificar posições em relação a aspectos como refeições para todas as crianças do primeiro ciclo, escolas a tempo inteiro, inglês, centros escolares, acção social alargada e aulas de substituição», acrescentou.

À margem de uma sessão de entrega de diplomas Novas Oportunidades, em Vila do Conde, a titular da pasta da Educação considerou ainda que se pode fazer um «balanço positivo» do ano lectivo que está a acabar agora.

«Em todas as escolas faz-se um enorme esforço de adaptação às novas regras, faz-se um enorme esforço de conclusão deste ano, de preparação dos alunos para estes exames, respondendo com trabalho e centramento naquilo que são os objectivos da avaliação dos alunos», sublinhou."

Ver Artigo Completo (TSF Online)

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Comentário: Temos o direito de manifestar a nossa insatisfação, é bem verdade. E a senhora ministra, tinha o dever de ouvir e atender a quem se manifesta. Não se engane, senhora ministra, aquilo que tem vindo a fazer à escola pública, não é a defesa dos seus interesses, mas sim um ataque «terrorista» aos mesmos. Empenhou o futuro pessoal e profissional de uma geração inteira, sem mostrar qualquer complacência. Colocou os professores numa situação de desespero, de degradação e de conflitualidade interna tal, que dificilmente alguém se esquecerá de si (e deste governo).

Ainda bem que se aproxima uma nova fase eleitoral... Se os resultados dessa fase eleitoral, voltarem a colocar o PS no «poleiro», com uma maioria absoluta, dar-lhe-ei toda a razão. Os portugueses terão o que merecem e as suas políticas educativas terão ido ao encontro disso mesmo.

Quanto ao «balanço positivo» deste ano lectivo: Errado, senhora ministra. Para si, o balanço foi extremamente positivo. Faltou pouco (mesmo muito pouco) para conseguir destruir por completo a escola pública. Ainda restam bastantes professores para aguentar os alicerces da educação. E se o «edifício» já treme e abana, ainda está de «pé». Só mesmo mais uma legislatura similar à sua, conseguirá fazer cair por completo o que ainda existe de bom. E acredite no que lhe digo (e que saberá perfeitamente), em muitas escolas não existe «centramento» na avaliação dos alunos, mas sim «centramento» na avaliação dos professores.
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Na «ressaca» da Manifestação de 30 de Maio.

Comentário: Não sei qual foi o número exacto de colegas (embora me incline mais, para os 80 000) que estiveram presentes em Lisboa. Sei que chegou para encher a vista e os ouvidos de quem lá esteve e também dos meios de comunicação. O que sei, é que ainda temos uma larga maioria de professores que não se resignou... Sei também que muitos não puderam ir... E tenho a certeza que ainda temos capacidade de mobilização para futuras investidas do Ministério da Educação. Vale a pena não desistir!

A manifestação de 30 de Maio em fotografias...

Ao contrário daquilo que muitos diziam, a manifestação de ontem foi grandiosa. Cerca de 80 000 colegas... Foi arrepiante. Deixo-vos com alguns links de blogues, onde as fotos são abundantes:

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Para recordar...

Música repleta de verdades...

Música dos "Shania Twain" - (Tema: Ka-ching).

quinta-feira, 28 de maio de 2009

30 de Maio - Manifestação Nacional (Locais de concentração e percursos).

Conforme se pode ler no sítio da FENPROF:

Locais de concentração:

a) Os docentes provenientes do Norte e Centro concentram-se no Parque Eduardo VII.

b) Os docentes provenientes da área da Grande Lisboa e do Sul concentram-se na Rua Joaquim António de Aguiar (sentido descendente, é a rua que liga o Marquês às Amoreiras).

O percurso da manifestação terá a seguinte orientação:

Ordem de entrada na Manifestação: 1º Sul; 2º Grande Lisboa; 3º Centro; 4º Norte. (Madeira e Açores a ver no local)

A cabeça da manifestação sairá do final da Rua Joaquim António Aguiar / Praça Marquês de Pombal. Quando todos estiverem já na Avenida da Liberdade, deslocar-se-ão os docentes do Centro e do Norte, desde o final do Parque Eduardo VII, para a Avenida da Liberdade.

O desfile termina com uma concentração na Praça dos Restauradores.

A Manifestação começa às 15h. Convém chegar antes.

Se todos agíssemos assim...

No Jornal de Notícias a 28/05/2009: "Em 2006, João N., agora com 19 anos, dirigiu palavras injuriosas ao professor de Matemática por ter sido chamado a atenção quando brincava com o telemóvel na sala de aula.

O Tribunal de Vila Verde condenou um ex-aluno da Escola Secundária local pelo crime de injúria agravada a um professor ao pagamento de 300 euros de multa e de 500 euros de indemnização, disse hoje fonte judicial.

A fonte adiantou à Lusa que, na sentença, agora transitada em julgado, o tribunal deu como provado que em Junho de 2006, João N., agora com 19 anos, dirigiu palavras injuriosas ao professor de Matemática - nomeadamente dois adjectivos, considerados popularmente como "palavrões" - por ter sido chamado a atenção quando brincava com o telemóvel na sala de aula.
(...)
"O arguido ignorou as várias advertências que lhe foram apresentadas até que, ao ser mais uma vez, chamado à atenção pelo seu comportamento indevido, se levantou, arrumou o material escolar na mochila e abriu a porta da sala insultando o professor antes de sair da aula", refere o juiz que julgou o caso.

A condenação do ex-aluno foi baseada, entre outros factores, no depoimento de três ex-colegas de turma.

O tribunal concluiu que, ao proferir expressões insultuosas, "o arguido lesou a honra e consideração" devidas ao professor, tendo agido com dolo directo, ou seja, com vontade de o ofender.

Contactado pela Lusa, o queixoso - que solicitou anonimato - disse que apenas recorreu aos tribunais porque o aluno não lhe quis pedir desculpas pelo seu comportamento incorrecto, apesar de lhe ter dado oportunidade para o fazer.

Acresce que, acentuou, depois de ter decidido castigar o aluno com dois dias de suspensão, o Conselho Executivo da Escola anulou a pena, argumentando que o professor tinha deixado passar 12 dias antes de apresentar queixa, o que viola os regulamentos.

"Deixei passar alguns dias porque dei tempo ao aluno para reflectir e pedir desculpa, e, depois, porque tive um funeral de família", afirmou, frisando que pensou também que o Conselho Executivo iria agir autonomamente por, entretanto, ter tomado conhecimento do facto."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

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Comentário: Custou-me a acreditar nesta notícia. É pena que esteja a ser dado fraco destaque a esta verdadeira lição de vida e de profissionalismo. Muitos de nós, relevamos as atitudes dos alunos, para não nos chatearmos, ou então, somos impedidos de manter a disciplina por PCE´s fracos e/ou incompetentes. O caso resulta de insultos a um colega, como resultado de uma advertência, consequência do maldito uso do telemóvel, dentro da sala de aula, por um aluno. O CE, que na altura «castigou» o aluno com dois dias de suspensão, acabou por anular essa decisão, devido a prazos. Infelizmente, acontece em muitas escolas... Reparem que o colega ainda deu tempo ao aluno para reflectir na sua atitude e pedir desculpa. Embora fique feliz por esta decisão do tribunal, se tivessemos uma boa política educativa e um estatuto do aluno eficaz, nada disto seria necessário.
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Quatro ou cinco escolas? Tantas?

No Público a 28/05/2009: "A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, disse hoje que "quatro ou cinco escolas" não vão cumprir o prazo de eleição dos respectivos directores, que termina a 31 de Maio.
(...)
Recusando classificar estes casos como "resistência", Maria de Lurdes Rodrigues referiu que "foram casos em que não emergiram lideranças, que não apareceram candidaturas, em que as candidaturas não foram reconhecidas localmente pelas comunidades locais como candidaturas de qualidade e foram rejeitadas".
(...)
A ministra da Educação garantiu que o processo de eleição dos directores dos 1191 agrupamentos ou escolas não agrupadas está a decorrer "dentro dos prazos". "Está tudo a correr muito bem em todas as escolas, ao contrário do que acontecia no passado, em que sempre existia uma centena de escolas em que não emergiam lideranças", declarou.
(...)
Maria de Lurdes Rodrigues apontou, ainda, a existência de "uma grande continuidade nos processos", observando que, "na maior parte dos casos, os presidentes dos conselhos executivos passam agora a directores, garantindo a continuidade do desenvolvimento dos projectos educativos".

A responsável considerou a este propósito que "o que muda verdadeiramente não são tanto as pessoas, mas as condições que estes novos directores passam a ter para conduzir os destinos das escolas".

Confrontada com a manifestação nacional de professores marcada para sábado, a ministra respondeu: "Amanhã é outro dia. Amanhã não tenho nenhuma tomada de posse"."

Ver Artigo Completo (Público)

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Comentário: Não, senhora ministra... Mudam as pessoas, pois com estas novas condições, as probabilidades de autoritarismo saem reforçadas. Até aqui, um Presidente do Conselho Executivo (e respectiva «equipa»), dependia dos votos de muitos, no entanto, a eleição de um Director, depende do voto de poucos e «sofrerá» como nunca, a verdadeira pressão partidária (e o «melhor» de tudo, a coberto da legalidade). Também terão um acréscimo de trabalho, mas quanto a isso, têm a remuneração «extra» para os manter em «sentido». Aconselho a leitura do Decreto-Lei n.º 75/2008 (nomeadamente a subsecção II), para se inteirarem da extensão do «poder» que estes novos Directores terão na «mão».

Para além disso, por aquilo que sei, não serão apenas 4 ou 5 escolas. E não será por falta de liderança que o processo de eleição dos directores não está a decorrer, nas mesmas. Será mais... humm... Será mais, um problema de legalidade (ou de falta dela).
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Para a equipa ministerial...

O careca pode ser o Sócrates. O Pedreira e o Lemos é à escolha. Eh eh eh...

Música dos "Aqua" - (Tema: Lollipop).

Contestação «inconsequente».

Comentário: Os recordes da Ministra da Educação... 8 greves, 7 manifestações, 3 vigílias, 2 cordões humanos, 3 paralisações específicas e mais de 320 mil assinaturas recebidas em 8 abaixo-assinados. Uma autêntica «maratonista». Fiquei bastante preocupado com esta hipótese: "E se continuar no Governo depois das eleições legislativas deste ano poderá chegar, por exemplo, ao recorde de Inocêncio Galvão Telles, ministro da Educação Nacional de 4 de Dezembro de 1962 a 19 de Agosto de 1968". Um autêntico pesadelo, ver esta senhora no «poleiro» por mais 4 anos. Nem quero pensar muito nisso, pois ficaria «louco»...

Também eu preferia...

Comentário: Na realidade, também eu já defendi as greves por tempo indeterminado, mas analisando tudo aquilo que tem ocorrido até hoje, considero agora que seria uma iniciativa sem grande sucesso. A desmobilização e a resignação alastraram como uma «praga» nas nossas escolas. Uma greve por tempo indeterminado poderia ter tido sucesso, mas não agora. Não vale a pena «chorar pelo leite derramado», temos de seguir em frente... As reflexões podem e devem ser feitas, com o objectivo claro de reformular e pensar futuras iniciativas. E ninguém coloca em cima da mesa, a esta altura, uma greve por tempo indeterminado. Para além disso, muitos colegas estão a apostar nas eleições legislativas para mostrar a sua «revolta», deixando de lado lutas "mais radicais".

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Manifesto conjunto no "Público".


Comentário: Nem sei como... Mas certo, certo é que os meios de comunicação andam atentos, pois neste artigo até referenciaram a ocorrência de divergências entre bloggers, que nestas últimas semanas tem ensombrado a discussão em torno das iniciativas sindicais. Veremos se este apelo cumpre o seu objectivo.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Encontramo-nos Sábado.

1) Este governo desfigurou a escola pública. O modelo de avaliação docente que tentou implementar é uma fraude que só prejudica alunos, pais e professores. Partir a carreira docente em duas, de uma forma arbitrária e injusta, só teve uma motivação economicista, e promove o individualismo em vez do trabalho em equipa. A imposição dos directores burocratiza o ensino e diminui a democracia. Em nome da pacificação das escolas e de um ensino de qualidade, é urgente revogar estas medidas.

2) Os professores e as professoras já mostraram que recusam estas políticas. 8 de Março, 8 de Novembro, 15 de Novembro, duas greves massivas, são momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores e as professoras deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública.

3) Num momento de eleições, em que se debatem as escolhas para o país e para a Europa, em que todos devem assumir os seus compromissos, os professores têm uma palavra a dizer. O governo quis cantar vitória mas é a educação que está a perder. Os professores e as professoras não aceitam a arrogância e não desistem desta luta: sair à rua em força é arriscar um futuro diferente. Saír à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o governo e é do que a escola pública precisa. Por isso, encontramo-nos no próximo sábado.


Subscrevem:

Os blogues: A Educação do Meu Umbigo (Paulo Guinote), ProfAvaliação (Ramiro Marques), Correntes (Paulo Prudêncio), (Re)Flexões (Francisco Santos), Educação SA (Reitor), O Estado da Educação (Mário Carneiro), Professores Lusos (Ricardo M.), Outròólhar (Miguel Pinto), O Cartel (Brit.com, Advogado do Diabo).

Os movimentos: APEDE (Associação de Professores em Defesa do Ensino), MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores), PROmova (Movimento de Valorização dos Professores), MEP (Movimento Escola Pública), CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)

Nota: Este manifesto conjunto (iniciativa do Movimento Escola Pública), é um apelo de mobilização, por parte de professores bloggers e movimentos de professores, em torno de uma iniciativa: A Manifestação do dia 30 de Maio, em Lisboa. Um claro esforço de união e mobilização para uma última «batalha», que poderá decidir o desfecho da «guerra».

A greve dos 90 minutos na imprensa nacional.

Comentário: Num dos artigos é referido o desconhecimento de alguns docentes, relativamente a esta greve de 90 minutos. Não é de admirar... Ainda hoje pude constatar "in loco" esta situação. Já todos sabiamos que esta iniciativa estava condenada a um sucesso contido e pontual (estou a ser benevolente). Os meios de comunicação social estão a capitalizar bem o momento de «infortúnio» da união docente e estarão bastante atentos à manifestação de sábado. Mais do que números, importa o simbolismo da iniciativa. Receio que mais um fiasco, deitará por «terra» qualquer capacidade negocial. É importante a mobilização para a manifestação de 30 de Maio. Mesmo muito importante... Espero que os colegas compreendam que esta manifestação é fulcral. Esta iniciativa ultrapassa em muito a competência sindical. É a última «cartada» política e social dos professores. Depois disso, só mesmo a frente jurídica para resolver as injustiças criadas ao longo destes últimos anos.

Será...

...que a greve de 90 minutos está a ter grande adesão?

Música dos "Green Day" - (Tema: Holiday).

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Período probatório.

Encontrei um artigo no sítio do SPGL, que poderá ser interessante para esclarecer algumas dúvidas, relativas ao tema "Período probatório", e que têm vindo a ser colocadas na «caixa de conversa» aqui do blogue. Para acederem ao mesmo, cliquem aqui.

Pré-Aviso de Greve: 26 de Maio (terça-feira), das 8h00 às 10h30.

Já se encontra disponível, no sítio da FENPROF, o pré-aviso de greve relativo ao bloco de 90 minutos (8h às 10h30m) de amanhã. Bem sei que isto sabe a nada, mas os sindicatos ainda conseguem «ler» (embora mal) a capacidade de mobilização dos professores. Sabem perfeitamente que ao convocarem uma greve deste tipo, diminuem significativamente os efeitos do mais que provável fiasco. Segundo se pode ler neste artigo do DN, para Mário Nogueira ainda "não está fechada a possibilidade de mais protestos até às eleições legislativas. Adianta que isso depende dos três processos «alegadamente negociais» que se adivinham: revisão do Estatuto, do modelo de avaliação e o despacho de organização do ano lectivo".

Se os sindicatos continuarem a seguir esta estratégia «gasta», mais vale estarem quietos, pois as adesões serão cada vez menores. E adesões menores equivalem a «vitórias» do Ministério da Educação, nos cálculos dos nossos governantes e dos meios de comunicação.

Para os dirigentes (ou delegados) sindicais, que visitem este blogue: Deixo de seguida uma publicação que poderá ser relevante. Quando era delegado sindical, para além de ler imensa legislação, também perdia algum tempo a ler publicações relativas a estratégias de «combate». Valia a pena, se fizessem o mesmo. De maus exemplos, os professores estão fartos e têm de lidar com eles diariamente. Segue-se o link: Estratégias Sindicais Inovadoras.

Nota: Existe uma estratégia, na página 93, que poderia ser perfeitamente estudada, e que provavelmente até traria bons resultados. Quem não quiser ou não tiver tempo, leia apenas as conclusões.

Auto-boicote sindical?


Comentário: Não será necessário ser grande vidente, para prever que a adesão a esta manifestação será inferior às anteriores. Não só pela desmotivação, mas também por outros motivos. Um dos quais, está relacionado com algo que vou desenvolver e que se passou hoje na minha escola:

Quando entrei na sala central de professores, deparei-me com a ficha de inscrição relativa ao transporte para a manifestação em Lisboa (30 de Maio). Ao longe, constatei que a mesma, apenas tinha um colega inscrito. Achei estranho. Aproximei-me do documento para ver melhor, e constatei que, ao contrário de iniciativas similares anteriores, desta vez a viagem tinha um custo para os colegas sindicalizados: 7,5 euros. Questionei os colegas sindicalizados que estavam na sala de professores sobre este «pormenor» e as respostas foram em tudo idênticas: “A pagar… não vou! Já basta as quotas que pago mensalmente”. Ao procederem desta forma, não estarão os sindicatos a auto-boicotar a sua iniciativa? Logo agora, que seria essencial uma grande adesão... Não compreendo. Andamos a cumprir calendário ou esta iniciativa é mesmo a «sério»? Não sei porquê, mas até parece que estou na Assembleia da República. «Circo» à frente das camaras de televisão e «convívio» posterior no café da «esquina».

Nota: Reparem que não estou a criticar os valores monetários do transporte, mas sim a diferença relativamente a iniciativas anteriores.

Uma boa semana de trabalho...

Música dos "Placebo" - (Tema: Special Needs).

Dependência tecnológica.

Comentário: Esta foi a conclusão de uma tese de mestrado... Na realidade, não existe nenhum professor que já não tenha concluído que os alunos são extremamente dependentes das novas tecnologias. Aliás, o plano tecnológico tem ajudado imenso a alimentar esta dependência. Veremos as consequências a longo prazo, pois as de curto prazo, já nós as conhecemos (e bem). Existem situações a que não me consigo habituar, nomeadamente uma que continua a chamar a minha atenção: Grupos de 3 a 5 alunos, em pleno intervalo de aulas, a escreverem mensagens sem, por uma vez que seja, conversarem uns com os outros.

Problemas de visualização deste blogue com o Internet Explorer.

Por vezes, não consigo visualizar este blogue no Internet Explorer. Começou a dar «erro» na semana passada... Pensei que o problema era apenas meu, no entanto, já recebi alguns emails de colegas, a dar conta deste mesmo problema. Não sei o que se passa, mas presumo que deverá ser algum problema em termos de configuração do blogue. Vou ver se consigo resolver isto, o mais rapidamente possível.

Se o problema persistir, aconselho a utilização do Mozilla Firefox ou então do Google Chrome. Tenho utilizado este último e tem corrido bem.

Auto-avaliação com declaração de protesto.

A iniciativa de fazer acompanhar a ficha de auto-avaliação com uma declaração de protesto já havia sido anunciada pela FENPROF, no entanto, só agora estão disponíveis os documentos de protesto.

Segundo consta no sítio deste sindicato:
"Recordamos que está prevista a revisão do modelo de avaliação precisamente em Junho e Julho deste ano, ou seja, durante os meses em que a grande maioria dos docentes entregará a sua auto-avaliação. A ausência de qualquer protesto, nessa fase, levará o ME a concluir, ainda que abusivamente, que os docentes, afinal, já concordam com esta avaliação. Tentou fazer isso com a entrega da proposta de objectivos individuais e, por razões acrescidas, tentará que passe essa ideia, neste momento, com o objectivo de não alterar significativamente o modelo de avaliação, mas de apenas lhe introduzir alguns acertos que levem à sua consolidação.

Está nas mãos dos professores pugnar por uma alteração profunda deste modelo de avaliação e, neste momento, a entrega deste protesto é fundamental, pois deixará claro que a entrega da ficha de auto-avaliação se deve ao facto de ser um acto obrigatório previsto na lei e não de qualquer acordo dos professores com o modelo imposto, através do ECD do ME."

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Domingo estou de volta...

Música de "João Pedro Pais" - (Tema: Um Volto Já).

Novas regras para o Concurso EPE.

Comentário: Os professores de Língua Portuguesa no estrangeiro passarão a poder leccionar apenas durante períodos de seis anos em cada área consular e mediante contratos renovados anualmente (a renovação está sujeita a concurso e é feita tendo em conta a avaliação do desempenho). Para além disso, só poderão permanecer por doze anos consecutivos a leccionar no estrangeiro. Esta previsto também que a colocação de professores no estrangeiro para cada área consular passe a ser feita por concurso que incluirá uma entrevista pessoal, cujo conteúdo será publicitado. Aqui, até os candidatos com habilitação própria para o ensino da Língua Portuguesa, poderão concorrer, algo que não faz muito sentido à luz daquilo que tem ocorrido em Portugal. O melhor mesmo, é lerem o artigo, uma vez que possui alguma informação relevante.

Candidatos com habilitação própria nas listas provisórias?

Por aquilo que tenho lido na caixa de conversa aqui do blogue, e que ainda não tive tempo de confirmar, existem algumas irregularidades nas listas provisórias. Em concreto, pessoal com habilitação própria e que consta das listas provisórias. Recordo que quem possui habilitação própria não poderia concorrer. Este concurso passou a ser «exclusivo» para candidatos detentores de qualificação profissional.

Os docentes com habilitação própria não podiam concorrer, pois não se enquadravam em nenhuma das prioridades para este concurso - leiam o artigo 13.º, do Decreto-Lei n.º51/2009). Presumo que estes «colegas» apenas se poderão candidatar às eventuais futuras ofertas de escola.

Não sei se anda muita gente a dormir, mas pelo menos a FNE, já se anda a mexer. Aconselho-vos a não ficarem parados, pois poderão sair altamente prejudicados com esta ilegalidade.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

É agora que me posso rir?

Comentário: Das várias actividades de voluntariado contam-se o apoio a alunos nas salas de estudo, a integração de estudantes imigrantes, a ajuda ao funcionamento das bibliotecas escolares, o acompanhamento de visitas de estudo e a ajuda na dinamização de clubes de tempos livres. Hilariante por parte de quem propôs (a aprovou) a medida e ridículo por parte de quem a aceitar. Tenho sérias dificuldades em acreditar que alguém vá servir de animador de escola, sujeito a ver as suas palavras gravadas e expostas em meios de comunicação social, à má educação de alguns alunos, a eventuais agressões... a troco de quase nada. Dito isto... Para que é que se reformaram? Continuavam a exercer a profissão até aos 70 anos. Até tenho receio dos ex-colegas que se reformaram há mais de 4 anos e que tenham a ideia de voltar. Será o mais curto voluntariado do mundo. Não irão aguentar muito tempo.

«Águas paradas».

Comentário: "O discurso que hoje ouvimos quatro anos após a legislatura em relação aos problemas da educação, da sociedade, dos professores e da escola pública não teve mudanças, parece uma cassete", disse Mário Nogueira. K-7? Vamos actualizar, ok? Um CD ou um leitor de MP3, ficaria melhor... Temos de aderir às novas tecnologias! "A ministra da Educação dá sempre os mesmos exemplos, não se notando nenhuma evolução ou progressão no seu discurso", diz também o dirigente da FENPROF. Bem... Senhor Mário Nogueira, acho que esse é um problema dos dois. De si e da Ministra.

Reforma ganha... Legislativas perdidas.

Comentário: Oitenta mil professores entregaram os objectivos individuais e 30 por cento destes requereram uma componente da avaliação que era facultativa", afirma a Ministra da Educação. Admite também que "um ou outro aspecto correu mal", mas que o Governo teve a "humildade" de simplificar e de dar condições às escolas para a concretização do modelo. Humildade? Qual humildade? Apenas introduziram as versões simplificadas como consequência das manifestações de professores. A humildade não é para aqui chamada... Deram condições às escolas para a concretização do modelo? Foi? Não dei por nada... Entre o antes e o após deste modelo, não vi nem constatei qualquer melhoria nas condições.

Até podem ter ganho a reforma, mas perderam a maioria absoluta.

Apenas isto...

Ouçam a música. É um pedido que vos faço. Se gostarem, fico feliz. Se vos acalmar, o objectivo é cumprido. Se ficarem arrepiados, estamos no mesmo «comprimento de onda».

Música de "Andrea Bocelli & Dulce Pontes" - (Tema: O Mare e Tu).

«Big Father» irritado com a ASPL.

No Público a 19/05/2009: "O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Albino Almeida, responsabilizou hoje a Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) “pela mais que certa falta de professores de Espanhol em todas as escolas do país, no início do próximo ano lectivo”.

“Com toda a ironia que me é possível utilizar, quero agradecer à associação sindical o lindo serviço que prestou aos pais, aos alunos, à educação e ao país em geral”, afirmou Albino Almeida, referindo-se ao facto de o concurso para colocação de professores daquela disciplina ter sido suspenso na sequência de uma providência cautelar apresentada pela ASPL.
(...)
Contactado pelo PÚBLICO, o assessor de imprensa do Ministério da Educação, Rui Nunes, disse que nada havia a acrescentar ao aviso da DGRHE. Assim, escusou-se a revelar se o ministério não entregou uma resolução fundamentada para travar o efeito suspensivo da providência cautelar ou se aquela foi indeferida pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu.

A questão coloca-se porque, ao tomar conhecimento de que a ASPL tencionava apresentar a providência cautelar, nos primeiros dias de Abril, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, disse estar “inclinado” a deixar suspender o concurso. “É capaz de estar na altura de os sindicatos assumirem as suas responsabilidades: querem suspender o concurso? Pois talvez isso aconteça e nenhum professor ocupe qualquer das 220 vagas que criámos para efectivação, pelo menos até à decisão final do tribunal”, afirmou.

Nessa altura, Valter Lemos disse também que, nesse caso, o ministério poderia “pôr horários a concurso no início do ano lectivo” se, até lá, o tribunal não tivesse “julgado a acção”."

Ver Artigo Completo (Público)

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Comentário: Por favor... Será que o senhor Albino, leu a nota informativa? Não me parece. O que consta da nota informativa, remete para um pedido de decretamento da suspensão de eficácia do acto de abertura do concurso no grupo 350, que aguarda sentença. Se este concurso for «ilegal», a culpa não é da ASPL, mas sim do ME que andou a fazer (mais uma vez) das suas. Este homem não acerta uma, e as suas declarações são quase sempre coincidentes com as dos elementos do Minstério da Educação. Parece um «moço de recados»...
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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Governo não vai suspender processo de avaliação.

No Público a 20/05/2009: "O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, afastou hoje qualquer possibilidade de suspensão do processo de avaliação de desempenho dos docentes, conforme solicitado pela Plataforma Sindical de Professores.

"A suspensão da avaliação está absolutamente fora de causa", disse o governante aos jornalistas depois de ter recebido uma delegação da Plataforma Sindical, que lhe entregou um abaixo-assinado com mais de 40.000 assinaturas pedindo esta medida e uma revisão "efectiva" do Estatuto da Carreira Docente.

O secretário de Estado garantiu que as escolas estão a ser apoiadas para concluírem o processo de avaliação de desempenho "com a maior tranquilidade".

Para o porta-voz da plataforma, Mário Nogueira, foi politicamente relevante ter sido Jorge Pedreira a receber o documento.

"Do ponto de vista político tem algum significado termos sido recebido pelo secretário de Estado Adjunto", afirmou Mário Nogueira à saída do encontro.

Jorge Pedreira, por seu lado, declarou que tem estado "disponível para receber os sindicatos" quando entregam abaixo-assinados: "Este é pelo menos o terceiro que recebo".(...)"

Ver Artigo Completo (Público)

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Comentário: Este abaixo-assinado a esta altura do «campeonato»... Enfim. Será uma iniciativa equivalente a «encher balões» sem lhes dar um nó, ou seja, mal passou para as mãos de Jorge Pedreira, esvaziou completamente. É que nem «arrebentado» foi, pois nesse caso, até faria algum «barulho». Uma iniciativa inócua. O mesmo já não poderei dizer da manifestação nacional de 30 de Maio, essa sim, de grande relevância e a merecer a nossa mobilização.
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Na «ressaca» das provas de aferição de matemática.


Alunos consideram a prova fácil.

Prova de aferição de Matemática mais «equilibrada», em comparação com anos anteriores.

Concurso de Docentes 2009 - Reclamação das listas provisórias.

Encontram-se disponíveis no sítio da DGRHE:

Manual de Instruções da Reclamação Electrónica
Aplicação da Reclamação Electrónica – disponível até às 18:00 horas do dia 26 de Maio

Para além disso, também poderão aceder ao verbete 2009 e à nota informativa relativa aos motivos que levaram à não divulgação das listas provisórios do grupo de recrutamento 350 (Espanhol).

Cansaço.

Hoje não vou ter tempo para «grandes» actualizações. Este final de ano lectivo está a ser «caótico». A Saúde Escolar está a deixar-me doente... Uma autêntica injecção de stress. Mas o que é que estou a dizer?! Eu adoro stress... Se não for isso, estou a ficar maluco. Se calhar é um 2 em 1. Um maluco stressado ou um stressado maluco? É melhor parar com as divagações. Isto de escrever à 1.30h dá mau resultado. ;)

Um bom dia de trabalho para vocês.

Música dos "MadconInfernal" - (Tema: Liar).

terça-feira, 19 de maio de 2009

Concurso de Docentes 2009: Listas provisórias de ordenação/exclusão.

Seguem os links para as listas provisórias:


Para acederem à «fonte», cliquem aqui.

A realidade das TEIP (II).

Mais uma vez, o meu amigo «HzoLio» denuncia aquilo que realmente se passa no «concurso» para as escolas TEIP. Se não fosse revoltante, dava vontade de rir. Bem... Dar até dá, mas a revolta fica. Ora leiam estes dois posts. Duas autênticas «pérolas»...

Vamos lá cumprir calendário…

Vamos lá cumprir calendário… (2)

Regime de aposentação polémico.

No Jornal de Notícias a 19/05/2009: "Há docentes à espera que os ministérios das Finanças e da Educação se entendam sobre o regime de aposentação pelo facto de a Caixa Geral de Aposentações estar a indeferir os pedidos feitos de acordo com as regras do ME.

O desentendimento entre ministérios pode já estar resolvido. O deputado do PS, João Bernardo, garantiu ao JN que os ministros Lurdes Rodrigues e Teixeira dos Santos assinaram, "a 24 de Abril, novo despacho conjunto" que define 31 de Dezembro de 1989 como a data limite para as candidaturas a esse regime de aposentação.

O modelo transitório teve de ser acordado, em 2005, aquando da introdução das novas regras de aposentação, aprovadas pelo Executivo de José Sócrates.

Foi das primeiras negociações entre a equipa de Lurdes Rodrigues e os sindicatos e das raras que resultou em acordo: o regime de aposentação para os educadores de infância e professores de 1º ciclo que terminaram o curso em 1976.

De acordo com o decreto-lei nº229/2005, os professores podem reformar-se "até 31 de Dezembro de 2010" desde que tenham "13 ou mais anos de serviço docente à data de transição para a nova estrutura de carreira, tenham, pelo menos, 52 anos de idade e 32 anos de serviço, considerando-se, para o cálculo da pensão, como carreira completa 32 anos de serviço".

Ora, o problema é que como o Estatuto da Carreira Docente entrou em vigor a 1 de Janeiro de 1990, sindicatos e ME consideram 31 de Dezembro a data-limite de transição (para os docentes terem os 13 ou mais anos de serviço); mas a Caixa Geral de Aposentações indeferiu os pedidos dos professores por exigir esse tempo de serviço até 30 de Setembro de 1989. Como o ano lectivo começava em Outubro quase todos os docentes, que deveriam ser alvo do diploma, ficaram excluídos.
(...)
A professora Maria da Fé é uma das que aguardam pela decisão da CGA. Concluiu o Magistério Primário em 1976 e foi "colocada a 9 de Novembro" desse ano. Tem 32 anos de serviço e 52 anos feitos em Abril. Está em casa de baixa. Esgotada. Os serviços do Ministério garantem-lhe que "tem direito à reforma", mas assim que pensa que pode ter de trabalhar mais 13 anos, fazendo 46 de carreira, desata a chorar, compulsivamente.

Contactado pelo JN, o ME não desmentiu nem confirmou o acordo com as Finanças."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

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Comentário: Não consigo compreender a razão de tanto secretismo. Já era tempo de resolverem este embróglio. O problema é que a sua não resolução dá jeito ao Governo.
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O tema do mês.


Comentário: Por aquilo que se pode ouvir na gravação, parece-me que existe aqui um grave problema de cariz psicológico, por parte da pessoa que está à frente da turma. Sente-se revolta nas palavras... Tanta, que impressiona o mais insensível dos colegas. Deve ter ocorrido algo, para que o tipo de respostas seja deste «calibre». É complicado comentar, pois a gravação em questão apenas «relata» uma fracção da aula. É necessário saber o que realmente aconteceu. Deve ter existido muita provocação. No entanto, não deixa de ser um caso de extrema gravidade, por diversos motivos. Por mais que queira ser solidário com a pessoa em questão, admito que ainda não consigo (mesmo sendo transmontano e estando habituado a tipos de linguagem mais «objectivos»). Aconselho a leitura deste post do Ramiro Marques.

Concurso de Docentes 2009 - Publicação do aviso das listas provisórias.

O aviso das listas provisórias de candidatos admitidos e ordenados e de candidatos excluídos, acabou de ser publicado em Diário da República. Sigam o link:

Aviso n.º 9730/2009. D.R. n.º 96, Série II de 2009-05-19

Nota: Atenção que as listas provisórias poderão não ser publicitadas ainda hoje no sítio da DGRHE.

Apenas um «recado»...

...para ficar definitivamente «queimado». Isto de ser "persona non grata" até tem a sua piada. Eh eh eh.

Música de "Infernal" - (Tema: I won't be crying).

Será?

Opps... Peço desculpa pelo asneirada anterior. A «maluqueira» das listas dá nisto. Já apaguei o post. Eh eh eh... Mas teve algo de bom. Tive de consultar a minha «bola de cristal". E apareceu qualquer coisa interessante.

Vejam o Diário da República de hoje (19 de Maio) - a partir das 9h. Sigam este
link, depois cliquem em "II Série", "Diários do Dia" e depois em "Parte C - Governo e Administração Directa e Indirecta do Estado". Corram a lista e procurem os avisos relativos ao Ministério da Educação. Se encontrarem uma nota introdutória interessante, em algum aviso, escrevam um comentário. Ok? Veremos se se confirma aquilo a «bola de cristal» me mostrou.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mais um recurso extremamente relevante.

A partir de hoje, estará disponível um blogue, que acho ser merecedor da nossa atenção e contribuição. O blogue chama-se "Inferno Legislativo da Educação" (nome extremamente adequado) e visa facilitar e organizar o acesso à imensidão de leis, decretos-lei, decretos-regulamentares (etc, etc, etc.). Deixo-vos com a mensagem surrupiada (do blogue "O Cartel") do autor (e amigo) - "Advogado do Diabo":

"Uma das maiores dificuldades (minha e de muitos colegas) é encontrar a muita legislação que nos afecta. Para ajudar, iniciei hoje um blog onde pretendo organizar a legislação referente à nossa profissão (missão impossível. Agradeço desde já toda a ajuda, com indicação da legislação que conhecerem.O blog chama-se Inferno Legislativo da Educação, e podem encontrar-lo aqui: http://infernolegislativo.blogspot.com/. O mail para onde podem enviar a informação é o seguinte: melga.parte.pedra@gmail.com".

Programa de Apoio ao Reforço do Ensino Secundário de Angola.






Já tinha sido alertado para esta situação, no blogue "O Cartel" (aqui), no entanto, na altura não liguei muito, pois pareceu-me «natural», tendo como base a transição de relação jurídica de emprego público (Lei 12-A/2008).

Nota de esclarecimento aos que visitam este blogue, de vez em quando: A palavra «natural» que utilizei acima não significa que concorde com a transição. Aliás, discordo da mesma, no entanto, a lei protege-a, e mais cedo ou mais tarde, será efectuada...

Depois surgiu a suspensão desta transição anunciada pela DREC (aqui). Hoje foi a vez da DRELVT (aqui)... No entanto, fica a questão que surge da leitura do aviso de selecção: Sem relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado previamente estabelecida? Ui... Então essa «treta» dos contratos por tempo indeterminado não está suspensa? É que se assim for, os QE e QZP também poderão concorrer, pois ainda não estão abrangidos por este tipo de relação contratual! Cuidado com a «areia para os olhos». Adiante, que não é isso que interessa para este post.

No mesmo aviso, pode ler-se: "As áreas focais indicadas pelas autoridades angolanas são as seguintes: Português, Matemática, Física, Química, Biologia, Informática, Educação Visual e Plástica e Educação Física." São estes, os grupos de recrutamento que têm vagas.

As condições contratuais são extremamente interessantes. Exemplos: €2.500,00/mês (inclui remuneração e complemento); Subsídio de Férias e Natal; Duplicação do complemento nos meses de Junho e Novembro; e Passagens aéreas entre Portugal-Angola-Portugal. Resta dizer que o prazo de candidatura termina a 21 de Maio. Para acederem ao formulário da candidatura electrónica, cliquem aqui. Leiam bem o aviso, ok? Boa sorte...

O eterno «manguito».

Continuo a adorar esta imagem. É apropriada para imensas situações... Mais do que aquelas que gostaria. Será um último recurso, mas que pode ser utilizado quando a prepotência domina, a parvoíce abunda e a paciência escasseia. Uma imagem a ponderar, por exemplo, aquando da colocação do voto nas urnas, nas próximas eleições legislativas. Espero que a vossa memória não seja curta. A minha não é!

Mesmo que a roupagem se tenha alterado, a «ideia» subjacente mantém-se sempre actual. Só de pensar que o "Zé Povinho" foi uma personagem criada em 1875, não consigo deixar de reflectir naquilo que evoluímos desde então. Vejamos as características do «Homo Lusitanus» no século XIX: "Paciente, crédulo, submisso, humilde, manso, apático, indiferente, abúlico, céptico, desconfiado, descrente e solitário" e também "em constante contradição consigo mesmo, simultaneamente capaz de se mostrar incrédulo, revoltado, resmungão, insolente, furioso, sensível, compassivo, arisco, activo, solidário, convivente...". Não conseguiram encontrar grandes diferenças, relativamente ao «Homo Lusitanus» do século XXI, pois não?

Na «ressaca» das provas de aferição de português.


APP critica facilidade das respostas na prova de aferição de português.

Ministra da Educação satisfeita com provas de aferição.

CONCURSOS ESCOLAS TEIP - Listas definitivas de admissão /exclusão e desistência

Foram publicitadas as listas relativas ao «concurso» para as escolas integradas em TEIP. Sigam o link abaixo.

LISTA DEFINITIVAS DE ADMISSÃO/EXCLUSÃO E DESISTÊNCIA

Mudança do regime de emprego suspenso também na DRELVT.

Desta vez, a «ordem» vem directamente do Gabinete do Secretário de Estado da Educação. Vale bem a pena interpor recursos hierárquicos... Mesmo que seja apenas um adiamento, vem mostrar que alguma coisa «cheira mal» nestas transições.

(Cliquem na imagem)

Provas de aferição e falta de espaço.


Comentário: Hoje é a prova de aferição a Português, na 4.ª feira é a vez de Matemática. Segundo se pode ler neste artigo, "algumas centenas, senão milhares de alunos, de outros graus de ensino receberam instruções de várias escolas para ficarem em casa, naqueles dois dias, para que as provas possam decorrer", uma vez que existe "obrigatoriedade emanada pelo Ministério da Educação de colocar os alunos do 6º ano a uma determinada distância uns dos outros, para evitar que copiem". "Como as turmas, não deviam, mas têm 28 alunos, têm de ser desdobradas em duas salas, o que faz com que algumas escolas não tenham espaço suficiente para garantir o normal funcionamento".

Manual do aplicador «idiota».


Comentário: O manual do aplicador das provas de aferição é um anedotário, que trata os professores como verdadeiros «novas oportunidades». São dadas instruções que devem ser lidas aos alunos. Vejamos alguns exemplos: "Em primeiro lugar, chamo a atenção para o facto de não poderem falar com os vossos colegas"; "Acabou o tempo. Não podem escrever mais nada. Agora vão ter o intervalo"; "Leia em voz alta: 'Agora vou distribuir as provas. Deixem as provas com as capas para baixo'; 'Podem voltar as provas. Escrevam o vosso nome no espaço destinado ao nome'; 'Querem perguntar alguma coisa?'"; "Desloque-se pela sala, com frequência", "Rubrique o enunciado no local reservado para o efeito"; "Leia em voz alta: 'Ainda têm 15 minutos'; 'Acabou o tempo'. 'Estejam à porta da sala às 11h e 20 minutos em ponto'. 'Podem sair'". É necessário que o GAVE saiba que os actuais professores ainda não foram gerados pelas «novas oportunidades»! Os professores ainda sabem ler, interpretar e são autónomos. Este manual é uma autêntica «macacada», que revolta porque trata os professores como verdadeiros idiotas que não sabem lidar com alunos. A Ministra da Educação tem uma opinião contrária, como não podia deixar de ser.

Nota: Para quem quiser ler o «tal» manual, basta clicar aqui (a partir da página 8).


Comentário: Afirma a Ministra que este manual, é "absolutamente necessário" aos docentes para assegurar igualdade em todas as turmas, defendendo que "faz parte das regras técnicas das provas de aferição a existência desses manuais. Incluindo essas frases". Pois...