segunda-feira, 20 de abril de 2009

Consulta Geral aos professores sobre o prosseguimento da acção sindical.

Começa hoje e prolongar-se-á até 24 de Abril, uma operação de consulta (promovida pela Plataforma Sindical) aos professores e educadores de todo o país, com reuniões em todas as escolas ou agrupamentos, com os seguintes objectivos:

- formas de acção para prosseguir a luta;
- balanço dos avanços que se obtiveram até agora;
- resultados que devem ser exigidos para a melhoria das condições de trabalho dos professores;
- disponibilidade dos professores e educadores para a realização de uma manifestação nacional, em Lisboa, na semana que termina em 16 de Maio ou de outras formas de luta a concretizar na mesma data;
- recurso à greve (tipo de greve a adoptar e o momento mais adequado para que se realize).

É importante que todos participemos nesta «consulta geral», e que não baixemos os «braços». É a partir daqui que serão lançados os últimos «trunfos». Se a desmobilização for grande, a Plataforma Sindical perderá força e a luta estará definitivamente encerrada.

«Consulta Geral» nos jornais:
Professores voltam aos protestos de rua.
1.400 reuniões previstas na Semana de Consulta dos Professores sobre revisão do Estatuto da Carreira.

2 comentários:

  1. Nas escolas já só se respira veneno...e vai piorar.
    Clamo por atenção e incredulidade desde a "negociação" do ECD. Continuei a gritar aquando das iniciativas contra o modelo de avaliação.
    Fingi que o memorando não tinha acontecido, ainda tive ilusões e ainda mexi alguma coisita.
    Depois, o desalento e a descrença venceram. Entreguei-me aos bichos mas jamais me identifiquei com eles.
    Não esqueci (até porque é vivida diariamente)a humilhação em praça pública, a traição, a destruição da racionalidade, da dignidade pessoal e profissional, da vontade de formar gente.
    Em outros momentos, e neste agora em particular, penso que a única resposta à altura das ofensas diárias que sofremos nas escolas é só, e apenas uma: greve por tempo indeterminado.
    Reconheço os custos (a vários níveis), mas perante a realidade só vale o "olho por olho, dente por dente".
    É o derradeiro estertor do moribundo; o cansaço é grande, a descrença é maior, mas gostaria de ter oportunidade de morrer de pé (assim os sindicatos se levantem do chão!).
    Todas as outras estratégias são "chover no molhado" (há muito que o são), não movo uma palavra por elas.
    Levantemos, novamente, o rosto para a razão que nos assiste.
    Que classe é a nossa que vai permitir que nos destruamos uns aos outros?
    Que ética é a nossa para fazer crescer crianças e jovens?
    Mas devo ter visto demasiadas vezes o "Braveheart"!

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  2. Para CapsLock: É verdade... A partir do momento (Setembro de 2009) que o modelo de avaliação do desempenho docente, entrar em vigor na sua plenitude, o ambiente vivido nas escolas irá piorar (e de que maneira).

    Em relação à greve por tempo indeterminado: Seria uma óptima inciativa, com resultados tremendos e de um impacto avassalador. Mas tal como eu, sabes que não temos «classe» para isso. Nunca ponderei esta tipologia de greve, pois tenho a certeza absoluta que não terá sucesso. Infelizmente...

    É verdade que temos de levantar o rosto, mas com iniciativas que tenham maiores probabilidades de adesão, caso contrário, os que ainda resistem, ficarão cada vez maos desanimados.

    Um grande abraço.

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