sexta-feira, 24 de abril de 2009

A escolaridade obrigatória e a eventual "hecatombe do eduquês".

"A capacidade das escolas, o número de professores e o equipamento são suficientes" para suportar o crescimento do número de alunos no secundário, afirmou a ministra da Educação.

Comentário: Se na primeira notícia, a Ministra da Educação estimou em cerca de 30 mil o aumento do número de alunos no ensino secundário (tendo em conta o alargamento da escolaridade obrigatória) e garantiu que instalações e professores são actualmente suficientes para suportar este crescimento, na segunda, a Fenprof e a FNE consideraram, que o alargamento da escolaridade obrigatória para os 12 anos vai obrigar à construção de mais escolas e à contratação de mais professores, ao contrário do que defende a ministra. O dirigente da Fenprof lembrou ainda que no início do actual ano lectivo, a ministra da Educação «dizia que não iria haver alargamento» da escolaridade obrigatória porque tal «não era possível» e, esta quarta-feira, o Governo mostrou uma posição diferente. Não consigo imaginar de que forma, com os actuais professores, a escola-pública conseguirá suportar um acréscimo de 30 000 alunos. Aliás, imaginar até imagino, mas será mais um daqueles pesadelos que nunca achei possíveis. Se assim for, partilho da opinião do Ramiro Marques, quando afirma que será a "hecatombe do eduquês".

1 comentário:

  1. Qual a percentagem de alunos que, actualmente, terminam o 9.º ano e não se matriculam no 10.º?
    Julgo que bem pequena.
    O que acontece é que, mais de metade, são corridos com 5 e 6 logo no 1.º período. A taxa de abandono e de insucesso é enorme.
    Só isto vai mudar com o alargamento da escolaridade, o sucesso vai fabricar-se, tal como no básico.
    Por isso, está tudo controlado.

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