quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

"Quem tem medo da avaliação são os maus professores".

No Diário de Notícias a 28/01/2009: "O que pensam os futuros docentes das actuais batalhas no sector. Quando começaram o curso de Educação de Infância, Tânia Furtado e Sofia Godinho foram brindadas com um elogio em tom de aviso: "Parabéns por terem escolhido esta carreira, porque como as coisas estão é um acto de coragem."

Cinco anos depois, e meses antes de entrarem no mercado de trabalho, as duas olham com apreensão para o cenário que as espera na educação.
(...)
Mas para as duas estudantes da Escola Superior de Educação de Lisboa (ESEL) não há dúvidas: a avaliação é bem-vinda. O mesmo pensa Alexandre Fonseca, de 19 anos, aluno do segundo ano de Línguas Modernas, na Faculdade de Letras de Lisboa. "Quem tem medo da avaliação são os maus professores", brinca. O estudante reconhece que a frase é uma generalização grosseira e que há questões no processo que não fazem sentido, mas acha que "não é caso para tantos protestos".

Já Viviane Ascensão consegue apontar os problemas do processo de rajada, tão bem como qualquer sindicalista e com a mesma paixão. "Uma boa medida mal posta em prática", resume. Mas a aluna de mestrado da Faculdade de Letras também não hesita em afirmar que os docentes têm de ser avaliados: "Avaliem os professores, por favor! Porque há de facto problemas nas salas de aulas decorrentes da falta de preparação, conhecimento científico e interesse de alguns professores." (...)"

Ver Artigo Completo (Diário de Notícias)

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Comentário: Aconselho a leitura de todo o artigo. Apenas a salientar que a questão foi aparentemente mal colocada por parte do DN, e como tal, as respostas são até certo ponto "erradas", controversas e reflectem ausência de conhecimento real do modelo de avaliação.

Já há muito que se chegou à conclusão que o problema, não está na avaliação dos professores, mas sim neste modelo de avaliação. No entanto, alguns meios de comunicação continuam a "bater no ceguinho". Acho que é "filão" que já rendeu, no entanto, há sempre quem insista.

Bem, tenho de ser sincero. De facto, existem colegas (julgo que poucos) que parece não quererem esta ou outra avaliação. Basta ouvir atentamente os argumentos que utilizam. Não será necessário utilizar qualquer metodologia científica, nem tão pouco ser dotado de grande poder de observação, para concluir isto. Todos nós, conseguimos distinguir quem não concorda com este modelo e quem não concorda com a avaliação "pura e dura". Embora estes últimos sejam "residuais", o que é facto é que existem... Mas é daquelas polémicas que não me interessa alimentar, por não considerar minimamente relevante.
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