quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Acção ou pragmatismo...

Será que não estamos todos fartos de pragmatismo? De uma vez por todas há que assumir uma posição. Não se criticam os sindicatos de forma veemente, para depois recuar e apelar à união. Não se criticam os professores (organizados em movimentos) e depois apela-se à união. Estou farto de pragmáticos. Críticas camufladas escudadas na necessidade dos sindicatos. É verdade? Obviamente... É necessário? Claro que não. É fomentar a confusão. É fomentar uma dúvida desnecessária. Há que assumir uma posição. Há que agir em conformidade.

Já nem consigo ler intervenções dúbias. Já não é possível criar uma situação confortável para professores e sindicatos. Deixem-se de pragmatismos. O pragmatismo impede o pluralismo. E neste momento estão criadas todas as condições para esse pluralismo. Participar em duas manifestações? A de 15 de Novembro e outra qualquer convocada pelos sindicatos, é exactamente uma dessas condições plurais. Pragmatismo é querer eliminar uma delas, alegando um qualquer princípio de unificação (de mera aparência). Ninguém irá contrariado a qualquer uma destas manifestações. Só vai quem quer e a mais não é obrigado. Esta é a realidade. Os pragmáticos argumentam que se deve considerar a manifestação que melhor contribui para o bem estar dos professores. Não me parece que abdicar de qualquer das iniciativas, contribua para o que quer que seja. Aliás, só contribuirá para que a manifestação dos sindicatos se transforme num monumental fiasco. Assim, não sendo possível uma união, o melhor mesmo é agir de acordo com a nossa consciência. E no meu caso, a minha consciência apenas me permite escrever isto: Já não acredito nos sindicatos (pelo menos, na FENPROF), no entanto, irei participar em todas as iniciativas que surjam e que de uma forma ou de outra possam atenuar o meu sofrimento.

Sempre que discordar dos sindicatos irei criticá-los, tal como o farei, se os movimentos independentes de professores falharem nas suas iniciativas. Sempre que puder e concordar, irei colocar-me à disposição de qualquer iniciativa ou mesmo contribuir com ideias novas. Mas o que não posso fazer é deixar que me coloquem uma "venda" de pragmatismo, por algo que qualquer um de nós sabe agora (ou pelo menos, desde o memorando) não ser possível. Opto pelo pluralismo em detrimento do pragmatismo. Para quê andar a iludir-me?! Para quê andar a iludir os outros?! Mas alguém acha que vamos a algum lado com palavras? Os actos é que são relevantes. E para não dividir, o melhor mesmo é participar, sem perder muito tempo com "protagonistas" (individuais ou colectivos).

1 comentário:

  1. Olá caro colega,

    Gostaria de saber qual o número de aulas assistidas (da nova avaliação docente) previstas na lei. Na minha escola o Presidente refere que são obrigatórias 5 enquanto nas outras escolas colegas minhas apenas vão ter 3 aulas assistidas. Ele diz que estão contra a lei.... Qual a verdade legal? De salientar que colegas que estão a fazer formação especifica sobre esta avaliação, o formador do ME refere que são necessárias apenas 3 aulas assistidas. Isto é de loucos!

    Por outro lado uma aula de 90 minutos vale 2 horas ou apenas uma para efeitos de aulas assistidas... isto porque as disciplinas que têm só 90 minutos estão em desvantagem para quem tem blocos de 45 minutos. Obrigada pelo esclarecimento. Se possível gostaria de saber em que artigo da lei vem explicita estas situações.
    Marta

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