quinta-feira, 15 de maio de 2008

Mais de 230 mil alunos efectuam sexta e terça-feira exames de aferição.

No "Sol" de 15/05/2008: "Mais de 230 mil alunos do 4º e 6º anos de escolaridade realizam sexta e terça-feira as provas de aferição de Língua Portuguesa e Matemática, respectivamente, segundo dados do Ministério da Educação a que Lusa teve acesso.

De acordo com a tutela, vão realizar estas duas provas 117.111 alunos do 4º ano do 1º ciclo e 115.765 do 6º ano do 2º ciclo do ensino básico, num total de 232.876 estudantes, distribuídos por 6.883 estabelecimentos de ensino.
(...)
Apesar de não contarem para efeitos de reprovação dos estudantes, as notas alcançadas nestas provas serão afixadas em pauta, possibilitando, segundo a tutela, «uma reflexão colectiva e individual sobre a adequação das práticas lectivas».

Posteriormente, será facultada às escolas a informação sobre o resultado do desempenho dos alunos a nível nacional, regional e de escola.

Os resultados das provas de aferição são, naturalmente, relevantes para as escolas e para os professores, para efeitos de suporte à tomada de decisões, nomeadamente em matéria de planificação e orientação das práticas pedagógicas e também de definição de prioridades na formação contínua dos docentes.
(...)
Em 2007, quatro em cada dez alunos (40 por cento) do 6º ano tiveram nota negativa na prova de aferição de Matemática, enquanto no 4º ano a percentagem de negativas situou-se perto dos 20 por cento.

Na prova de Língua Portuguesa os resultados não evidenciaram discrepâncias significativas entre os dois anos de escolaridade.

Entre os alunos do 6º ano, 85 por cento obteve nota positiva, um resultado alcançado por quase 90 por cento dos colegas do 4º ano."

Ver Artigo Completo (Sol)

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Comentário: As consequências dos resultados obtidos nestes exames poderão ser discutíveis. Discutíveis, pois os alunos conhecem o "peso" nulo, destas provas nos seus resultados imediatos. Poderiam ser instrumentos válidos de planeamento e correcção de falhas ao nível das disciplinas, mas temo que seja (de certa forma), trabalho inglório. Ainda por cima, não remunerado (e não considerado como serviço extraordinário)...
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1 comentário:

  1. Vá lá, desta vez não é para os meus alunos do 9º ano.

    Comecei a dar aulas no início desta semana, mas já tenho os testes intermédios de matemática de 2 turmas para corrigir. Como estão atrasados no programa, algumas questões/alíneas do teste ainda não tinham sido abordadas nas aulas.
    Sou a 3ª professora que eles têm, tendo havido uma demora muito grande na minha colocação, por falha do ministério. Provavelmente vou dar algumas "aulas extra" (não obrigatórias) para "terminar" o programa.

    Amanhã, embora seja o meu dia livre, sou suplente para a supervisão da Prova de Português.

    Com as salas ocupadas para as provas, não há aulas de manhã. As minhas turmas do 7º, também muito atrasadas no programa, não terão uma única aula de matemática na próxima semana (3ª há provas e 5ª é feriado). Alguém terá que remediar a situação nos próximos anos ou arrisca-se a que se considere que "precisa de formação contínua adequada".

    Não é fácil começar praticamente no final do ano lectivo, sobretudo com o programa atrasado (com algumas turmas tenho apenas umas 8 aulas de 90 min). Mas tenho sorte com a escola, tanto com os alunos como com os colegas (estou a incluir o CE). Gosto do ambiente e no meu grupo encontrei colegas muito disponíveis para ajudar.

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