quarta-feira, 28 de maio de 2008

Fenprof «jamais» concordará com quotas avaliação desempenho.

No Diário Digital a 28/05/2008: "A Federação Nacional dos Professores garantiu hoje que o despacho que estipula as quotas para atribuição das classificações mais elevadas no âmbito da avaliação de desempenho "jamais" terá o seu acordo, afirmando que este sistema põe em causa "o reconhecimento do mérito absoluto".

"Este despacho jamais merecerá o acordo da Federação Nacional dos Professores (Fenprof). Nem que o Ministério aumentasse as quotas para o dobro. Jamais estaremos de acordo com um sistema que não é mais do que uma limitação administrativa do mérito dos professores", afirmou Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, em declarações à agência Lusa.
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"A divergência com o Ministério da Educação nesta matéria é de fundo: a simples existência de quotas. Este sistema é absurdo e agrava ainda mais a injustiça, já que está dependente da avaliação externa das escolas. Há mais de mil escolas que não foram alvo de avaliação externa e os docentes dessas escolas terão ao seu dispor as quotas mínimas", afirmou o dirigente sindical.

Segundo Mário Nogueira, seria ainda necessário ter em conta um conjunto de factores como as escolas com melhores condições de trabalho e as que se encontram em zonas privilegiadas.

"O Ministério da Educação parte do príncipio de que as escolas são melhor ou pior avaliadas conforme têm melhores ou piores professores. A melhor avaliada é a que tem melhores professores e por isso tem direito a uma maior margem para atribuição das classificações mais elevadas", criticou.

"Este é um mecanismo administrativo e artifical que impede reconhecer o mérito absoluto. O argumento do Governo de que assim é que se faz a verdadeira distinção é falso", acrescentou."

Ver Artigo Completo (Diário Digital)

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Comentário: "Jamais"... Pois! Não gosto do termo, faz-me lembrar a famosa frase "Na margem sul, jamais" de Mário Lino. E depois foi o que se viu... Os dirigentes da FENPROF também afirmaram a sua oposição a este modelo de avaliação do desempenho docente, e depois por "artes mágicas" surgiu um entendimento. Agora o mote da FENPROF é "Nem que o Ministério aumentasse as quotas para o dobro"! Veremos...

Qualquer concessão que seja feita agora (na avaliação, nas cotas, na regulamentação de alguns artigos do ECD, etc.), terá implicações futuras. Mesmo com a "aparente" salvaguarda da avaliação dos docentes contratados este ano, não sei se as consequências não serão mais negativas que positivas. Mas quem sou eu para formular teorias e previsões... Sou um "mero" professor, dependente da avaliação externa da minha escola, da objectividade e imparcialidade do meu titular, de atribuir boas classificações aos meus alunos e da expectativa de me manter permanentemente saudável. Isto vai no bom caminho... Vai, vai...
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1 comentário:

  1. sinceramente, isto parece um jogo com regras inplacáveis! estas ideias só podem sair de cabecinhas idiotas...grandes palermas!

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