terça-feira, 29 de abril de 2008

Professores afastam greve até final do ano.

No Correio da Manhã de 29/04/2008: "Os sindicatos de professores garantem que não vão recorrer à greve para se manifestarem contra as politicas educativas do Governo de José Socrates, assegurando desta forma a tranquilidade necessária para a recta final do ano lectivo 2007/2008.
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"Chegámos a uma situação de acordo para que o ano lectivo terminasse em tranquilidade. Isto não significa que mudámos de opinião em relação às politicas da senhora ministra, que são péssimas e que continuamos a achar que são péssimas", afirmou Mário Nogueira, garantindo a inexistência de uma greve até ao final deste ano lectivo: "Se existir uma greve geral da função pública, claro que os professores irão participar. Mas greve contra as medidas educativas do Governo não iremos fazer."

Na manifestação de ontem à noite, alimentada a frango e bifanas, com banda sonora de Sérgio Godinho, cerca de 150 professores voltaram a lembrar o problema das gestão das escolas, com cartazes a exigirem mais democracia. Em causa, como explicou Mário Nogueira, está a figura do ‘senhor director’ como entidade que irá decidir o rumo dos estabelecimentos de ensino, contra o modelo actual dos conselhos executivos.

"Esta questão da gestão escolar deveria colocar na rua mais de 150 mil professores. Não aceitamos o regresso do ‘senhor director’. O modelo de gestão que querem aplicar põe em causa a autonomia das próprias escolas", sublinhou Mário Nogueira, apelando à mobilização de todos os intevenientes: "Seria positivo que as escolas não facilitassem este modelo de gestão não democrático."

Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)

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Comentário: Tudo aquilo que Mário Nogueira referiu já nós sabiamos. Só quero realçar o número de colegas que participaram na terceira segunda-feira de protesto: sensivelmente 150! Se pensarmos que esta concentração incluia professores de Santarém, Setúbal e Lisboa, é caso para ficarmos preocupados.

Não existem dúvidas quanto à desmobilização dos docentes... Mas também é clara a falta de investimento na mobilização dos professores, por parte dos sindicatos. Basta ver as diferenças nos apelos (e também na publicidade sindical) que constam nos sítios dos sindicatos (e nas palavras dos dirigentes sindicais).
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