quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Espero que 2008 vos traga tudo de bom...

O ano de 2007 foi um ano bastante complicado para todos os professores! Receio que 2008 não nos traga nada de bom, principalmente, porque se avizinha a avaliação, e vão ser gerados alguns conflitos... Temo que muitos deles, terão origem em colegas e não na Ministra da Educação! No entanto, não há que perder a força de vontade, o empenho e acima de tudo o profissionalismo! Não se deixem "vencer"...

Nos próximos dias, este blog não será actualizado, excepto se existirem notícias que justifiquem a publicação.

Boas entradas em 2008! Cuidado com os excessos... Principalmente se esses excessos, implicarem posterior condução de veículos motorizados!

Que este novo ano que se aproxima seja repleto de bons momentos... Até para o ano!

Música de "Santana ft Chad Kroeger " (Tema: Into The Night).

Os políticos merecem prendas?

No sítio do PortugalDiário a 24/12/2007: "É Natal, é Natal... mas os presentes escasseiam. Fomos à procura de lembranças para os políticos que mais se destacaram neste ano e trouxemos um saco pouco cheio. Precisamos da ajuda do leitor para compor a árvore de Natal.

Já é tradição no PortugalDiário não esquecer a classe política e «oferecer» - virtualmente - prendas aos que mais se destacaram neste ano que está quase no fim.
(...)
Para Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, Mendo Henriques sugere «um pau de marmeleiro com leitor óptico, acessório pedagógico a ser usado desde o ensino pré-escolar ao pós-universitário».

Já a Federação Nacional de Sindicatos de Educação sugere para Lurdes Rodrigues um livro de cabeceira: o «Manual de Boas Práticas de Negociação».(...)"

Ver Artigo Completo (PortugalDiário)

------------------------
Sugestões de prendas para a Ministra da Educação? Até tinha... Mas 99% delas não as poderia escrever aqui no blog.
-----------------------

Escolas juntam-se para baixar custos.

No Correio da Manhã de 23/12/2007: "A agregação de agrupamentos de escolas, prevista no projecto de decreto-lei do regime jurídico de autonomia, administração e gestão das escolas, pode levar à criação de superagrupamentos.

Com esta possibilidade, “o número de directores deve passar para metade”, diz Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores. O objectivo será a diminuição dos custos com a gestão dos estabelecimentos de ensino. Actualmente existem 1200 unidades de gestão em todo o País, das quais 800 são agrupamentos de escola.

Uma das finalidades do agrupamento é a gestão racional dos recursos. Esta junção pode ser decidida pela administração educativa ou por proposta das escolas, para efeitos de “organização da gestão do currículo e de programas, da avaliação da aprendizagem, da orientação e acompanhamento dos alunos, da avaliação, formação e desenvolvimento profissional do pessoal docente”, lê-se no projecto do Governo.

Os novos directores de escola têm de estar todos eleitos até Agosto de 2009."

Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Criação de turmas de repetentes denunciada por pais à inspecção.

No Jornal de Notícias de 21/12/2007: "A Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) revelou, ao JN, que dois encarregados de educação da Zona Norte aguardam, desde Outubro, resposta da Inspecção-Geral de Educação (IGE) às queixas que apresentaram pelo facto dos seus educandos terem sido incluídos em turmas constituídas basicamente por alunos repetentes. Por seu turno, uma fonte da IGE confidenciou, ao JN, a dificuldade dos inspectores em detectar a selecção e discriminação de alunos pelo facto de o processo ser elaborado pelas escolas públicas de forma sub-reptícia e difícil de ser detectada.

"Os pais de dois alunos ligaram-me hoje a manifestar o seu desagrado pelo facto de os filhos terem sido incluídos em turmas de repetentes. Já denunciaram a situação à IGE em Outubro, mas ainda não obtiveram qualquer resposta", afirmou Albino Almeida, líder da CONFAP. Aquele responsável recebeu, ontem, inúmeros telefonemas de protesto contra a discriminação feita por algumas escolas públicas.

A divulgação pelo JN do estudo elaborado por dois sociólogos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) - Pedro Abrantes e João Sebastião - fez com que muitos encarregados de educação revelassem, também ao JN, histórias vividas em diversos estabelecimentos de ensino oficiais.

"Na escola do meu filho, já todos sabem que as turmas A e B são sempre as melhores e a turma C é, normalmente, a que tem os alunos mais fracos e com problemas de comportamento", revelou uma mãe. Outro pai protestou contra a legislação existente sobre matrículas, a qual, no seu entender, permite que algumas escolas recebam um elevado número de matrículas e, depois, façam a selecção dos alunos com que querem ficar.

"Se eu quiser matricular o meu filho em determinada escola que não seja da área da minha residência, basta arranjar um falso encarregado de educação e já está", referiu. Albino Almeida confirmou esta realidade. "E o curioso é que, durante o ano escolar, o encarregado de educação é chamado à escola e quem lá aparece é o pai ou a mãe, o que prova logo que a matrícula foi feita com base em informações falsas, mas ninguém investiga isto", salientou.

Um inspector da IGE disse ao JN acreditar que a selecção de alunos e constituição de turmas com alunos bem sucedidos ou mais fracos não seja uma prática generalizada. "Acontece mais em centros urbanos e serve para responder aos interesses de elites locais", afirmou. Segundo aquele elemento da IGE, quando esses casos são detectados, as escolas arranjam sempre argumentos para mascarar a realidade. "Afirmam, hipocritamente, que se trata de turmas de níveis ou que seguem critérios de estabilidade e continuidade", realçou.

O inspector afirmou conhecer várias escolas onde é prática a constituição de turmas de excelência - "que servem para proteger os filhos dos professores e de pais das classes mais favorecidas" - e outras "para onde vão os restos do resto". Segundo afirmou, "às vezes o processo de selecção percebe-se pelo facto de, em algumas turmas, estarem concentrados os alunos que recebem apoios da acção social escolar".(...)"

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

------------------------
Esta prática de selecção de alunos para constituir turmas não é novidade... Tal como não é novidade que quem fica com as turmas mais "complicadas" são por regra os professores contratados ou os QZP recém colocados nas escolas!
-----------------------

Governo aprova na generalidade novo regime de gestão escolar.

No Público de 20/12/2007: "O Governo aprovou hoje, na generalidade, o decreto que cria um novo regime de gestão para os estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário. O objectivo é reforçar a autonomia das escolas e a participação das famílias e das comunidades. O diploma segue para consulta pública.

O diploma foi apresentado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, no dia 11, no último debate mensal na Assembleia da República e vem completar a série de mudanças na organização e na autonomia das escolas.

Segundo um comunicado do Conselho de Ministros, o objectivo é “reforçar a participação das famílias e comunidades na direcção estratégica dos estabelecimentos de ensino; favorecer a constituição de lideranças fortes e reforçar a autonomia das escolas”.

O Conselho Geral, onde estarão representados professores, pais e autarquias, vai aprovar o regulamento interno da escola e cabem-lhe as decisões estratégicas e de planeamento – projecto educativo, plano de actividades – e o acompanhamento da sua concretização, através de um relatório anual de actividades.

Para “reforçar a liderança as escolas” – “uma das mais necessárias medidas de reorganização do regime de administração escolar” – é criado o cargo de director, escolhido pelo Conselho Geral. Este será coadjuvado por adjuntos (o número vai depender da dimensão da escola) mas constitui um órgão unipessoal e não um órgão colegial.

O director tem a seu cargo a gestão administrativa, financeira e pedagógica. Além disso assume a presidência do Conselho Pedagógico. É-lhe atribuído o poder de designar os responsáveis pelas estruturas de coordenação e supervisão pedagógica.

As escolas terão mais autonomia para se organizar e criar estruturas. O diploma apenas estabelece um enquadramento legal mínimo, nomeadamente ao nível dos departamentos curriculares e do acompanhamento dos alunos (conselhos e directores de turma)."

Ver Artigo Completo (Público)

------------------------
Um director "Todo Poderoso" não me parece uma boa medida! Se já agora existem "vícios" na estrutura e organização escolar, então com um director nomeado por uma autarquia, acho que os limites serão os da imaginação! Mas logo veremos...
-----------------------

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

É nestas alturas...

... que eu mais aprecio o silêncio! A escola sem alunos, fica completamente diferente. Bom trabalho para todos vocês, que (ainda) estão em reuniões...


Música dos "Depeche Mode" (Tema: enjoy the silence remix).


Falhas na entrega de computadores.

No Correio da Manhã de 18/12/2007: "A Confederação das Associações de Pais (Confap) recebeu dezenas de queixas relativas à entrega dos portáteis do programa e-escolas. As operadoras de telemóveis estão a exigir às famílias de alunos carenciados 150 euros no acto da entrega, pois não foram avisadas pelas escolas da atribuição de subsídios a estes jovens.

Segundo Albino Almeida, presidente da Confap, houve alunos que, no início do ano, “não se aperceberam que já era possível pedir apoio social escolar no Secundário”, pelo que só “entregaram os papéis depois de terem feito a pré-inscrição para a entrega dos computadores”, explica.

Albino Almeida lembra que o apoio social escolar pode ser pedido a qualquer altura do ano, quando o pai ou mãe fiquem numa situação de baixo rendimento.

A Confap reportou o caso ao ministério, que informou os pais da necessidade de alertarem os agrupamentos. “As operadoras já disseram que não têm hipótese de corrigir a situação e os jovens carenciados têm de fazer nova pré-inscrição e esperar mais um a dois meses.”

Albino Almeida sublinha que “os alunos e as famílias não têm a culpa” e lembra que “as escolas é que deviam ter sinalizado os casos e enviar novas pré-inscrições quando os alunos passaram a ser beneficiários”.

Confrontado com o caso, o Ministério da Educação descartou responsabilidades, afirmando que “os modos de entrega e pagamento são acertados entre os operadores e os interessados na compra dos computadores”.

O ministério também não disponibilizou dados sobre o número de portáteis já entregues, o número de jovens que aguarda a entrega e o número de alunos beneficiários de apoio social escolar."

Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)

------------------------
Já seria de esperar uma situação destas. O Ministério da Educação apenas é responsável pela campanha publicitária. Tudo o resto é responsabilidade das operadoras. E ainda por cima por aquilo que já me foi permitido "observar" (de bem perto) os computadores têm problemas (de software e hardware), cuja solução se vai revelar mais dispendiosa que os "iniciais" 150 euros. Se isto não é publicidade enganosa...
-----------------------

Manuais de 9.º e 11.º mudam em 2008/09.

No Jornal de Notícias de 18/12/2007: "Os manuais escolares dos 9.º e 11.º anos serão objecto de adopção no ano lectivo de 2008/2009, de acordo com um despacho aprovado pelo Governo e que aguarda publicação em 'Diário da República'.

Segundo nota informativa do Ministério da Educação (ME), estão prontos para publicação os despachos que regulamentam a avaliação, certificação e adopção de manuais escolares.

Assim, no ano lectivo de 2008/2009, serão objecto de adopção os manuais de todas as disciplinas do 9.º ano, com excepção dos de Língua Portuguesa e Matemática. Igualmente, serão adoptados os livros escolares de todas as disciplinas dos cursos científico-humanísticos do 11.º ano, com excepção dos manuais de Português, Matemática A, Matemática B e Matemática Aplicada às Ciências Sociais.

A nova legislação estipula que a adopção de manuais é da competência do órgão de coordenação das escolas, sob proposta dos departamentos curriculares em que se integre a respectiva disciplina ou área curricular. A lista dos manuais certificados e dos respectivos preços é divulgada na página da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, antes do início do processo de apreciação, selecção e adopção de manuais escolares. O processo de avaliação, selecção e adopção dos manuais começa com a divulgação dos livros e respectivos preços, facultada pelo órgão de coordenação das escolas. Segue-se a apreciação dos manuais pelos professores da disciplina ou área curricular. Depois é feita a selecção, tendo em conta o projecto educativo das escolas ou agrupamentos. Por fim, procede-se à adopção em resultado da apreciação e selecção dos manuais.

Outro dos despachos especifica as normas de acreditação das entidades responsáveis pela regularização dos mesmos. Na legislação está estipulado o montante a pagar pela admissão à candidatura para avaliação e certificação de cada manual, que é fixado em 2500 euros. Por seu turno, o valor máximo da comparticipação do ME nos custos de avaliação e certificação por entidades acreditadas não pode exceder os 7500 euros.

A nova legislação confere a possibilidade de candidatura à acreditação para avaliação dos manuais a instituições de Ensino Superior público ou com reconhecimento público, associações profissionais de professores, sociedades ou associações científicas e associações ou consórcios constituídos para o efeito."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

domingo, 16 de dezembro de 2007

Mais de 120 mil alunos chumbaram no ensino básico em 2006.

No Público de 16/12/2007: "São os dados mais recentes sobre a percentagem de alunos que chumbam no ensino básico e confirmam a tendência dos últimos anos. As taxas de insucesso têm vindo a diminuir, mas a um ritmo muito lento. Desde 1995/1996 até 2005/2006, desceram menos de cinco pontos percentuais. Nesse ano lectivo, um em cada dez estudantes não passou, ou seja, mais de 120 mil no total, indicam os números apurados pelo Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação.

Outro dado recentemente revelado pelo último relatório internacional sobre educação (o PISA - Programme for International Students Assessment, da OCDE) mostra que a situação em Portugal só tem paralelo com mais dois países desta organização: Espanha, que apresenta taxas de retenção mais altas (entre os alunos de 15 anos) e o Luxemburgo, com uma situação mais favorável.

De resto, praticamente metade dos 30 Estados-membros da OCDE têm percentagens de chumbos inferiores a dois por cento, mostrando que nestes países este é um mecanismo de controlo da avaliação utilizado apenas em casos extremos, mesmo entre os que têm melhores resultados escolares. A média ronda os três por cento.

"É um facto real que os países que não têm repetência, ou que têm taxas baixas, apresentam também melhores resultados escolares medidos em termos de aprendizagem. Em todos os estudos internacionais se verifica esta correlação alta entre o peso da repetência na amostra e os desempenhos", comenta o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos.

E está por provar que, em Portugal, os chumbos sejam uma medida eficaz, reforça. "O sistema de retenção foi instituído há muitos anos como o principal sistema de recuperação dos alunos. O que é extraordinário é que tem recuperado muito poucos jovens. Mas continuamos a acreditar nisso. "Mais grave, continua, é que "os estudos também dizem que quem repete um ano tem uma maior probabilidade de o repetir outra vez - quem abandona o sistema tem um peso enormíssimo de repetência".

Se o sistema falha, pergunta-se então por que razão não se avança para modelos alternativos. E aí, Valter Lemos argumenta com o peso da tradição e das expectativas. "Enquanto houver a ideia generalizada de que a repetência é o único sistema de recuperação dos alunos, não serve de nada tentar mudar a situação de forma administrativa. Isso não ia levar à interiorização do problema, mas ao contrário. A reacção iria ser: "Lá estão eles a facilitar"", justifica. "Temos de continuar a reforçar os sistemas de apoio e de recuperação e percursos alternativos, de forma a fazer baixar as taxas de retenção."
(...)
"Temos o problema de ter provavelmente as mais duras transições de ciclo da maior parte dos países. De um ano para o outro, os alunos mudam de espaço físico, de número de professores, de organização de tempo de estudo. Estamos a pagar os efeitos de uma série de opções feitas ao longo de muitos anos, em que o sistema foi organizado em função dos professores e de outras razões e não dos alunos e da sua continuidade educativa", argumenta o secretário de Estado.

A revisão do currículo do ensino básico, nomeadamente ao nível do 3.º ciclo, é uma das medidas que estão a ser estudadas para atenuar o problema.

Já em relação ao 9.º ano, em que as taxas de insucesso estão actualmente acima do que acontecia há dez anos, a explicação será outra. A introdução de exames nacionais a Matemática e Português (e que valem 30 por cento na nota final da disciplina) em 2005 fez o número de chumbos voltar a subir consideravelmente: de 13 para 21 por cento.

Assim, em 2005/2006, foram mais de 23 mil os alunos que ficaram retidos no final da escolaridade obrigatória."

Ver Artigo Completo (Público)

------------------------
Lendo BEM as declarações do secretário de estado, Valter Lemos, percebemos perfeitamente a razão pela qual os professores de várias escolas estão a ser pressionados para atribuir níveis "positivos" aos alunos! E assim se reduz o insucesso escolar...
-----------------------

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Hoje sinto-me...

Eléctrico... Bom fim de semana para todos vocês, que ao longo de mais de 1 ano continuam a visitar este blog. O meu obrigado! Deixo-vos com um vídeo de um dos meus grupos preferidos. Já devem ter reparado que os meus gostos musicais são completamente transversais. Conduzam com precaução. Quero que passem o Natal em família e não num hospital (ou pior). Fiquem bem...


Música dos "Bomfunk MC's" (Tema: Super Electric).


Governo pouco interessado no empréstimo de manuais.

No Jornal de Notícias de 14/12/2007: "CDS-PP e o BE levam hoje a discussão no plenário da Assembleia da República as suas propostas respectivas para concretizar o regime de empréstimo de manuais escolares que continua por regulamentar. Mas o Governo não está com muita pressa de ver o sistema concretizar-se.

Enquanto o BE propõe um sistema generalizado de empréstimos através de uma bolsa financiada totalmente pelo Estado em três fases - de forma a que o sistema se torne tendencialmente universal e gratuito -, o CDS aposta num sistema centrado na autonomia das escolas, sem intervenção do ministério da Educação e reponsabilizando as escolas, as famílias e os alunos pela manutenção dos manuais. Mas nem um nem outro dos projectos é aceite pelo Governo.

Em declarações ao JN, o secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, contrapôs à proposta do BE o facto do Governo ter optado por não avançar com um regime generalizado de empréstimos. E considerou "inaceitável" a solução avançada pelo CDS por não ter em atenção aspectos como o da qualidade física dos manuais, de modo a que passem de ano para ano em bom estado.

No entanto, o governante admite que, para concretizar o princípio do empréstimo de manuais, o Governo "vá avançar no próximo ano lectivo com um projecto piloto" numa escola que deverá submeter-se às seguintes condições usar os mecanismos de empréstimo a título complementar aos dos auxílios económicos da acção social escolar; respeitar a total autonomia das escolas; financiar-se através das receitas próprias das escolas.

Para isso, as escolas terão que se organizar espaços de armazenamento dos livros, deverão criar mecanismos de controlo dos manuais e das devoluções e preparar os mecanismos de empréstimo. Ao Governo caberá adaptar a política dos manuais.
(...)
O PCP defende que todos os alunos da escolaridade obrigatória deverão ter manuais gratuitos no início de cada ano lectivo. O sistema é financiado pelas dotações do Governo."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Fenprof aponta fim da gestão democrática.

No Jornal de Notícias de 12/12/2007: "A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) foi, ontem, a única voz discordante do novo modelo de gestão das escolas apresentado por José Sócrates.

"O modelo anunciado aponta para uma concentração de poderes num órgão unipessoal, contrariando uma cultura de colegialidade e participação democrática de todos os que se envolvem no quotidiano escolar, sufocados que ficam perante o desmesurado poder que o Governo quer atribuir àqueles que considera a liderança forte das escolas", contestou a Fenprof, em comunicado.

Pelo contrário, a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) aplaudiu. "Há muito que o modelo de gestão escolar necessita de mudanças", defendeu ao JN o presidente da FNE.

"É importante o reforço da participação dos parceiros sociais e a sua intervenção no projecto educativo", considera João Dias da Silva, advertindo, no entanto, ser essencial que as medidas anunciadas sejam apenas o "ponto de partida para um debate" e que a reforma seja "concertada com os parceiros sociais".

Também a Confederação das Associações de Pais (Confap) se manifestou favorável à escolha dos directores das escolas por concurso, considerando que este método aumenta a responsabilização dos dirigentes executivos dos estabelecimentos de ensino. Em declarações à Lusa, o vice-presidente da Confap, António Amaral, afirmou que as alterações anunciadas se aproximam das defendidas pela confederação, sobretudo no que diz respeito à direcção executiva das escolas. "A responsabilização aumenta", considerou António Amaral."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

------------------------
O Director de uma escola escolhido por pais, autarquias e actividades locais (continuo a achar que devem ser entidades locais)?! Humm... Acho que isto vai dar mau resultado!
-----------------------

As escolas vão passar a ter um director escolhido por concurso.

No Jornal de Notícias de 12/12/2007: "A discussão acerca da paternidade do novo modelo de gestão das escolas, que o primeiro-ministro anunciou, ontem, no Parlamento, dominou o debate entre José Sócrates e Santana Lopes. O socialista enumerou as linhas gerais do diploma, que será aprovado proximamente em Conselho de Ministros, e o social-democrata lembrou que o texto "é igual ao do PSD, que foi chumbado pelo PS". Com uma excepção, a de que o director executivo de cada escola escolhido por concurso será sempre um professor. Os sociais-democratas admitiam que o director poderia ser docente ou "personalidade de reconhecido mérito".
(...)
Sócrates não esqueceu, por isso, de acentuar que "há mais alunos, mais sucesso e menos abandono escolar".
(...)
Depois de considerar que o projecto do Governo "é mais um golpe na escola democrática com o regresso do velho director", Jerónimo de Sousa, líder do PCP, lembrou o "desinvestimento na educação especial"(...).

O director executivo passará a ser escolhido, por um concurso aberto a todos os professores que poderão pertencer ao quadros de outras escolas, pelo Conselho Geral. Neste órgão estarão representados os professores, os pais, as autarquias e as actividades locais. O candidato ao cargo de director executivo deve estar qualificado para o exercício das funções, pela sua formação pu plea experiência já anteriormente adquirida.
(...)
A direcção executiva das escolas será assumida pelo director, coadjuvado por um pequeno número de adjuntos, em função da dimensão da escola. Este órgão executivo fará a gestão administrativa, financeira e pedagógica, assumindo também a presidência do conselho pedagógico. Outra das competências deste novo cargo de director executivo é designar os responsáveis pelas estruturas de supervisão pedagógica.
(...)
Deverá ser definido um regime normativo mínimo para que haja liberdade de organização para cada escola, com competências na gestão administrativa e do pessoal. Estão previstos contratos de autonomia, através dos quais as escolas acertarão com o Ministério da Educação a transferência de novas competências."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Já cá faltava...

E faltava o quê? Uma musiquinha para animar o início desta última semana repleta de stress! Experimentem fazer um intervalinho no trabalho e mexam o capacete... Se já não tiverem "articulações" para isso, batam com o pé no chão! Vão ver que até corrigem melhor as fichas de avaliação sumativas. Eh eh eh... Boa semana de trabalho! Estamos quase em período de interrupção lectiva...


Música de "Craig David " (Tema: Hot Stuff).


Ministra não receia possível saída.

No sítio da Rádio Renascença a 10/12/2007: "A ministra da Educação não receia uma remodelação governamental, que várias fontes dão como certa a breve prazo.

A imprensa tem dado conta dessa hipótese, adiantado que o nome de Maria de Lurdes Rodrigues está em cima da mesa para uma saída antecipada.

Questionada pela Renascença, esta manhã, a ministra afirma não ter “nenhum receio”.

“Isso é intriga política. Não tem nenhum significado. Hoje, para mim, o que tem significado é a atribuição destes diplomas [do programa «Novas Oportunidades»] aos adultos, que vêem finalmente reconhecidas as suas competências”, afirmou.

Os primeiros diplomas de 12º ano do programa “Novas Oportunidades " , para a qualificação de jovens e adultos , são entregues hoje no Parque das Nações, em Lisboa, numa cerimónia que conta com a presença do Primeiro-ministro, José Sócrates, e da titular da pasta da Educação."

Ver Artigo Completo (RR)

------------------------
Não acredito que esta Ministra da Educação, seja alvo da remodelação governamental. Embora tenha destruído (e continue a destruir) a educação em Portugal, tem feito mais pelas estatísticas do que qualquer tutor do cargo que a antecedeu! Sócrates sabe disso, e não vai querer perder das suas fileiras, um elemento tão importante.

É uma autêntica "galinha dos ovos de ouro"... Reduz o n.º de professores, reduz o n.º de funcionários, aumenta a carga lectiva, implementa as "Novas Oportunidades", faz contratos "manhosos" com as operadoras de telemóveis (a e-escola), implementa a avaliação dos professores, etc... e tudo isto tendo como resultado o aumento do sucesso escolar. É a 8.ª maravilha de Portugal... Digo eu!
-----------------------

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Violência nas escolas.

No Jornal de Notícias (Artigo de Opinião - Alice Vieira) de 09/12/2007: "Li num jornal que a senhora ministra da Educação está contente. E, quando os nossos governantes estão contentes, é como se um sol raiasse nas nossas vidas.

E está contente porque, segundo afirmou, a violência nas escolas portuguesas, afinal, não existe.

Ao que parece, andamos todos numa de paz e amor, lá fora é que as coisas tomam proporções assustadoras, os nossos brandos costumes continuam a vingar nos corredores de todas as EB, 2/3, ou como é que as escolas se chamam agora. Tenho muita pena de que os nossos governantes só entrem nas escolas quando previamente se fazem anunciar, com todas as televisões atrás, para que o momento fique na História. É claro que, assim, obrigada, também eu, anda ali tudo alinhado que dá gosto ver, porque o respeitinho pelo Poder é coisa que cai sempre bem no coração de quem nos governa, e que as pessoas gostam de ver em qualquer telejornal.

Mas bastaria a senhora ministra entrar incógnita em qualquer escola deste país para ver como a realidade é bem diferente daquela que lhe pintaram ou que os estudos (adorava saber como se fazem alguns dos estudos com que diariamente se enchem as páginas dos jornais) proclamam. É claro que não falo daquela violência bruta e directa, estilo filme americano, com tiros, naifadas e o mais que houver.

Falo de uma violência muito mais perigosa porque mais subtil, mais pela calada, mais insidiosa.

Uma violência mais "normal".

E não há nada pior do que a normalização, do que a banalização da violência.

Violência é não saberem viver em comunidade, é o safanão, o pontapé e a bofetada como resposta habitual, o palavrão (dos pesados) como linguagem única, a ameaça constante, o nenhum interesse pelo que se passa dentro da sala, a provocação gratuita ("bata-me, vá lá, não me diga que não é capaz de me bater? Ai que medinho que eu tenho de si", isto ouvi eu de um aluno quando a pobre da professora apenas lhe perguntou por que tinha chegado tarde)

Violência é a demissão dos pais do seu papel de educadores - e depois queixam-se nas reuniões de que "os professores não ensinam nada".

Porque, evidentemente, a culpa de tudo é sempre dos professores - que não ensinam, que não trabalham, que não sabem nada, que fazem greves, qualquer dia - querem lá ver? - até fumam.

Os seus filhos são todos uns anjos de asas brancas e uns génios incompreendidos.

Cada vez os pais têm menos tempo para os filhos e, por isso, cada vez mais os filhos são educados pelos colegas e pela televisão (pelos jogos, pelos filmes, etc.). Não têm regras, não conhecem limites, simples palavras como "obrigada", "desculpe", "se faz favor" são-lhes mais estranhas do que um discurso em Chinês - e há quem chame a isto liberdade.

Mas a isto chama-se violência. Aquela que não conta para os estudos "científicos", mas aquela da qual um dia, de repente, rompe a violência a sério.

E então em estilo filme americano.

Com tiros, naifadas e o mais que houver."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

------------------------
Gostava que a Ministra da Educação lesse este artigo de opinião! Aprendia muito... Principalmente no que concerne ao conceito de "violência escolar".
-----------------------

sábado, 8 de dezembro de 2007

Valter Lemos: Governo satisfeito com desempenho das escolas.

No sítio do Diário Digital a 07/12/2007: "O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, afirmou hoje, em Coimbra, que o Governo está satisfeito com o desempenho das escolas, nomeadamente quanto à melhoria do sucesso escolar.

O governante, numa conversa com jornalistas num intervalo de uma reunião de trabalho à porta fechada com representantes de conselhos executivos de escolas da Região Centro, disse que «há satisfação pelo que as escolas têm feito» em resposta aos desafios colocados com as mudanças legislativas.
(...)
Sobre a agenda, disse ser «uma longa lista de trabalho», que «tem corrido bem», em que se incluiu o novo regime de avaliação do desempenho, que em breve começará a ser aplicado.

De acordo com Valter Lemos, nesse novo regime os conselhos executivos têm um papel importante na avaliação do desempenho dos professores.

Já para o líder da Federação Nacional de Professores (FENPROF), Mário Nogueira, que distribuía material informativo com colegas à entrada do auditório onde decorreu a reunião com os membros dos concelhos executivos, o novo regime de avaliação do desempenho «vai tentar que, com um conjunto de penalizações, os professores deixem de progredir na carreira».

Mário Nogueira sustentou que o novo regime «está orientado para as carreiras e progressão», quando «a avaliação deveria ter um carácter formativo».

No seu entendimento, ao nível da operacionalidade esse novo regime «vai criar sérios e fortes bloqueios ao funcionamento das escolas».

«Por ano, nas escolas portuguesas, teremos meio milhão de aulas assistidas, dezenas de milhar de entrevistas, milhares e milhares de fichas em que constarão milhões de cruzes, milhares de reuniões, aplicação de cotas, recursos de contencioso...!», refere o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) num panfleto informativo hoje distribuído.

Para o SPRC, estrutura afecta à FENPROF, com o novo regime, o Ministério da Educação «obriga as escolas a alterarem os seus projectos educativos, os seus projectos curriculares de turma» e «atenta contra a sua autonomia ao impor, ilegalmente, a reorganização em departamentos, de acordo com o disposto no DL 200/2007».

Mário Nogueira explicou que a acção de hoje do sindicato, no local onde decorria a reunião de Valter Lemos com membros dos conselhos executivos, visou o «contacto com colegas professores» e entregar algum material com esclarecimentos sobre matérias importantes para o seu dia-a-dia.

Os membros do SPRC apenas se mantiveram no local à chegada dos colegas para a reunião e não tiveram qualquer contacto com o secretário de Estado, que chegou ao auditório por uma entrada de acesso reservado no Campus Universitário Bissaya Barreto."

Ver Artigo Completo (Diário Digital)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

CDS “chumba” Ministério da Educação e acusa Maria de Lurdes Rodrigues de “sete pecados”.

No Público de 06/12/2007: "O CDS "chumbou" hoje a equipa do Ministério da Educação, acusando Maria de Lurdes Rodrigues de "sete pecados", na abertura da interpelação sobre educação que decorreu hoje no Parlamento, a pedido dos democrata-cristãos. A ministra atribuiu as críticas a "preconceitos" do CDS contra a escola pública.

"O exame final é muito mau e os senhores chumbaram", acusou o líder parlamentar do CDS, Diogo Feio, que acusou a ministra de sete pecados, entre os quais o centralismo do Ministério em relação às escolas, o facilitismo e até "o marxismo".

"A senhora centra as suas opções na escola propriedade do Estado, não gosta da liberdade de escolha e acha que existe uma luta de classes na escolha", criticou Diogo Feio, desafiando a ministra a dizer se é ou não a favor da liberdade de escolha no sector da educação.
(...)
Uma das críticas do CDS e de outros partidos da oposição centrou-se no novo estatuto do aluno, aprovado apenas com os votos do PS na última sexta-feira mas que ainda não foi promulgado por Belém.

"O que fará se houver um veto do Presidente da República, mantém esta versão do diploma?", questionou Diogo Feio.

Maria de Lurdes Rodrigues recusou pronunciar-se sobre "competências do sr. Presidente da República".

"Os diplomas até à sua aprovação final são, como é normal em democracia, objecto de discussão e alterações sucessivas. É esse o sentido de existirem parlamentos, conselhos de ministros, democracia", referiu a ministra.

As críticas à política educativa do Governo vieram também da esquerda, com a deputada do BE Ana Drago a acusar a ministra de "propaganda", considerando que "a escola pública não está a gerar igualdades" e desafiando Maria de Lurdes Rodrigues a fazer uma reforma curricular.

Pelo PCP, o deputado Miguel Tiago confrontou a ministra com a situação do ensino especial, acusando Maria de Lurdes Rodrigues de estar a sobrepor "critérios economicistas a critérios pedagógicos".

"Onde vêem propaganda eu vejo factos e os factos são estes: mais alunos e melhores resultados", contrapôs a ministra, sublinhando que a verba para o ensino especial será reforçada em 800 por cento em 2008.

O deputado social-democrata Pedro Duarte lembrou o desafio lançado no início do Governo pelo chefe de Estado para a melhoria da educação em Portugal.

"Choca-me verificar que este Governo acabou com as provas globais no 9º ano e aprovou um estatuto do aluno verdadeiramente escandaloso, que permite que os alunos escusem de ir às aulas e basta fazerem uma provazita de recuperação no fim do ano que está tudo bem", criticou Pedro Duarte.

Os elogios ao Governo vieram apenas da bancada do PS, com recurso a metáforas marítimas. "Não é qualquer Adamastor que fará naufragar esta nau, porque esta nau onde a sra. ministra é timoneira está recheado de cada vez mais portugueses e portuguesas que aderem às políticas do Governo", defendeu a deputada socialista Paula Barros."

Ver Artigo Completo (Público)

------------------------
Tantas críticas... Tanta asneira... Tanta mentira... Como é possível que determinadas pessoas ainda desempenhem certos cargos?! E quanto à metáfora... A nau da ministra da educação, está a meter água por todos os lados (buracos do tamanho de bolas de futebol), existe escorbuto q.b (os dentes são agora reflexos num espelho inexistente), as velas estão completamente rasgadas (e foram utilizadas para limpar o "rabo" de algumas pessoas), os escravos estão a "reformar-se" ou então começam a revelar sinais de "tendinite" profissional (alguns deles atrofiados pela ideia de uma futura avaliação), a madeira está podre (já nem falo no odor da embarcação) e acho que já nem com "chicotadas psicológicas" a ministra consegue que os seus escravos levem o barco a bom porto...
-----------------------

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Alunos portugueses abaixo da média.

No sítio do PortugalDiário a 04/12/2007: "O desempenho dos alunos portugueses de 15 anos é mais baixo do que a média dos seus colegas de 57 países a Ciências, Matemática e Leitura, de acordo com um estudo da OCDE publicado esta terça-feira, escreve a Lusa.

O PISA 2006 (Programme for International Student Assessment) avaliou no ano passado os conhecimentos e competências dos estudantes que estão a terminar ou já concluíram o ensino obrigatório, comparando os resultados dos vários países envolvidos (30 da Organização e 27 parceiros).

A nível dos conhecimentos científicos, os mais testados nesta terceira edição do PISA, os alunos portugueses alcançaram uma pontuação de 474, o que corresponde ao 37º lugar entre os 57 países que participaram no estudo.
(...)
Mais de metade dos estudantes portugueses (53,3 por cento) só demonstraram conhecimentos básicos neste domínio, não indo além do nível dois em seis níveis de complexidade.

Por oposição, só 0,1 por cento conseguiu atingir o nível mais elevado, o pior resultado entre os países da OCDE.

Apesar de negativo, o desempenho nacional em Ciências melhorou face a 2003 e 2000, quando os alunos alcançaram uma pontuação de 468 e 459, respectivamente.

Já no que diz respeito aos conhecimentos matemáticos, o desempenho dos estudantes portugueses de 15 anos ficou 32 pontos abaixo da média da OCDE (466 contra 498) e 18 abaixo da média total, fixada nos 484.

Também nesta área, mais de metade dos estudantes (55,8 por cento) ficou-se pelos níveis um e dois e só 0,8 por cento demonstrou conhecimentos correspondentes ao patamar mais alto.

O desempenho dos portugueses não sofreu alterações face a 2003 no que diz respeito à Matemática, o mesmo acontecendo ao nível da Leitura, em que a variação registada não é estatisticamente significativa (menos cinco pontos do que em 2003, mas mais dois do que em 2000).
(...)
Para o secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, «os resultados estão aquém do que seria desejável», evidenciando uma «disfunção» do sistema educativo português.

Isto porque se tivermos apenas em conta o desempenho dos alunos portugueses do 10º ano, o normal para frequentar aos 15 anos, o resultado nacional estaria acima da média da OCDE nas três competências avaliadas.

O problema, explicou, é que o país apresenta taxas de retenção muito acima da média, pelo que, aos 15 anos, há alunos ainda a frequentar o terceiro ciclo do ensino básico (7º, 8º e 9º anos) e que, por isso, não demonstram um nível de conhecimentos que seria expectável para a sua idade.
(...)
Realizados por 400 mil alunos de 57 países, os testes do PISA 2006 foram elaborados em Portugal por uma amostra de cinco mil estudantes, de 175 escolas de todo o país."

Ver Artigo Completo (PortugalDiário)

------------------------
O sistema educativo português não sofre de "disfunção", mas sim de uma "impotência" radical. E por mais que os elementos do Ministério da Educação queiram, não vão conseguir disfarçar estes resultados "tenebrosos". Até podem "forçar" os docentes a "passar" os alunos de ano de escolaridade, para a retenção ser inferior e as estatísticas nacionais serem "boas". No entanto, quando chegarem estes "testes" internacionais, o panorama será sempre negro... Infelizmente.
-----------------------

Mais de 300 professores e funcionários agredidos.

No Público de 04/12/2007: "No ano lectivo 2006/2007, mais de 300 professores e funcionários foram agredidos, registando-se menos 36 por cento de ocorrências. A violência é "rara e circunscrita", insiste a ministra da Educação.

Menos 36 por cento de ocorrências participadas pelas escolas. Uma redução do número de docentes agredidos de 390 para 185 face aos últimos dados conhecidos. Tudo isto no espaço de um ano lectivo.

Estas são algumas conclusões do último levantamento sobre a violência e segurança em meio escolar, relativo a 2006/2007, e apresentado ontem pelos ministros da Educação e da Administração Interna. Mas os números são também estes: em média, a cada dia que passa há um professor agredido ou vítima de tentativa de agressão (o ano lectivo tem cerca de 180 dias de aulas).
(...)
Este foi o primeiro ano em que o Governo apresentou os números da violência escolar de forma agregada (com uma nova metodologia, e recolhendo as participações feitas pelas escolas ao Ministério da Educação e às forças de segurança do Programa Escola Segura, evitando assim a duplicação de registo de incidentes). E talvez por isso, as comparações com o passado podem causar alguma estranheza.
(...)
Ficando pelos dados absolutos, constata-se que, no último ano lectivo, 94 por cento das escolas não participaram qualquer ocorrência. E que as muito graves têm uma frequência reduzida. "Estes são dados muito animadores para continuarmos o nosso trabalho. É preciso distinguir entre violência e indisciplina. A primeira, associada a ocorrências graves, tem uma incidência rara e circunscrita. A segunda é mais dispersa mas tem uma gravidade completamente diferente" face à ideia que se possa ter, sustentou a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.

Questionada sobre as preocupações recentemente manifestadas pelo procurador-geral da República - que acusou a ministra de "minimizar a dimensão da violência nas escolas e revelou que recebia bastantes faxes de professores a relatar agressões -, Maria de Lurdes Rodrigues sublinhou a realidade demonstrada pelos "factos" ontem apresentados. "Não podemos desvalorizar um caso de violência que aconteça numa escola. Mas não temos nas escolas um clima de violência generalizada."(...)"

Ver Artigo Completo (Público)

------------------------
A Ministra, diz que a violência é rara e circunscrita! Claro que sim, senhora ministra. Rara e circunscrita aos funcionários do seu Ministério! E porque será?! Hum...
-----------------------

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Bom fim-de-semana...



Cuidado com o "pé pesado" na estrada... O vosso e o dos outros! Espero que nunca tenham uma "primeira vez", ao nível de acidentes rodoviários. Ultimamente têm existido muitos! Com calma... Quanto à greve: Não estou à espera de grandes consequências, pois as greves com este "Governo" não costumam resultar em (quase) nada. Mas pior do que já estamos, é praticamente impossível!

Música de "Lifehouse" (Tema: First Time).

FENPROF faz balanço positivo, várias escolas encerradas.

No jornal "Sol" de 30/11/2007: "O secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, fez hoje de manhã um primeiro balanço positivo da greve da Função Pública no que diz respeito à educação, encontrando-se encerradas várias escolas de Norte a Sul do País.

«Os dados que nos chegam são de adesão elevadíssima», disse à Lusa Mário Nogueira, ressalvando que ainda não é possível saber a adesão dos professores porque a maior parte das escolas encontram-se encerradas.
(...)
De acordo com Mário Nogueira, há concelhos de Norte a Sul do país em que todas as escolas estão encerradas.

Em Lisboa estão encerradas as Escolas secundárias de Gil Vicente, Francisco Arruda, Restelo, Nuno Gonçalves, Paços Manuel, Marquês de Pombal, Telheiras, Almada Negreiros, EB 2-3 Olivais, Escola 1-7-5 dos olivais e Afonso Domingues.

No Porto estão encerradas a Escolas secundárias de Resende, Fontes Pereira de Melo, EB 2+3 Gomes Teixeira, EB Pires de Lima e EB de Gondomar.

No Algarve estão encerradas escolas nos concelhos de Loulé, Olhão, Silves, Lagoa, Vila Real e Quarteira.

Em Coimbra, as escolas secundárias D. Diniz, EB 2+3 Pedrulha, EB 2+3 Alice Gouveia e secundária de Condeixa encontram-se encerradas.

As três estruturas sindicais da Administração Pública marcaram esta greve conjunta «contra a intransigência do Governo nas negociações salariais», um ano após a realização da última paralisação conjunta, pelo mesmo motivo.

Os sindicatos queixam-se nomeadamente de a equipa negocial do Ministério das Finanças ter iniciado o processo com uma proposta de aumentos salariais de 2,1 por cento e de ter encerrado as negociações com o mesmo valor.

A última greve convocada pelas três estruturas sindicais realizou-se a 9 e 10 de Novembro de 2006 contra o aumento salarial de 1,5 por cento que o Governo decidiu aplicar, apesar de a inflação prevista nessa altura ser de 2,1 por cento."

Ver Artigo Completo (Sol)

Ministério da Educação lidera adesão à greve

No sítio do Diário Digital a 30/11/2007: "O Ministério da Educação lidera a adesão à greve com um total de 29.798 funcionários públicos ausentes e com 1.278 serviços desconcentrados encerrados, de acordo com a mapa de adesão à greve na administração central, divulgado hoje pelo Ministério das Finanças.

Estes dados, que foram actualizados às 13:04 horas, referem-se ao carregamento pelos serviços de um total de 107.585 funcionários do Ministério da Educação, dos quais 29.798 se encontram em greve.

Dos 9.310 serviços desconcentrados ou periféricos do Ministério da Educação, 1.278 estão encerrados.

O segundo ministério com maior número de adesão é a Saúde, onde dos 50.355 funcionários carregados na base de dados, 12.844 estão em greve.

Em termos globais, os dados revelavam uma adesão à greve na ordem dos 20,02 por cento na administração central.

Em conferência de imprensa, o secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo, explicou que estes dados provisórios foram apurados a partir «do carregamento feito pelos serviços públicos, sem qualquer intervenção dos ministérios».

João Figueiredo mostrou aos jornalistas de que forma acompanha a adesão à greve, nomeadamente através de uma base de dados que se encontra na página da Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público do Ministério das Finanças e da Administração Pública e onde todos os serviços carregam os dados relativos ao número total de funcionários e o número dos que se encontram ausentes.

Esta base de dados, adiantou João Figueiredo, é carregada directamente pelos serviços, sendo a própria base de dados que faz os apuramentos da adesão.

Os dados das 13:04 horas tem em conta o carregamento de um total de 286.642 funcionários públicos, dos quais 57.374 encontram-se em greve.

Entre os serviços desconcentrados ou periféricos, dos 12.412 existentes apenas 1.389 encontram-se encerrados devido à greve (11,19 por cento).

João Figueiredo esclareceu que os dados do executivo apenas de referem à administração central porque «o Governo só deve e só pode fazer os apuramentos a nível da administração central», não existindo nenhuma entidade que centralize os dados referentes à administração local.

A Frente Comum, uma das estruturas que convocou a greve, avançou ao final da manhã com uma adesão superior a 80 por cento, com maior incidência nas áreas da saúde, educação e justiça.

A greve foi convocada pela Frente Comum, afecta à CGTP, e pelo STE e FESAP, ambos da UGT, para protestar contra a intransigência negocial do Governo, que manteve a actualização salarial nos 2,1 por cento para o próximo ano."

Ver Artigo Completo (Diário Digital)

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Mais alunos e melhores resultados escolares

No Jornal de Notícias (Artigo de Opinião de Maria de Lurdes Rodrigues) de 27/11/2007: "Os resultados escolares estão a melhorar, tanto no Ensino Básico como no Ensino Secundário. Há mais alunos nas nossas escolas básicas e secundárias e o insucesso está a diminuir de forma significativa e consistente. As taxas de reprovação escolar estão, portanto, a diminuir, ao contrário do que o JN noticia na sua edição de ontem, com honras de manchete.

A informação estatística mais recente, relativa ao sucesso escolar e ao abandono no Ensino Secundário, revela que nos dois últimos anos, 2005/06 e 2006/07, se regista uma melhoria da situação, com o aumento sustentado do número de alunos e a diminuição consistente do insucesso escolar

- aumenta o número de alunos no Ensino Secundário, pelo segundo ano consecutivo, nas vias de ensino de prosseguimento de estudos e nos cursos profissionais, passando o número de alunos jovens de 263 mil para 282 mil;

- a taxa de retenção cai para 25,8%, o que significa uma recuperação de sete pontos percentuais, em dois anos.

O aumento do número de alunos e a melhoria dos resultados escolares no Ensino Secundário não resultam apenas da diversificação da oferta formativa, nem de os cursos profissionais serem alegadamente menos exigentes. De facto, as melhorias registam-se em todas as vias de ensino, não exclusivamente nos cursos profissionais, e são certamente tributárias da reforma do Ensino Secundário introduzida em 2004, que implicou também uma alteração dos programas.

Esta informação foi divulgada pelo ME, em 30 de Outubro, mas o JN, nessa data, e ao contrário do que fez ontem, não valorizou a informação disponibilizada, apesar da sua importância para os leitores.

A notícia agora divulgada refere documentos de 2004 e retoma dados estatísticos de 2004/05, mas a manchete induz no leitor a ideia errada de que se trata de uma notícia sobre a situação actual em matéria de resultados escolares.

Na realidade, os dados referidos pelo JN foram divulgados pelo ME em 31 de Janeiro de 2007, numa sessão pública de apresentação da série longa - 30 anos de Estatísticas da Educação 1977-2006 -, para a qual o JN foi convidado, mas não esteve presente, pelo que não deu qualquer relevo nem aos dados nem às análises feitas por vários comentadores.

Ora, a leitura desses dados, do período entre 1995/96 e 2004/05, permitiu então verificar e concluir o seguinte

- melhoria dos resultados no conjunto do Ensino Básico, considerando os três ciclos de ensino o insucesso passa de 14% para 12%;

- melhoria muito significativa dos resultados escolares ao nível do primeiro ciclo do Ensino Básico o insucesso passa de 10% para 5,5%;

- manutenção das taxas de insucesso, no segundo ciclo, em cerca de 13%;

- aumento significativo da taxa de reprovação apenas no 9.º ano de escolaridade, atingindo, em 2005, valores da ordem dos 20%, em resultado da introdução dos exames nacionais em Matemática e Português, neste mesmo ano.

Os dados estatísticos mais recentes sobre os resultados escolares no Ensino Básico, dos dois últimos anos, isto é, 2005/06 e 2006/07, não foram ainda divulgados, mas a análise dos dados provisórios permite dizer que as tendências de melhoria se mantiveram nos dois últimos anos. A oferta de Cursos de Educação e Formação de nível básico, nas escolas públicas e privadas, permitiu, neste ano lectivo 2007/2008, atrair cerca de 30 mil alunos em risco de abandono precoce.

As escolas e os professores têm vindo a fazer um trabalho persistente no combate ao insucesso escolar e ao abandono precoce, com resultados que são visíveis para milhares de jovens e para as suas famílias, que encontram hoje nas escolas respostas para os seus problemas.

É preciso fazer mais. Estamos ainda longe das metas e dos objectivos que todos pretendemos alcançar. Não podemos descansar sobre estes resultados. Mas a tendência é claramente de recuperação de alunos e de melhoria dos resultados escolares, pelo que há razões para estarmos optimistas."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

------------------------
É preciso fazer mais?! Forçam professores a "transitar" alunos, o estatuto do aluno é extremamente permissível a faltas, existe um novo exame que torna quase impossível a reprovação por faltas, as "novas oportunidades" facilitam, etc. E ainda é necessário fazer mais para diminuir o insucesso escolar? O que mais irá acontecer?
-----------------------

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Recordações que ficam...


É sempre bom lembrar as músicas que nos deixam boas recordações. Esta é para mim, uma delas. E na verdade, é como consta na letra da música: "A vida é uma viagem curta"! Não desperdicemos essa viagem, com "desvios" desnecessários e "conduções agressivas" ou (demasiado) "passivas"... Para os colegas que costumam visitar o meu outro blog, peço desculpa pela repetição, mas foi mais forte que eu...

Música de "Alphaville" (Tema: Forever Young).

Dezenas de docentes tentam resolver colocações em tribunal.

No Jornal de Notícias de 26/11/2007: "Dezenas de professores accionaram processos para tentarem resolver nos tribunais as suas colocações ou exclusões do grupo 910 da Educação Especial, confirmou, ontem ao JN, o secretário-geral da Fenprof.

Uns por pertencerem a outras áreas de formação - como a agro-pecuária ou electrotecnia - e não terem preparação para dar aulas a alunos deficientes nem terem concorrido para essas vagas. Outros, por terem sido excluídos da lista de candidatos, apesar de terem formação mas não cinco de experiência como a lei exige.

O Governo admite rever a legislação mas o problema para estes docentes é que 44 colegas ficaram colocados sem esse tempo de serviço. O JN teve acesso à lista definitiva de colocação e confirmou que dez tinham zero dias de serviço. Ou seja, nunca tinham dado aulas.
(...)
Satisfeito por o Governo admitir rever a lei para concursos futuros, Mário Nogueira sublinhou ao JN que "a tutela tem, no entanto, um problema imediato para resolver". "Ilegalidade por ilegalidade é menos grave - por ser melhor para os alunos - aceitarem os professores excluídos do que colocarem docentes de outras áreas no grupo 910", alega o secretário-geral da Fenprof. (....)"

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

------------------------
Exactamente... É um problema para ser resolvido JÁ! Não, nos próximos concursos. Entretanto, existem colegas que estão a ser altamente penalizados em tempo de serviço (para já não falar, nos restantes problemas). Mais uns bons milhares de euros que o Ministério da Educação poupa à custa da vida de muitos profissionais da educação.

Só uma pequena ironia. Perdoem-me os incautos: Greve?! Qual greve?! Não sabia de nada... Estou a trabalhar e é isso que interessa... As greves nunca levam a nada. Estou muito atrasado na matéria. Se para o ano não trabalhar, logo se vê!

Resta sempre o recurso a tribunal... Digo eu!
-----------------------

Reprovar: o pior castigo da escola.

No Jornal de Notícias de 26/11/2007: "Se há pior lição que se possa trazer da escola é a de que não se é capaz de aprender. Infelizmente, esta é a realidade para milhares de alunos do ensino obrigatório, para já não falar do Secundário. As estatísticas do ano lectivo de 2004/5 dizem que 19,7% dos alunos do 3.º Ciclo reprovaram, ou seja, mais 1,3% do que 10 anos atrás.

Especialistas em educação contactados pelo JN explicam que a escola está a penalizar as classes mais desfavorecidas, sem condições sociais, culturais e financeiras de acudir aos filhos. Reestruturar o sistema, diversificar os currículos, melhorar as condições físicas das escolas e os seus recursos humanos foram alguns dos caminhos sugeridos para combater as elevadas taxas de insucesso escolar.
(...)
Pedro Abrantes, investigador em sociologia da educação, disse ao JN que a lógica dos agrupamentos verticais, que unem jardins-de-infância e escolas dos três ciclos do Básico em rede, não funciona. "Seria suposto que o percurso do aluno fosse pensado em continuidade, mas isso não acontece. Na prática, os professores dos diversos níveis continuam a funcionar isoladamente", referiu.
(...)
Albino Almeida, presidente da Confederação das Associações de Pais, tem a mesma ideia. "Nessas classes, os pais não têm conhecimentos para apoiar os filhos, nem dinheiro para pagar explicações", salientou. O apoio dado na escola a quem reprova - os planos de recuperação - constitui, no seu entender, "um fraco remendo". Albino Almeida entende que repetir as mesmas disciplinas que ficaram feitas "é diabólico". Por isso, defende que os alunos transitem sempre, mas recebam apoios acrescidos, no ano seguinte, às disciplinas onde tiveram dificuldades e um acompanhamento individualizado.

Armanda Zenhas, professora com mestrado em Educação, reconhece a necessidade de os pais acompanharem mais os filhos e do incremento do trabalho individual dos alunos. Contudo, acredita que turmas enormes, escolas sem condições físicas e recursos humanos indispensáveis, horários escolares longos e repartidos ajudam muito a elevar o insucesso escolar.(...)"

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

------------------------
Os alunos devem transitar sempre?! Que raio de ideia... Opps... Esperem lá! O Ministério da Educação já nos obriga a fazer precisamente isso. E quanto à ideia dos apoios acrescidos nos anos seguintes, em alguns casos, seriam tantos os apoios como as disciplinas. Nem sei porque estou a dissertar sobre este assunto, as decisões já estão tomadas, nem vale a pena explorar muito o assunto. Passem-se os alunos, e já está. É bom para a nossa avaliação e os pais ficam felizes. O problemas são os miúdos, que são prejudicados. Transitam de ano sem saber (quase) nada! Que futuro para estes alunos?! Que geração estamos nós a educar?! Enfim... Nem vale a pena pensar muito neste assunto para não ficar (ainda mais) desmotivado.
-----------------------

domingo, 25 de novembro de 2007

Educação Especial: ME admite alterar colocação de professores.

No sítio do Diário Digital a 24/11/2007: "O Ministério da Educação (ME) admitiu hoje alterar a legislação que impede professores com formação especializada de se candidatarem para dar apoio a crianças deficientes se tiverem menos de cinco anos de serviço.

Em declarações à Lusa, o assessor do ME, Rui Nunes, afirmou que «o Governo está a apreciar a situação e admite alterar as condições [de acesso ao grupo da Educação Especial] nos próximos concursos de professores».

A resposta da tutela surge na sequência da indignação revelada à Lusa por docentes com pós-graduações em necessidades educativas especiais que foram excluídas do concurso por terem menos de cinco anos de carreira, apesar de colegas sem qualquer especialização ou experiência estarem a ser recrutados para trabalhar com alunos deficientes.
(...)
Quarta-feira, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, afirmou que mais 35 professores nesta situação serão colocados na próxima semana a desempenhar estas funções, justificando a opção com a falta de docentes especializados.

«Já não há professores no concurso para colocar no quadro de Educação Especial, além de sete que concorreram para escolas onde não havia necessidade. Como não há, o que estamos a fazer é ir buscar professores sem funções lectivas para dar o apoio», explicou Valter Lemos, adiantando que tal «sempre se fez».

A declaração do secretário de Estado deixou, no entanto, indignada a professora La Salete Ferreira, com uma pós-graduação em «Educação Especial - Limitações no Domínio Cognitivo, Motor e Multideficiência», que se encontra desempregada.

No concurso de colocação de professores, a docente foi este ano excluída da lista de candidatos do grupo de Educação Especial porque um decreto-lei de 1997 exige-lhe cinco anos de serviço para ser considerada especializada, tempo que ainda não cumpriu.

Para La Salete, o Ministério da Educação (ME) «prefere professores com mais tempo de serviço e de áreas que nada têm a ver com Educação Especial a apoiar estas crianças do que professores com formação, ainda que com menos tempo de serviço».

«Esta colocação administrativa de mais de uma centena de docentes sem formação é um crime. Estas crianças e jovens que necessitam de uma intervenção educativa especializada são as principais vítimas», disse à Lusa, assegurando que «não são poucos» os colegas que se encontram na mesma situação.

A indignação é partilhada por Sofia Silva, de 30 anos, que foi igualmente excluída do concurso por não ter cinco anos de carreira, apesar da Pós-Graduação que realizou em Necessidades Educativas Especiais, no Instituto Superior de Ciências Educativas.

Há um mês, foi contratada directamente por uma escola para dar um módulo de nove horas num curso de educação e formação, mas a docente garante ser «muito mais útil» no apoio a crianças deficientes.

Embora não possam concorrer ao grupo de Educação Especial, por imposição daquele decreto, estes professores poderiam, no entanto, trabalhar com alunos deficientes se fossem contratados directamente pelas escolas, o que dizem não acontecer apenas por «razões economicistas».

«O ME não quer abrir os cordões à bolsa e não se importa nada de pôr em causa direitos das crianças com deficiência, colocando no apoio professores dos quadros sem qualquer formação, só para não ter de nos contratar», acusou, em declarações à Lusa.

«Altamente injustiçada, desmotivada e desiludida» é também como se sente Paula Portugal, com uma pós-graduação no domínio cognitivo e motor, mas excluída das listas da Educação Especial pelo mesmo motivo.

«O ME está a colocar professores sem qualquer tipo de estudos a dar apoio a estas crianças e isso é muito mais grave do que não ter os cinco anos de serviço», considerou esta educadora de infância, a quem falta apenas cerca de um ano de carreira para poder concorrer ao grupo de Educação Especial."

Ver Artigo Completo (Diário Digital)

------------------------
Mais um daqueles embróglios do Ministério da Educação que só são solucionados (?) quando o tema extravasa para a comunicação social. Leiam também: Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias) e Ver Artigo Completo (RTP).
-----------------------

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Voltar às origens...


Bom fim-de-semana para todos.

Música de "Dulce Pontes" (Tema: Amor a Portugal).

Boas notas são base de avaliações.

No Correio da Manhã de 23/11/2007: "O Ministério da Educação recusa a ideia de que esteja a pressionar os professores ao considerar as notas dos alunos como “critério fundamental” da avaliação das escolas e dos docentes, mas a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) diz que “uma coisa leva, inevitavelmente, à outra.”

“Avaliar os professores com base nas notas dos alunos tem como objectivo pressionar os professores para melhorar as estatísticas da Educação em Portugal”, disse ontem Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, acrescentando que “este tipo de avaliação vai gerar conflitos nas escolas.”

Também o PSD afirmou que as notas dos alunos não podem ser critério de avaliação dos professores. Para o deputado Pedro Duarte, “um sistema de avaliação assente nestes critérios vai levar, naturalmente, à total degradação do ensino.

Diz o parlamentar social-democrata que “o PSD considera que os professores devem ser avaliados por vários critérios e consoante a realidade local onde leccionam.”
(...)
No entanto, o CM apurou que, em pelo menos sete EB 2,3 dos distritos de Aveiro, Coimbra, Santarém, Porto e Viana do Castelo foram convocadas pelos conselhos executivos reuniões gerais cuja mensagem passava precisamente por aconselhar os professores a evitarem ao máximo as negativas já no primeiro período.

Nessas escolas ninguém fala abertamente do assunto, por receio das consequências que isso possa acarretar, acabando por ser cada vez mais difícil encontrar quem comente qualquer tema, sempre com a justificação de que isso tem consequências graves. No entanto, foi confirmada ao CM a realização dessas reuniões e o facto de muitos docentes se sentiram pressionados. (...)"


Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Pressão para não chumbar.

No Correio da Manhã de 20/11/2007: "Os professores dos 2.º e 3.º ciclos do ensino de algumas escolas estão a ser pressionados pelos conselhos executivos, no sentido de evitarem ao máximo as negativas (notas inferiores a três), já no primeiro período lectivo.

A pressão dos conselhos executivos começou a sentir-se no início deste mês, em consequência das inspecções que vão ter lugar até ao final do ano, a propósito da avaliação das escolas.

Como a concessão ou não do contrato de autonomia depende do resultado da avaliação, os conselhos executivos estão a organizar várias iniciativas, como reuniões gerais, com o objectivo de causar impressão positiva aos inspectores.

Como está instituído que um dos critérios que mais peso terá na avaliação das escolas é o índice de aproveitamento escolar dos alunos, os conselhos executivos estão a canalizar todas as suas recomendações no sentido de que as negativas sejam evitadas ao máximo.
(...)
Para Lurdes Salgueiro, do Sindicato dos Professores do Norte, “a pressão sobre os professores para que os meninos passem todos já vem de há alguns meses a esta parte, mas tem vindo, de facto, a intensificar-se e estas inspecções de avaliação estão, sem dúvida, a adensar o mau ambiente que, genericamente, se vive nas escolas”.

“O famoso ranking das escolas vai deixar de ser feito segundo as notas finais dos alunos, mas segundo os resultados dessas inspecções. No entanto, sabe-se que o Ministério valorizará sempre mais as escolas que apresentarem melhores resultados”.

Consequência imediata destas inspecções, as escolas apressaram-se a actualizar o chamado projecto curricular de escola e a alertar o corpo docente para a importância de estudar “a fundo” esse documento. É que, pelo que constou, no diálogo com os professores, os inspectores começam precisamente por perguntar se o docente conhece o projecto curricular de escola. Este aspecto terá levado alguns conselhos executivos a promover sessões de esclarecimento sobre esses projectos.

Saber o que tem feito o docente no âmbito da recuperação dos alunos, é outra das questões tidas por obrigatórias e que, segundo o Sindicato, acaba por resultar em “pressão sobre os professores”.
(...)
O Inspector Geral de Educação, José Maria Azevedo, diz que “é desajustada a ideia de que as avaliações externas possam induzir qualquer falso sucesso”.

Em declarações ao CM, o chefe dos inspectores disse que “estas avaliações até são feitas a pedido das próprias escolas, já que tiveram por base uma candidatura.”

“Não faria sentido estarem agora a usar procedimentos administrativos que distorcessem a realidade”, acrescentou. Para além disso, José Maria Azevedo sublinhou que as notas do primeiro período não terão qualquer peso na avaliação das escolas.

“A progressão dos alunos é um dos pontos, não o único nem o mais importante. Mas isto tem a ver com as notas dos últimos anos e a evolução que se tem verificado e não propriamente as notas do Natal”, esclareceu José Azevedo, referindo que “se estas avaliações levarem a que os docentes se inteirem do projecto educativo e que as escolas se preparem para a avaliação, é positivo”.

De resto, avisa que “as escolas portuguesas continuam a ter elevadíssimas taxas de retenção”.(...)"


Ver Artigo Completo (Correio da Manhã)

------------------------
A ser verdade... não é de estranhar! Com tudo aquilo que tem vindo a ser feito por este Ministério da Educação, se este tipo de situações não ocorresse seria ilógico... Sucesso "forçado"! No entanto, mesmo vindo de quem vem este tipo de "medidas", acho exagerado começarem a fazer pressão tão cedo. Aliás, nem deveria existir pressão, mas isso é conversa "perdida"! Estou mesmo a ficar conformado com esta situação... Infelizmente... Da maneira que isto está a evoluir, em Agosto já estamos a levar "bastonadas psicológicas" no sentido dos 100% de positivas.
-----------------------

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Avaliação do desempenho...


Todos temos dúvidas relativamente à forma como vamos ser avaliados, no entanto, é possível encontrar alguns esclarecimentos lendo a legislação respectiva e também alguns documentos existentes nos diversos sítios de sindicatos de professores. Subsistem muitas dúvidas, impera a subjectividade e são considerados itens perniciosos, no entanto, fica aqui um resumo de alguns aspectos importantes (retirado e adaptado de um documento que os colegas podem encontrar no sítio do SPN). Vale a pena estarmos informados...

Quem nos avalia?

Somos avaliados pelo presidente do órgão de gestão e o coordenador de departamento curricular ou do conselho de docentes. O coordenador será avaliado pelo presidente do órgão de gestão e por um inspector da sua área de formação. Quanto ao presidente do órgão de gestão não está prevista qualquer avaliação.

Como é iniciado o processo de avaliação?

Inicia-se com a realização de uma reunião entre o avaliado e o coordenador do departamento ou do conselho de docentes, para definirem os objectivos da avaliação. Se não existir acordo, o avaliador decide unilateralmente.

No processo de avaliação há aulas assistidas? Quem as marca e quem assiste?

Estão previstas no mínimo 3 aulas assistidas por ano. Quem as marca é o presidente do órgão de gestão e quem assiste é o coordenador.

Quais os parâmetros avaliados?

São vários, como por exemplo os "resultados escolares dos alunos" e o "abandono escolar". Outros são a preparação, organização e realizaçãdas actividades lectivas, a relação pedagógica com os alunos, o processo de avaliação das aprendizagens dos alunos, o nível de assiduidade, o serviço distribuída participação dos docentes em todas as actividades doagrupamento/escola, as acções de formação contínua, o exercício de cargos nas diversas estruturas intermédias de orientação educativa ou de funções de natureza pedagógica e a dinamização de projectos de investigação, desenvolvimento e inovaçãoeducativa.

Como serão classificados estes parâmetros?

Através de fichas que contêm dezenas de itens, sendo atribuída, por norma, uma classificação entre1 e 4.

Está prevista autoavaliação?

Sim, há também uma ficha para a autoavaliação que, no entanto, é desvalorizada, podendo mesmo, por decisão da escola, ser completamente ignorada.

Todas as faltas têm implicaçãona avaliação do desempenho?

Não. De acordo com disposto no artigo 103.º do ECD (Decreto-Lei n.º15/2007, de 19 de Janeiro), há um conjunto de faltas que, por serem consideradas ou equiparadas a serviço efectivamente prestado, não terão qualquer consequência.

Temos de nos submeter a uma entrevista?

Sim, a entrevista individual é obrigatória em cada processo de avaliação.

Quais os momentos do ano lectivo em que todos estes procedimentos incidirão?

Maioritariamente estes processos incidirão no início e final do ano escolar, de 2 em 2 anos. Nesse momento, em que se exigia a melhor atenção e o máximo empenhamento dos professores que estão a iniciar o trabalho de um ano com os seus alunos ou assoberbados com as tarefas relativas à avaliação, estarão a reunir para definir os objectivos da avaliação para o biénio que se inicia, a preencher a sua auto-avaliação, a ser classificados através de diversas fichas de avaliação, a submeterem-se a entrevistas...

Espero que este post ajude a esclarecer algumas dúvidas...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Concurso Professor Titular.

No sítio da DGRHE é possível consultar as respostas aos recursos das listas definitivas do concurso de acesso à categoria de Professor Titular. Utilizem o link: Respostas aos recursos das listas definitivas (link DGRHE).

A culpa é de quem?!

No jornal "O Primeiro de Janeiro" (Artigo de Opinião) de 19/11/2007: "Ainda na semana passada escrevia sobre os resultados nefastos que advirão da aplicação do estatuto do aluno no que toca ao regime da faltas, ainda está quente a discussão na assembleia sobre este tema e já os resultados se começam a sentir. Querem ver?

Uma colega, professora na minha escola, questionou um aluno de um 11º ano em que ela é directora de turma sobre uma falta que este havia dado. Eis a resposta: ” Faltei por um motivo de força maior e a professora não tem nada com isso.” Lapidar. Para além da má educação do menino, é evidente que ele já sabe que é senhor de ir ou de faltar à aula. e que a professora tem as mãos atadas. (Porque a senhora ministra e todo o PS lhas ataram.) Tenho pena de não ter acesso ao e-mail da senhora ministra para lhe enviar esta resposta como presente. E não só à senhora ministra, mas a todo o corpo de deputados do PS que votou com ela.
(...)
Dir-me-ão que estou a fazer julgamentos abusivos. Talvez esteja. Mas quando todo um partido vota algo que o bom senso repudia, algo com que toda a gente se espanta, isto significa que alguma coisa deve estar por trás de tal atitude. Os professores estão entre desiludidos, revoltados e assustados. E nunca como agora se ouve falar em ”vou-me embora logo que possa”. Muitos professores experientes e óptimos profissionais estão a saltar fora. O sistema está a tornar-se demasiado pesado, com papéis a mais, reuniões a mais, horas extra a mais que ninguém paga nem contabiliza. E agora mais esta. Já não faltava a desautorização crescente dos professores, como agora os alunos vão poder faltar sem serem punidos, sentem-se no direito de não dar satisfações, entram tarde na aula (a aula é interrompida, o seu ritmo quebrado ou, em alternativa, o professor fica à espera que o “rebanho se junte” para começar).

E já agora mais uma achega: o regime de faltas previsto é tão perverso que um aluno que falte por doença ou por ter partido, por exemplo, uma perna, fica sujeito exactamente ao mesmo regime daquele que faltou por ter ficado na cama ou por ter ido para o café!!! Porquê? Porque deixa de haver distinção entre faltas justificadas e faltas injustificadas!

E posto isto, só resta perguntar: aonde vamos chegar? aonde nos vai levar tudo isto?"

Manuela Salvador Cunha.

Ver Artigo Completo (O Primeiro de Janeiro)

------------------------
Com este "novo" estatuto do aluno, esse tipo de respostas por parte dos alunos vai tender a tornar-se "normal"... Mas pensando bem, este tipo de alunos está a imitar as atitudes da ministra, pois faz o que bem lhe apetece e não dá satisfações a ninguém. O "novo" estatuto do aluno é o reflexo da personalidade da ministra! Quanto ao "saltar" fora: Se pudesse também saltava, no entanto, ainda tenho pela frente mais de três décadas... Espero que neste caminho para a reforma, as coisas mudem para melhor. Sim... Porquê, pior é impossível!!!
-----------------------

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Uma música excelente...


... para "levar" uma multa no regresso a casa! Mas que fica no ouvido, fica... E a questão da música também é muito interessante: "Está por aí alguém vivo?" Pelos comentários feitos aqui no blog, não devem ser muitos. Eh eh eh... Bom fim-de-semana para todos.

Música de "Bruce Springsteen" (Tema: Radio Nowhere).

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Desafio...

Segundo sugestão de um(a) colega (com o nickname "mora"), fica aqui uma proposta (que poderá ser eventualmente integrada como questão na futura prova de ingresso na carreira docente) de trabalho. Eh eh eh... Acrescentei mais algumas palavras à ideia inicial do colega, para a imaginação poder correr com maior facilidade...

Construam uma frase com as seguintes palavras: Ministra da Educação, Frustração, Desmotivação, Ciclicas, Poupança, Alunos, Encarregados de Educação, Agressões, Licenciatura e Fim-de-semana.

As melhores serão colocadas sobre a forma de post...

Para honrar o compromisso fica aqui a primeira "resolução" do(a) colega "in": Em 2009 vem as ciclicas governamentais e como estamos fartos do pedido de poupança, vamos ver se a ministra se mantem. Descansemos colegas, pois estamos perto do Fim-de-Semana.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

"Há mal-estar entre docentes e Governo".

No Jornal de Notícias de 14/11/2007: "Daniel Sampaio lamenta o "mal estar significativo entre docentes e o Governo". Ontem, na cerimónia de atribuição do primeiro Prémio Nacional de Professores, o presidente do júri defendeu que o reforço da autonomia das escolas nunca se efectivará enquanto a tutela controlar o processo com excessiva legislação.

Primeiro-ministro e ministra da tutela recusaram-se a comentar as sugestões e opiniões do psiquiatra. À saída do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, Maria de Lurdes Rodrigues deixou o secretário de Estado da Educação a responder aos jornalistas "Ficou claro que o professor Daniel Sampaio se referia a um mal estar do ponto de vista geral e internacional e não a um" específico de alguns professores em Portugal, foi a resposta de Valter Lemos.

O presidente do júri começou por manifestar a esperança do prémio abrir um novo período de relacionamento entre professores e Governo. "Façamos a partir do seu exemplo a reflexão necessária para a mudança", insistiu.

Mais. O psiquiatra alertou o Executivo de que "sem os apoios dos professores qualquer mudança não passará do articulado legislativo" para o terreno. Caso da autonomia. Daniel Sampaio considera que os professores "perdem demasiado tempo com despachos e portarias".

"As escolas reclamam autonomia mas não cessam de esperar pelo ME. Se o ministério quer autonomia então porque legisla tanto?", questionou. Sampaio defendeu a constituição de equipas pedagógicas mais flexíveis e menos burocratizadas e a definição de regras claras de combate à indisciplina, porque independentemente das estatísticas a "dimensão psicológica é muito preocupante como é possível a relação pedagógica se o professor tem medo?".

À saída, Valter Lemos retorquiu que o ME "reagiu bem às propostas" do presidente do júri. Antes, ao discursar no final da cerimónia, José Sócrates defendeu "com muito orgulho" todas as reformas do Governo para o sector "a Educação ficou melhor quando se impôs as aulas de substituição", os professores ficaram colocados por três anos, o 1.º ciclo perdeu 2500 escolas e mais alunos ficaram no Secundário graças ao aumento dos cursos profissionais.

O Governo premiou ontem quatro professores "excepcionais". A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, garantiu que o objectivo do prémio é o de valorizar o trabalho docente apesar da "generalização das boas práticas" ter de ser uma exigência construída diariamente.José Sócrates, após mais de duas horas de cerimónia, insistiu que a homenagem não pretendia ser "uma operação de relações públicas" - até porque não é "especialista" nesse sector - mas uma iniciativa "pelo interesse geral do país". Arsélio Almeida Martins ensina Matemática há 35 anos. Ontem, recebeu o prémio Nacional - o galardão máximo. Foi professor-cooperador em Cabo Verde e São Tomé, dirigente da Fenprof e formador de docentes. Desde 1995 que participa na revisão dos programas da disciplina e durante o seu extenso currículo produziu dezenas de comunicações e participou noutros tantos projectos. Nos vídeos de apresentação realizados de propósito para a cerimónia - e que "comoveram" o primeiro-ministro - os colegas elogiaram-no pelos anos que esteve à frente do Conselho Directivo da Escola Secundário de José Estevão, em Aveiro. Aos jornalistas, no entanto, Arsélio Martins, definiu-se como um "professor comum". A intensa participação cívica não o afastou dos alunos. Ensinar é a sua vida e à Imprensa defendeu que os professores "devem participar mais nas decisões" políticas que regem as escolas. Foi escolhido entre 35 candidatos ao prémio de 25 mil euros. Para Arsélio, o poder político não pode permitir a degradação das escolas. "Assim que os estabelecimentos são abandonados à sua sorte, as comunidades sentem e isso reflecte-se no trabalho dos docentes".

O Governo distingiu, ainda, por mérito outros três professores Teresa Pinto de Almeida, professora de Inglês, recebeu o prémio Carreira; Paula Canha, o de Inovação pela forma experimental como ensina Biologia e Armandina Soares o de Liderança por presidir ao agrupamento de Escolas de Vialonga. Os premiados foram escolhidos entre um total de 65 candidatos."

Ver Artigo Completo (Jornal de Notícias)

------------------------
Grande Daniel Sampaio... Teve coragem de enunciar umas verdades! E se estes prémios de "homenagem" aos professores não são propaganda, tenho que redefinir o meu conceito de publicidade (enganosa). Quanto às razões do "orgulho" que o Primeiro Ministro sente pelas reformas do Ministério da Educação, basta lê-las antentamente, para se perceber bem de que "material" é feito o Eng. Sócrates: "a Educação ficou melhor quando se impôs as aulas de substituição", os professores ficaram colocados por três anos, o 1.º ciclo perdeu 2500 escolas e mais alunos ficaram no Secundário graças ao aumento dos cursos profissionais." Ainda acham que estamos numa democracia?
-----------------------

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Decreto regulamentar relativo à prova de ingresso na carreira docente aprovado em Conselho de Ministros.

São muitas as dúvidas relativas à prova de ingresso na carreira docente, no entanto, antes de as colocarem aqui, o melhor mesmo será ler o decreto regulamentar. Ainda não fiz a leitura desse documento (e mesmo que a faça, será de forma transversal), como tal, tudo o que até agora redigi (a nível de posts) é baseado nas notícias da imprensa. Aconselho todos os colegas que não se encontram dispensados desta prova (ver parágrafo seguinte) a fazerem a leitura atenta do decreto.

Não se esqueçam que estão dispensados da realização da prova de ingresso os colegas que foram contratados em dois dos últimos quatro anos imediatamente anteriores ao ano lectivo de 2007/2008, desde que contem, pelo menos, cinco anos completos de serviço docente efectivo e avaliação de desempenho igual ou superior a Bom. Utilizem o link:
Decreto regulamentar (link ME).