quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Sem rei nem roque

A propósito do pagamento das  deslocações em serviço oficial efetuadas com recurso ao automóvel próprio quando não existem transportes públicos (em que é devido o pagamento de 0,36€/km, conforme poderão constatar aqui e ali), grassa uma anarquia profunda pelas escolas deste Portugal, apesar da legislação aplicável a esta matéria ser a mesma para todas as escolas...

Ora vamos lá ver se me consigo recordar de todas as ocorrências que já me foram relatadas, quando se verifica a situação acima descrita:

a) o docente é pago a 0,36€/km; 

b) o docente é pago a 0,11€/km;

c) pagaram aos docentes a 0,36€/km no primeiro mês, mas posteriormente acharam que isso era demasiado (!) e passaram a pagar a 0,11€/km;

d) pagam 0,11€/km aos docentes que lecionam em mais do que uma escola no mesmo dia, mas não pagam absolutamente nada aos docentes que se deslocam a duas escolas no mesmo dia para reuniões convocadas legalmente (será que consideram que os primeiros se deslocam por obrigação e os segundos por devoção?);

e) não pagam nadica aos docentes que se deslocam a duas escolas no mesmo dia para reuniões convocadas legalmente alegando falta de orçamento, esperando, por isso, que os docentes se desloquem nos seus veículos graciosa e voluntariamente.

Ora como o Estado não se comove com o argumento da indisponibilidade orçamental no momento do contribuinte ter que pagar os seus impostos e contribuições, não me parece expectável que o contribuinte tenha que ser benemérito com o Estado. 

Isto não é fazer omoletes sem ovos. É fazer omoletes com os NOSSOS ovos! 

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