sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Para refletir...

E se mudássemos de porta? Ficaria tudo na mesma?

Comentário: Uma reflexão muito interessante do Nuno Domingues... Embora concorde em grande parte com aquilo que consta do post em causa, acredito cada vez menos na possibilidade da sua concretização. Aliás, à medida que os anos vão passando e as iniciativas (e os seus resultados) se vão repetindo... e repetindo... e repetindo... cada vez vejo com maior dificuldade a tão necessária reaproximação dos professores aos sindicatos.

E se a desilusão com os sindicatos, que muitos afirmam ser o principal motivo de afastamento dos professores das iniciativas promovidas pelos primeiros, é uma forte "barreira" à mobilização, o aparente conformismo e comodismo de alguns professores também não ajudará. Se acrescentarmos a este cocktail os interesses díspares que movem os diversos intervenientes, temos tudo para a coisa não "desempenar".

O que fazer, então? Bem... Acho que a primeira fase de uma qualquer estratégia, passa exatamente por discutir aquilo que o Nuno Domingues abordou. Mas com um acréscimo... É essencial compreender o que impede a reaproximação entre sindicatos e professores e o que pode e deve ser feito para que se ultrapasse essa "barreira". Mais do mesmo é que está provado não resultar... 

Quanto ao conformismo e comodismo de alguns, estou certo que a curto e médio prazo irão despertar e constatar que determinadas "lutas" locais (com a avaliação do desempenho "à cabeça") de nada valem se não existir componente letiva, ou pior, não houver trabalho.

11 comentários:

  1. Em geral, os sindicatos não resolvem os nossos problemas, não são a chave para a resolução dos nossos problemas. Falta sim a organização de um grupo de professores com ideias novas que permitam discutir efetivamente o que tem impedido o sucesso do nosso ensino.

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  2. Concordo. Não são os sindicatos que resolvem os nosso problemas. São os professores.

    Não sei se faltam movimentos com algumas alternativas. Eu conheço vários. Mas a verdadeira questão é:

    O que falta, na realidade, é professores que se enxerguem e comecem a a lutar pelos seus direitos em vez de ficarem sentadinhos no seu sofá à espera que os outros façam alguma coisa.

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  3. Falta correr com os sindicalistas actuais!

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  4. E arranjar uns amarelos, mais amarelos do que alguns que já existem.....

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  5. Uma reflexão em:


    http://intervencaoereflexao.blogspot.com.br/2012/08/consideracoes-sobre-o-momento-atual-no.html

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  6. 1. MN foi eleito mesmo que os regulamentos dos sindicatos sejam feitos à medida do freguês.
    2. A tutela paga para se refrear os ataques radicais à sua vontade.
    3. A tutela concede algumas vitórias de pirro em troca da não radicalização da luta.
    4. O divórcio entre sindicatos e a maioria dos professores é um acto consumado.
    5. A situação é diferente dos tempos da ditadura mas tem contornos semelhantes. Os mais fracos são esmagados em desfavor dos mais fortes só que a esses se juntaram políticos de profissão para regular a miséria dos desfavorecidos.

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  7. Colegas, os sindicatos são, no que respeita à defesa dos direitos do trabalho, a arma mais forte que têm os trabalhadores. Sem essa arma não há luta organizada, só haverá, na melhor das hipóteses, desconexas e inconstantes demonstrações de desagrado e indignação que não alteram significativamente a ordem das coisas. Todos os grandes avanços históricos em relação aos direitos dos trabalhadores foram levados a cabo por pessoas organizadas em sindicados.Mesmo não sendo sindicalista, desconfio muito dos que falam mal dos sindicatos. Para mim, andam a fazer o jogo dos que exploram e atacam os trabalhadores. Fingem defender os trabalhadores, retirando-lhes a arma mais forte que eles têm. Ou é ignorância ou é intrujice.

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  8. Os sindicatos não fazem tudo ...Os professores é que são uma classe hiperdesunida, que só reagem quando lhes toca o próprio umbigo...fora isso, ficam em casa, à espera de milagres...Quando a Milú era ministra ainda se viu alguma coisa; neste momento, tão sério para os professores e a escola pública, que fazemos?! Ai e tal, estou de férias, até nem fiquei mal colocada, horário zero nem é mau de todo, nem é comigo, eu até nem mudei, não tive problemas...Ora bolas, a pensar assim, querem o quê?!!! Haja paciência, minha gente!

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  9. maria conceição marques da costa Gagosto 11, 2012 9:36 da tarde

    Os sindicatos não resolvem os nossos problemas porque nós não resolvemos os nossos problemas. Os sindicatos são a quilo que nós queremos que eles sejam, os sindicatos são feitos por nós e se não forem a culpa é nossa. Verdade que há maus sindicalistas e até há sindicatos que "ladram" muito e depois assinam. É tempo de estar atento e informado e ver onde está quem trabalha e estar ao lado e incorpar as lutas e ajudar a reinventar novas lutas.

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  10. O POVO em Portugal é sereno, pois é só fumaça. Enquanto isso muitos de nós temos a aflição de ficar mesmo sem trabalho, o Subsidio de Desemprego não dura sempre, as despesas são todos os dias. Mas o Povo é sereno. Faz-se despercebido, enquanto tiver, mas a coisa está prestes a chegar ao fim, aguardem... Neste momento é uma das classes mais mal vista, reduzida a ignorancia, porém todos nós precisamos dos professores. Vejam como os Médicos conseguiram alcançar alguns dos objectivos, no entanto nós nem dignidade temos para manifestar VERGONHOSO ...

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  11. Colegas
    Eu efetivei há 18 anos e nunca mais me esqueço tive de levar o meu filho com três meses para Lisboa, onde paguei para trabalhar e andei no Algarve e conheci Portugal inteiro, isso em tempos que colegas meus não sairam da terrinha.Eu mereci efetivar! Agora quanto à vinculação dos contratados só vejo a seguinte possibilidade:
    Serem efetivamente necessários ao sistema e penso no ensino profissional. Além disso com o aumento do nº alunos por turma, baixa na natalidade, mega-agrupamentos e aumento da idade da reforma não me parece que haja qq esperança e mesmo para mim e outros vinculados mais tarde ou mais cedo a morte bate-nos à porta. E sou realista, pois de outra forma nãon pode ser vista a realidade.

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