segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Ainda a vinculação extraordinária de professores contratados...

Já há alguns dias que me sentia tentado a escrever um post sobre o polémico tema da "vinculação extraordinária de professores com 10 anos de serviço"... Hoje, o Arlindo deu-me um motivo forte para abordar este tema, ao concretizar uma análise (aqui) das listas provisórias de ordenação ao concurso nacional dos professores contratados, com mais de 10 anos de serviço e que se candidataram na 1ª prioridade, assim como do número de docentes sem componente letiva nas listas provisórias de 1 de agosto (ver tabela abaixo). 

Nota do Arlindo: "Estes números são meramente indicativos visto ser possível o mesmo candidato contratado encontrar-se em duplicado na 1ª coluna e na coluna dos DACL haver docentes que foram obrigados a concorrerem mesmo tendo componente letiva na sua escola".
Assim, e de acordo com os dados da tabela, a proposta do Arlindo foi a seguinte: "É por estes números que se deve encontrar uma solução para uma vinculação significativa de contratados com largo tempo de serviço no ensino e a manutenção da componente letiva dos docentes dos quadros. Criar uma janela de oportunidade para os docentes mais antigos saírem do sistema com uma redução das penalizações para efeitos de aposentação ou alargar o número de docentes que pudessem beneficiar de uma aposentação antecipada seriam soluções para esta vinculação extraordinária, já para não falar da possibilidade de por mútuo acordo haver vontade de ambas as partes para uma rescisão amigável."

Bem... Embora saibamos que até amanhã (14 de agosto), vários colegas dos quadros serão retirados das listas de mobilidade interna, a tabela acaba por ser útil para o argumento da vinculação de professores com mais de 10 anos de serviço. Com as devidas reservas em determinados grupos de recrutamento...

As propostas avançadas para a aposentação dos colegas mais "antigos" também me parecem bastante interessantes e até mesmo vantajosas do ponto de vista económico (se considerarmos aquilo que é a realidade atual). Até aqui, partilho da opinião do Arlindo... É uma proposta que faz todo o sentido, se bem que duvide que este governo (ou qualquer outro, enquanto estivermos em recessão económica) o "abrace".

No entanto, não é por aqui que fico confuso. O que realmente me causa alguma desorientação, de cada vez que ouço falar desta vinculação extraordinária de professores contratados, são as respostas às seguintes questões:

1) Porquê os 10 anos de serviço? Existe alguma fundamentação teórica ou é um número "atirado" ao acaso?

2) Serão os anos de serviço "puros e duros" a serem considerados nesta vinculação extraordinária ou a graduação para efeitos de concurso (com o somatório de todas as horas) é que será levada em linha de conta? Serão ambos?

3) Em que moldes será feita esta vinculação extraordinária? Num momento anterior ao concurso interno e com vagas específicas? Será isto legal?

4) Se a vinculação for feita aquando do concurso interno, estes colegas irão concorrer em igualdade de circunstâncias com os colegas dos quadros?

5) Será justo que um colega com 10 anos de serviço mas que por opção não entrou num quadro (por exemplo, por não querer concorrer de forma mais abrangente a nível geográfico) concorra em igualdade de circunstâncias a um colega com os mesmos 10 anos de serviço mas que entrou no quadro porque alargou as suas opções de concurso a nível nacional?

Ainda existiriam outras questões, mas julgo que estas são as principais que ocorrem a muitos colegas... Se tiverem mais, acrescentem num comentário.

58 comentários:

  1. Caros colegas,

    apesar de considerar justo que colegas com vários anos de serviço entrem para o Quadro, é preciso notar que a esmagadora maioria nunca saiu de perto de casa e, em parte, é por esse motivo que não entraram no quadro. Eu, por exemplo, vim do norte para o Algarve, para entrar no quadro, com bastantes custos pessoais. Às vezes é necessário fazer sacrifícios ...

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  2. Estou de acordo com o colega anterior, houve muitos colegas que nunca quizeram sair perto de casa para efetivar. Concordo que entre no sistema do quadro de Professores, mas que haja um concurso e que estes colegas entrem numa 2.ª prioridade, se não caimos no caso que valeu a pena estar contratado um série de anos e agora ficar à porta de casa, NÃO É JUSTO.

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  3. Eu tenho 5 anos de tempo de serviço efetivo mas tenho andado a cerca de 300km de casa e da longe da minha filha de 7 anos para poder subir nas listas e agora fico sujeita a que pessoas com menor graduação e que nunca se sacrificaram passem à frente!! Deveras injusto!

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  4. e as reconduções como se vão processar, ninguém se entende quanto a datas...

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  5. Não me parece ser totalmente verdade que os professores contratados não efetivaram porque concorrem só para o pé da porta, essa teoria só foi válida até há uns 10 a 12 anos atrás e apenas nalguns grupos, eu concorro a nível nacional há 18 anos e continuo contratado, se tiverem dúvidas consultem as listas desde 2000 para cá e vejam o número de efetivações que ocorreram.

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  6. E que esses 10 anos tenham sido prestados no ensino público. Conheço o caso de algumas pessoas que trabalharam anos a fio no privado, fizeram um ano na Casa Pia de Lisboa e ganharam o direito à 1.ª prioridade na lista de graduação.

    Marco

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  7. Sabem uma coisa.... se o N. rato oferecesse 5 euros de aumento a quem "lixasse" um colega, não faltariam candidatos. Muitos prof. hoje são efetivos pq sao do tempo das vacas gordas, se fosse hoje nem emprego tinham qt mais trabalho. Professores, hoje, não têm dignidade, é salve-se quem calcar o outro.

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  8. Natália Costa:

    Mas que grande confusão...Podem explicar,se há componente letiva é -se obrigado a concorrer?

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  9. Colegas dou aulas há 20 anos e continuo contratada. Estou há 6 nos na mesma escola e sempre com horário completo. Sempre concorri a nível nacional e algumas vezes já deixei os meus filhos com o pai e aceitei colocações bem longe de casa, só vendo os meus filhos ao fim de semana. Deixem de olhar apenas para o vosso umbigo e não generalizem, há casos e casos... também depende muito do grupo de recrutamento. Injustiças? Essas haverá sempre...É hora de união e não de divisões entre a nossa classe! Já diz o ditado que a união faz a força!!
    MR

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  10. Sim, concordo com o anónimo, o discurso de que os contratados não efectivam porque só concorrem para o pé de casa, já está completamente gasto e ultrapassado, há ainda professores nessa situação, mas em número muito residual, são a excepção e não a regra.

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  11. Quando efetivei (a muitos km de casa) estavam vários colegas à minha frente, com mais tempo de serviço que não quiseram ir para longe. Cada caso é um caso e os grupos são diferentes. Vejam as listas de contratação: os primeiros da lista do meu grupo são pessoas na casa dos 50-60 anos; para alguns, a docência é uma 2ª profissão; e agora exigem vinculação?

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  12. Peço desculpa, no último comentário não escrevi o nome: Eumesma

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  13. Boa tarde a todos,

    Lamentavelmente, e sempre que se discute algo parecido com esta situação, surgem logo um número sem conta de razões negativas para evitar esta medida.O que me parece é que o tempo de 10 anos de serviço(tempo concreto de serviço total) é meramente para evitar a entrada massiça de colegas.Quanto aos argumentos de alguns colehas que afirmam que quem não está vinculado é porque não quer,concorro há 16 anos,sem ter tido possibilidade de vinculação. Já fiz 580mil kilometros. Não chega? Tb tenho 3 filhos e estou sempre fora de casa , a cerca de 150 k. Fiz 300 kms diarios pra estar todos os dias junto da familia. É preciso refletir antes de lançar para o ar dados sem fundamentos(pertenço ao grupo 210).

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  14. Vítor Marçal: os grupos são diferentes. Consulte as listas do grupo 230 de há uns anos atrás e verifique o que eu acabei de dizer!

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  15. Eumesma, pode estar certa quanto ao seu grupo(presumos k o seja), mas reitero a importância de não generalizar, pois assim evitam-se pontos de vista errados. Boa sorte no concurso. :)

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  16. Incrível...

    Tenho 8.100 dias de serviço efectivo, o que dá cerca de 22 anos de serviço... Concorro a nível nacional... e vêm-me dizer que quem não está vinculado é por não querer sair de casa? Que classe esta, apre!

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  17. Dina,
    Tem toda a razão!!! Comecei a lecionar em 1992 - há 20 anos! Tenho apenas 17 anos de serviço por causa dos horários incompletos. Já estive longe da família, já fiz tb mts km por dia para poder estar tds os dias com ela. E agora que se fala em vincular contratados com mts anos, viram-se todos contra? Que raio de gente! Estou farta!!!

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  18. O anónimo das 4:48 fazia um grande favor à sociedade se fosse para a caminha mais cedo...ou então que dormisse um bocadinho mais! Dizer-lhe que o sistema sacrificial já acabou há muito tempo, já nem com sacrifícios lá vamos, resta-nos muita oração! Ore fervorosamente por mim para que tenha colocação no dia 31...e continue a aproveitar o que o Algarve tem de bom!

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  19. Na minha opinião, entrar no sistema de ensino público deveria ser por candidatura a prestação de provas públicas de competência e perfil adequados à profissão. Porque será que apenas se fala em tempo de serviço?

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  20. Colegas, esse Alexandre das 7:46 é pessoa do ministério. Cuidado com esses infiltrados que fingem ser professores. São capangas pagos pelo governo para vir aqui atacar colegas e defender o salazarismo.

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  21. Sou do grupo 100 há 15 anos, contratada...Não sou do quadro por não concorrer para fora da area da residencia. Simplesmente existiram grupos em que foi mais facil essa vinculação do que outros.

    Cris

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  22. Colegas, isto de vinculação extraordinária de contratados neste ano, quando nem todos concorrem nas mesmas condições, ou seja, quando alguns são reconduzidos e outros não (muitas vezes por simplesmente terem desaparecido horários), geraria uma iniquidade enorme. Sou, evidentemente, 100% a favor da efectivação dos contratados, aliás, sou um dos que sofrem há mais de 10 anos com o facto de ser um mero contratado. Mas, normalmente e logicamente o momento para efectivar é sempre aquando dos concursos nacionais para todos, só nessa altura é que todos concorrem em igualdade de condições. Bem sabemos que para o governo do Relvas igualdade de condições não é para respeitar, mas esta iniquidade deve ser denunciada, pode gerar enormes injustiças. A vinculação é necessária como o pão para a boca, mas os professores contratados não devem querer obtê-la à custa de uma luta fraticida, com desigualdades e injustiças tremendas, como se os professores fossem inimigos uns dos outros e estivessem dispostos s pisar na cabeça dos colegas que tiveram o azar de ficar numa escola em que o horário desapareceu. Os colegas estão tão centrados na questão de acreditarem ou não da possibilidade de vinculação que NEM REPARAM NA INIQUIDADE que uma vinculação ESTE ano, quando nem todos concorrem nas mesmas condições, geraria! Se fosse para vincular agora e não no próximo ano deveria haver este ano um concurso geral igual para todos, o que não se verifica. A haver vinculação este ano, há que exigir que seja usado como critério a graduação e não o horário que eventualmente o docente tem ou não este ano (este último critério é meramente circunstancial).

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  23. Para o anónimo:

    Professor contratado no Agrupamento de Escolas de Amareleja e contrato até 31 de Agosto e depois, muito possivelmente, sem colocação no próximo ano.

    Não é por isso que deixo de dar a minha opinião quando não concordo com determinados assuntos.

    Queres discutir, identifica-te e expões ideias e argumentos, terás mais credibilidade nas tuas opiniões.

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  24. Caro amigo, essa da distância e de não concorrerem para longe é mais uma prova de que você e muitos não sabem patavina da realidade dos «contratados». Nem das falcatruas que muitos «quadros» fizeram para se vincular...
    E a outra pérola: «será que vão concorrer em pé de igualdade com os profs do quadro ?»...

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  25. Existem leis do trabalho que impõem às empresas privadas a efectivar os seus funcionários após 3 anos consecutivos na mesma função.
    Nesta perspetiva, o MEC estará a proceder de forma ilegal e assim sendo todos os professores que tenham contrato de 1 de Setembro a 31 de Agosto por 3 anos consecutivos deveriam pertencer aos quadros.

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  26. Sabem que mais... estão a discutir a efetivação de contratados quando não há lugar nas escolas para os que já são efetivos. BURROS, abram a pestana.

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  27. Olá a todos e parabéns ao Ricardo pelo seu trabalho para todos nós.
    As generalizações por definição são abusivas. De facto existem pessoas que decidiram nunca concorrer para longe (ou certa fase da sua vida deixaram de fazê-lo) e outras que apesar de terem concorrido sempre para todo o país nunca conseguiram vaga para efetivar e muitas vezes nem colocação conseguiram (o meu caso, por exemplo). Relevante para a discussão? Não me parece…Desculpem colegas a sinceridade (e não quero “atacar” ninguém nem desrespeitar nenhuma opinião), mas acho que já se acomodaram com a desgraça e com a exploração de tal maneira que acham que esses sacrifícios são normais e até devem servir de critério para efetivação (ou pelo menos para exclusão de alguns). Que disparate (eu acho!). Porque é que um colega que decidiu que não tem condições para ser bom profissional longe dos filhos e do cônjuge (e sacrifica a sua carreira profissional) tem menos direito a efetivar que qualquer outro que opta livremente por ir para longe e ficar longe da família (como eu fiz)?
    O que devemos exigir e recordar-nos é termos direitos como todos os outros trabalhadores, porque temos as mesmas obrigações e algumas acrescidas. Em que outra profissão é que os trabalhadores têm que deixar a família e pagar deslocações e habitações do seu próprio bolso anos seguidos em troca de um contrato anual? Os médicos? Os engenheiros? Os enfermeiros? Juízes?
    Em que outra profissão os contratos anuais se sucedem por décadas? Concordo com o Ricardo: porquê os 10 anos? Prémio de consolação pelos anos de injustiça?
    O código de trabalho limita os contratos a termo certo (equivalentes aos contratos de provimento) a duas renovações (três contratos na totalidade) e no máximo três anos. Eu acho que a nossa luta deveria ser essa.
    A uniformidade entre o sistema público e privado tão desejada pelo governo não pode ser apenas numa direção: a que vai contra os interesses do trabalhador (a mobilidade, a perda dos feriados, a perda de dias de férias, o banco de horas etc), mas tem que ser em todos os sentidos e devemos exigir sermos tratados como qualquer outro trabalhador português.
    Assim, acho que não devemos ficar contentes com as vinculações extraordinárias (isso é legitimar as praticas inconstitucionais dos sucessivos ministérios), mas sim exigir vinculações (ordinárias) dentro da legislação geral em vigor. Devemos exigir emprego e condições dignas de trabalho (e não achar que se é mais digno de uma efetivação porque se sacrificou mais).
    Ricardo, outra coisa que acho teremos de estar atentos (a aceitar a vinculação extraordinária) será relativamente às outras condições da efetivação: os anos de serviço terão de ser contabilizados em estabelecimentos de ensino público? É que coloca-se agora a questão dos professores do ensino privado (os que puderem concorrer em 1º prioridade) passarem-nos à frente. Aqui sim, não me parece justo que quem obteve esse tempo de serviço (ou a grande maioria) em sistemas privados, no conforto da estabilidade, da proximidade de casa, e com progressão na carreira (a ganhar mais do que nós) agora concorra em igualdade de circunstâncias para quem colaborou para o funcionamento do sistema público (enfrentando todos os constrangimentos tão bem referidos por outros colegas).
    Já agora quem possa achar que falo em defesa de interesses próprios…está certo: sou professora contratada desde 1997 e concorri sempre a nível nacional, muitas vezes não tive colocação, muitas vezes estive a Km de distância (incluindo Açores). Estou em defesa do interesse de todos nós professores. Portanto que nenhum colega entenda este meu desabafo como críticas aos comentários apresentados …estamos no mesmo barco.

    Boa sorte a todos.

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  28. De qualquer modo concordo com o comentário de que nem colocação vamos ter este ano quanto mais vinculações extraordinárias...
    Mas a existir essa eventual contratação extraordinária...concordo com o colega que a existir deveria ocorrer em ano de concurso externo (embora provavelmente nem se registasse nenhuma injustiça pois acredito que nenhum contratado terá renovação de contrato a avaliar pelo nº de profs de DACL).

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  29. Boa tarde!! A existir vinculaçao extraordinaria, que seja feita de forma justa, ou seja , em ano de concurso externo. Nao me parece justo que um contratado so porque lhe foi renovado contrato, possivelmente ou nao ou lado de casa, efetive. E o efetivo que esta longe e pode ate conseguir essa vaga??? Que haja um concurso para eftivos e contratados com mais de 10 anos de serviço e que as colocaçoes sejam feitam atraves da graduaçao.

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  30. Alexandre, você sabe também quanto eu ou qualquer um de nós que um exame se for feito com o objectivo de criar obstáculos aos professores, poucos aprovarão no dito exame. Sabe bem que o Ministério de Educação não se tem portado nos últimos anos como pessoa de bem, a maioria das pessoas receia o exame por isso, ou seja à má fé daqueles que nos tratam como objectos.

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  31. Para alguns colegas para ter direito à vinculação tem que se ter um passado profissional repleto de colocações longe de casa. Só assim seria justo.
    Mas porque é que as pessoas não pensam que estamos a sentir na pele a injustiça de estarmos a ser miseravelmente pagos? Somos mão de obra especializada a preço de saldo!
    Não devemos abdicar dos nossos direitos. O dinheiro só não existe para os mais fracos. A discrepância salarial em Portugal continua a aumentar. Alguns acumulam reformas e salários.A outros é permitido exercer vários cargos. Nós tivemos de andar na faculdade vários anos e fazer estágios de 2 anos. Outros viram as suas competências de tal forma reconhecidas que quase não precisaram de meter os pés na universidade.
    Abram os olhos colegas e não se deixem levar com a conversa que "não há dinheiro". Dividam-no melhor!
    "Uns comem tudo, uns comem tudo e não deixam nada."

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  32. Injustiça são as médias com que alguns colegas acabaram os cursos nas suas escolas privadas (16 e 17 ... aos montes) sem perceberem patavina daquilo e passaram à frente de malta com muito calo (alguns deles entraram para os quadros num par de anos).

    Em tempos em que os profs esgravatam o país à procura de dias tempo de serviço, parece-me que as médias de cursos são exageradamente discriminatórias...

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  33. Mais uma vez constato que este é um tema fraturante, que divide os professores. Parece-me que os sindicatos que estão a "tratar" deste tema deverão ter muito cuidado com a forma como lidam com o mesmo. Se não o fizerem arriscam-se a "partir" ainda mais a classe, por algo que dificilmente irá ocorrer ou a ocorrer poderá potenciar ainda mais injustiças.

    Termino com uma convicção pessoal: Não acredito que Nuno Crato vá pelo caminho da vinculação extraordinária.

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  34. Pronto, começou a guerra. Como se alguns de nós fôssemos efetivar. Primeiro devíamos preocupar-nos com o facto de não termos trabalho em setembro, porque sem isso não há vinculação extraordinária. Ou alguém acha que vai vincular a fazer substituições? O MEC já deixou claro que será só para isso que vamos servir.

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  35. Claro que não, Ricardo! Está só a empatar!!! Como seria possível com tantos DACL excedentários? Brincamos? E ele também não!
    Um abraço, Antonieta

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  36. Meus caros, o que é injusto é haver quem concorresse para longe de casa para ficar nos quadros a qualquer preço e depois peçam destacamento por aproximação à residência, tirando desta forma vagas a quem morava na zona. Este tipo de atitude é que desvirtua o sistema e é, na minha opinião, uma chico espertice.

    Quando à colocação extraordinária de professores contratados isso não passa de uma farsa preparado pelo Ministro. Ele afirmou isso no parlamento mas depois em pelo menos uma das entrevistas que deu disse que isso era apenas uma possibilidade em que estavam a trabalhar. Traduzindo: é óbvio que não vão fazer qualquer colocação extraordinário de professores contratados e muito menos este ano.

    Em 2013/2014 é que vai haver concurso interno e externo e é nessa altura que iremos ver as vagas que irão estar disponíveis.

    Tenho um palpite que ainda vai ser pior que no último concurso em que houve apenas pouco mais de 400 vagas para todo o país e para todos os grupo de recrutamento.

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  37. Tb sou contratado desde 1996, no entanto, não tenho tido a possibilidade de concorrer para àreas muito afastadas, e PORQUÊ?
    porque tenho uma irmã com hipilepsia (que não está de todo controlada e tem crises a todo o momento)não tem mais ninguém que lhe dê assistência, para além disso tenho uma MÃE que tem 85 anos, que não tem condições para socorrer a minha irmã em momentos piores, por isso nunca tive a possibilidade de me afastar de casa. Não considero justo considerarem que alguns dos contratados não querem afastar de casa por comodismo, muitos falam mas não sabem o sofrimento e a agustia de ver injustustiças mas para muitos só conta os Km, por isso quando em assuntos e propostas utópicas se colocam é que se vê a união da classe. Só temos aquilo que merecemos, sermos gozados pela nossa FALTA de UNIÃO. Já agora porquê o número 10 anos? será para os Prof dos particulares?
    Se não há horarios para os colegas com horário zero, como pode haver integração no Quadro? só pode ser piada para ser gozada durante as férias.

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  38. Quando é que abrem os olhos?! Vamos deixar de nos deitar a baixo uns aos outros?! Não vai haver nenhuma vinculação extraordinária, caso contrário falar-se-ia disso e não é o que está a acontecer. Já foi publicada alguma coisa no Diário da República? Não! Então como se poderá fazer?! Não acreditem no conto do vigário. Se fosse haver uma vinculação extraordinária os dados seriam esclarecedores com antecedência ao concurso de contratação. Não se pode fazer algo deste género em cima da hora e não haveria a hipótese de renovações nas escolas. Algo que está previsto acontecer. Além disso, não tem lógica: no próximo ano vai haver concurso a nível nacional, não se justifica uma vinculação extraordinária agora sem nada preparado e quando se fala no enorme desemprego docente a 1 de Setembro. Parece que estamos todos a dormir ou numa enorme letargia. Será possível?! Vamos acordar e cair na realidade?!!!! Não vai haver vinculação extraordinária!

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  39. Caro Marteataca
    subscrevo-o, inteiramente!
    colegas, eu não posso sair para muito longe da zona onde moro porque cuido dos meus pais.., para além de que a entrada nos quadros já nem passa por aí.. não passa por lado nenhum..
    Devemos UNIR_NOS, e dizer BASTA!
    Por um país MELHOR!
    Já viram que estão a matar o país?
    Uma pergunta que faço, se se tratar de uma vinculação de 10 anos de serviço, e que tem 9 e meio fica de fora? e quem tem oito, fica a chorar porque quase estava lá?
    acho que a solução estaria na vinculação aos 3 anos, como nas outras profissões...

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  40. É triste ver como os colegas se degladiam. Uns já estão num quadro, outros efetivaram sabe-se lá como(é só ver a lista de horarios zero, os ultimos casos), outros pensam que sabem tudo sobre "justiça" ou "injustiça". E se se calassem e não fomentassem a diisão de uma classe que já está mais que esfrangalhada?
    Eu tenho 22 anos anos a trabalhar para o minstério, concorro a nivel nacional e não vinculo. Isto é comodismo?
    E porque havemos de pôr em causa a vinculação que o ministro anunciou? Os médicos col,ocaram em causa o anuncio do ministro Paulo Macedo, os militares colocaram em causa o anuncio do ministro respetivo?
    HAJA PACIENCIA!

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  41. Blá...Blá...
    Com tantos DACL alguém acredita nisso? É um assunto que tem muitas condicionantes e deve ser tratado com muito cuidado...
    Quanto a mim, prof contratada com mais de 10 anos de serviço, na lista estou nos primeiros 60...e sinceramente?Na minha cabeça está a formar-se a ideia de deixar isto e o país, é claro...
    Boa sorte para todos...
    ANA

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  42. A vinculação extraordinária, a existir, deveria ser já este ano, uma vez que para o ano há concurso nacional onde os profs do privado concorrem em iguldade com os do público. Este ano seria mais justo. A minha proposta é que vinculasse quem ficasse colocado, até 31 de Dezembro, num horário anual, com número de horas no mínimo de 11 (meio horário) e desde que nessa escola o lugar que ocupa não pertencesse a ninguém que estivesse destacado, isto é, desde que essas horas existissem e não não tivessem "dono". Não acham que poderia ser uma boa ideia?

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  43. é com esta confusão que o crato reina. desunião para poder governar.
    é pena que a classe dos professores seja uma classe sem classe. Não generalizando como é obvio.
    vamos ver isso qd começar o ano lectivo.

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  44. A solução estaria na vinculação aos 3 anos, como nas outras profissões. Não devem começar a separar os colegas entre publico e privado. Isso é mau para todos. Muitos colegas do privado só vieram para o público porque ficaram no desemprego. Como muitos só foram para o privado por não terem emprego no público.
    Quanto aos horários zero, são que o Ministério quer. Este ano acabou com disciplinas, par pegagógico, mais alunos por turma ,Apoio ao estudo na Componente não letiva, etc. No passado acabou com outras disciplinas. No meu caso, Grupo 430 ( 7º Grupo Economia ) sou efetivo mas quase não se fala. À muito que as disciplinas foram eliminadas. Até no tempo do Salazar havia OPAN. Agora nada. Quanto mais ignorantes foram os cidadãos melhor. Por isso os horários zero são os que o MEC decidir.

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  45. Também não é justo colegas que entraram para o quadro do 1º ciclo e depois pediram transferência de quadro, tirando o lugar a colegas que estão há anos a concorrer... Portanto Ricardo não concordo com a alínea 5!

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  46. Conclusão: como o sistema tem muitas imperfeições e injustiças é melhor ficarmos todos na mesma e continuarmos a penar!
    Isto deve ser o delírio para os infiltrados governamentais!
    Estamos a dar argumentos ao MEC para acabar com os concursos. Mesmo com exames é possível meter pessoas nos quadros pela porta do cavalo!

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  47. Isso é mentira, trabalho há 11 anos sempre com horário completo, a sempre a plamilhar o país com um filho desde os seus dois anos de idade!Mudar de creche todos os anos e de escola recentemente! Como deve reparar, caro colega, os contratados com 10 anos de serviço são pessoas que se sacrificaram bastante!!!

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  48. Nem sempre isso é verdade, tenho mais de 10 anos de serviço, concorri e concorro sempre a nível nacional, inclusive já concorri para as ilhas... Ha.. sou casado e tenho 3 filhos!!!

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  49. Quando alguém pergunta, porquê a vinculação extraordinária com 10 ou mais anos de tempo de serviço, só se compreende se for formulada por alguém desinformado sobre o que se tem passado num passado (muito) recente. Ora, os critérios que sempre foram invocados são: 1)foi criado para os docentes das Técnicas Especiais, com dez ou mais anos de tempo de serviço, um regime de ingresso nos quadros
    e carreira de pessoal docente, através do Decreto- Lei n.º 338/2007 de 11 de Outubro; 2) este processo iniciou-se por um grupo de Professores que acederam à profissionalização através do
    Despacho n.º 6365/2005 (2ª Série), que estipulava como um dos
    pré requisitos possuir pelo menos seis anos de tempo de serviço.
    Aquando da entrada da petição nº 1/XI/1 na AR, os professores, que realizaram a profissionalização no âmbito daquele diploma, tinham pelo menos 10 anos de tempo de serviço.
    Estes foram os 2 critérios, subjacentes ao número (10) de anos definido e hoje amplamente divulgado e consensualizado pela generalidade dos agentes educativos.Dois critérios objetivos, transparentes, exequíveis, realistas e fundamentados.Provavelmente, daí ter gerado esses consensos.Para quem desconhecia a origem, aqui fica o esclarecimento.

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  50. Esta vinculação extraordinária dos contratados tem lógica, quando existem tantos profs dos quadros sem componente letiva?

    Isto será uma medida contraproducente e confusa para a classe docente.

    Assim, não acredito que este governo vá adiante com esta palhaçada.

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  51. Não haverá vinculação extraordinária pelas razões já mencionadas. Essa foi uma ideia de última hora que o Sr. Ministro arranjou para calar os profs em maré de contestação. Aé parece mentira numa profissão em que supostamente somos todos formados, acreditemos nas histórias todas que nos contam...
    Só não vê quem não quer. Com tantos DACL o que vai acontecer é que o sr. Ministro vai aparecer com uma cara muito pesarosa e dizer: "Eu queria vincular os profs, mas os números não enganam....".
    O importante é que todos percebam que isto são manobras políticas e deveremos demonstrar que não somos assim tão ingénuos para acreditar em histórias da carochinha.
    Se todos os colegas com 10 anos de serviço forem vinculados fico contente. Eu não serei porque não acumulo o tempo de serviço suficiente para isso. Se acho injusto? Acho, especialmente com a formação que já tenho, mas o ministério prefere continuar a ter no quadro colegas que se querem reformar e não podem, alguns sem condições nem atualização para lecionar...
    Cumprimentos,

    M. Silva

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  52. Em relação à contribuição que se segue e porque me diz respeito espeificamente: "Será justo que um colega com 10 anos de serviço mas que por opção não entrou num quadro (por exemplo, por não querer concorrer de forma mais abrangente a nível geográfico) concorra em igualdade de circunstâncias a um colega com os mesmos 10 anos de serviço mas que entrou no quadro porque alargou as suas opções de concurso a nível nacional?"

    E será justo colocar esta questão?
    Será que as pessoas tomam essas opções por vontade própria ou por necessidade familiar (em especial)?
    Posso dizer que fui obrigada a tomar essa opção, de não concorrer a nível mais abrangente, poruqe tinha acabado o curso, a minha mãe falecera e tinha um irmão menor para criar/educar (depois de o meu pai ter casado e deixado a casa familiar) e uma avó que tivera um avc (por desgosto pela doença/morte da filha), de que tive que cuidar durante 11 anos....
    Como tal, sou contratada há 23 anos....
    Não foi, de forma alguma, por opção de "não querer".
    As coisas nem sempre são tão lineares quanto parecem e as carreiras não se coadunam com opções familiares...
    .... e quantos divórcios não há neste país, devido à opção de concorrer para uma área geográfica mais abrangente?

    Maria da Luz.

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  53. Eu não acredito que as pessoas não tenham entrado nos quadros por não terem concorrido para longe de casa. Eu tenho concorrido sempre para longe e ainda não efetivei. Se não concorresse nem lugar teria no ensino, porque vivo numa região com poucas escolas e algumas afastadas. E merecia ser abrangida por esta vinculação hipotética, pelos sacrifícios e luta desenvolvida ao longo destes 20 contratos com o ministério da educação. Penso mesmo que todos os docentes empenhados e dedicados deveriam ser vinculados. Desejo a todos nós muita sorte no concurso de professores, realizado de forma muito desigual e injusta devido à existência de renovações.

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  54. Maria da Luz
    Felizmente nao tive dramas familiares co mo o que descreve, tenho concorrido a nivel nacional e nem mesmo assim apos 21 anos de serviços tive a oportunidade de ser colocada. Mas tal como eu optei por concorrer a nivel nacional e nao tive a sorte de ingressar num quadro, a colega Maria da Luz teve outros motivos mais fortes para o não fazer.

    O que eu não co nsigo entender é o veneno que vejo ser destilado contra os professores contratados.
    É altura das pessoas olharem menos para o umbigo e pensarem mais nos interesses da classe dos professores e da es colaz publica. É Hora de UNIR E NAO DE DIVIDIR,

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  55. Os último 3 comentários, da Maria da Luz, da Rosa e da Maria revelam que (felizmente) ainda existem Professores serenos e com vontade de contribuir para que seja reparada a grave injustiça, pessoal, profissional e legal que resulta da precariedade de longa duração. Esta luta fraticida de argumentos sobre quem percorreu mais km's e mais sofreu para merecer agora o éden é surrealista, que não se assiste (que eu conheça) em mais nenhum palco, que não seja o educativo.Recordo o provérbio de um mestre para o seu discipulo, que lato sensu afirma, por mais dificuldades que tenhas, pensa que poderá sempre existir alguém em muito mais dificuldades do que tu!

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  56. Pragmático, faço minhas as suas palavras: "... ainda existem Professores serenos e com vontade de contribuir para que seja reparada a grave injustiça, pessoal, profissional e legal que resulta da precariedade de longa duração. Esta luta fraticida de argumentos sobre quem percorreu mais km's e mais sofreu para merecer agora o éden é surrealista..."

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  57. Porquê os 10 anos de serviço?

    Bom dia Ricardo Montes
    A questão dos dez anos de serviço nasce de uma petição enviada e discutida na AR, e da qual saiu a recomendação ( http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheIniciativa.aspx?BID=35187 )proposta pelo CDS e aprovada por todos os partidos. O Decreto-Lei nº 338/2007 de 11 de Outubro (http://legislacao.min-edu.pt/np4/np3content/?newsId=1280&fileName=decreto_lei_338_2007.pdf), por recomendação da AR, permitiu ao professores de técnicas especiais com dez anos de serviço a vinculação. Na petição é referida esta situação como forma de pressão, uma vez que a justificação para a vinculação dos professores de técnicas especiais também é válida para todos os professores contratados. Os dez anos surge desta situação.

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  58. Caro Ricardo,

    Este é um caminho muito perigoso.

    Por mais ego-pertinentes que pareçam as perguntinhas que aqui deixa, elas não são nadinha inocentes. Mas são perigosas, muito perigosas...
    Qualquer destas perguntinhas é só tão legítima como as que se seguem:

    Os contratados com mais de 3 anos consecutivos em horário completo são menos efctivos que os professores dos quadros, apenas porque o MEC desrespeita a lei?

    Os contratados despedidos a 31 de Agosto e suas famílias, na qualidade de contribuintes, terão o dever de contribuír com os seus impostos para a manutenção artificial de lugares nos quadros?

    Despedir um contratado com, por exemplo, 10 anos de serviço em horário completo e ininterrupto é mais tolerável do que despedir um professor do quadro com igual tempo de serviço, porquê? Com que critérios de equidade e justiça?

    Como vê, há muitas formas de colocar as questões e as que aqui deixo são apenas avisos à navegação.

    Sugiro que os professores dos quadros se preocupem com os alunos e deixem as questões dos contratados, sob pena de virem a ter consequências sérias...

    Lembro-me bem de questõezinhas tão hipócritas como as que coloca no post terem levado os sindicatos, essas agremiações acéfalas, a colocarem os contratados como os únicos cidadãos que podiam votar mas não ser eleitos, violando de forma despudorada a CRP.
    Aberto o precedente, a violação da CRP parece tolerar-se em quase tudo na educação!

    Talvez, prudência!, seria um bom slogan roubado ao Abrunhosa...

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