domingo, 31 de maio de 2009

Discurso prepotente...

No sítio da TSF a 30/05/2009: "A ministra da Educação considerou que «os professores têm o direito a manifestar a sua insatisfação», mas lembrou que cabe ao Governo «prosseguir com as políticas públicas em defesa das escolas públicas».

Reagindo à manifestação de professores em Lisboa, Maria de Lurdes Rodrigues frisou que o actual período eleitoral permitirá aos partidos «esclarecer a população portuguesa sobre o que pensam sobre aspectos concretos da política educativa».

«Vai ser uma oportunidade única para clarificar posições em relação a aspectos como refeições para todas as crianças do primeiro ciclo, escolas a tempo inteiro, inglês, centros escolares, acção social alargada e aulas de substituição», acrescentou.

À margem de uma sessão de entrega de diplomas Novas Oportunidades, em Vila do Conde, a titular da pasta da Educação considerou ainda que se pode fazer um «balanço positivo» do ano lectivo que está a acabar agora.

«Em todas as escolas faz-se um enorme esforço de adaptação às novas regras, faz-se um enorme esforço de conclusão deste ano, de preparação dos alunos para estes exames, respondendo com trabalho e centramento naquilo que são os objectivos da avaliação dos alunos», sublinhou."

Ver Artigo Completo (TSF Online)

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Comentário: Temos o direito de manifestar a nossa insatisfação, é bem verdade. E a senhora ministra, tinha o dever de ouvir e atender a quem se manifesta. Não se engane, senhora ministra, aquilo que tem vindo a fazer à escola pública, não é a defesa dos seus interesses, mas sim um ataque «terrorista» aos mesmos. Empenhou o futuro pessoal e profissional de uma geração inteira, sem mostrar qualquer complacência. Colocou os professores numa situação de desespero, de degradação e de conflitualidade interna tal, que dificilmente alguém se esquecerá de si (e deste governo).

Ainda bem que se aproxima uma nova fase eleitoral... Se os resultados dessa fase eleitoral, voltarem a colocar o PS no «poleiro», com uma maioria absoluta, dar-lhe-ei toda a razão. Os portugueses terão o que merecem e as suas políticas educativas terão ido ao encontro disso mesmo.

Quanto ao «balanço positivo» deste ano lectivo: Errado, senhora ministra. Para si, o balanço foi extremamente positivo. Faltou pouco (mesmo muito pouco) para conseguir destruir por completo a escola pública. Ainda restam bastantes professores para aguentar os alicerces da educação. E se o «edifício» já treme e abana, ainda está de «pé». Só mesmo mais uma legislatura similar à sua, conseguirá fazer cair por completo o que ainda existe de bom. E acredite no que lhe digo (e que saberá perfeitamente), em muitas escolas não existe «centramento» na avaliação dos alunos, mas sim «centramento» na avaliação dos professores.
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3 comentários:

  1. "«Vai ser uma oportunidade única para clarificar posições em relação a aspectos como refeições para todas as crianças do primeiro ciclo, escolas a tempo inteiro, inglês, centros escolares, acção social alargada e aulas de substituição», acrescentou."

    A senhora é uma demagoga, além de intelectualmente desonesta.

    Dizer que a reforma está ganha com 70.000 ou 80.000 professores na rua, nesta altura do ano, só se aceita por esquizofrenia ou idiotice.

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  2. Em primeiro lugar, as vacas são animais bastante produtivos, que não deverão ser utilizados como forma de insulto.

    Em segundo lugar, parece-me que não será nem esquizofrenia nem idiotice, mas sim pura falta de inteligência política. Os professores são imensos (aproximadamente 140 000), e mesmo que alguns continuem a votar PS, a maioria não o fará. São imensos votos perdidos...

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